Por Kellen, mãe da Marília
Já falei antes aqui sobre o momento certo para as crianças
iniciarem a autoaplicação de insulina que, na minha concepção, deve ser de
forma natural e espontânea.
Marília sempre demonstrou interesse por tudo e até começou a
autoaplicação sob minha supervisão aos 6 anos, mas não durou muito tempo e ela
me disse que estava com medo e preferia que eu fizesse. Tudo bem, afinal o
importante é que ela se sinta segura e confiante para isso.
Mas ultimamente, ela tem demonstrado muito interesse por
dormir mais na casa da avó, ir para a casa de amigos, enfim, atividades que ela
quer fazer sem mim....então conversei muito com ela sobre a indepedência que
ela teria ao fazer a aplicação. A partir daí, começamos um período de
“treinamento”, em que ela aplicava, eu incentivava, supervisionava e nós
comemorávamos a cada aplicação.
Essa semana, eu e meu marido nos ausentamos por algumas horas,
num horário que ela não precisaria aplicar insulina. O problema foi que ela
teve uma hiper de 311 e aí não tinha jeito, precisava corrigir....falei com ela
ao telefone e ela disse: “é mãe, tá alto né? vou ter que aplicar...tô com um pouco
de medo, mas vou fazer!!!” E fez....me ligou de novo feliz da vida porque tinha
conseguido e eu nem cabia em mim de tanto orgulho da coragem dela (claro que eu
determinei a dose que ela aplicaria)......duas horas depois, eu já havia
chegado e medimos novamente: 138....novas comemorações e abraços porque ela
teve sucesso na sua primeira autoaplicação sem a mamãe ou o papai.
Mas o melhor disso tudo foi ver nos olhinhos dela como ela
ficou satisfeita com a própria coragem e feliz por ver que é capaz!
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