terça-feira, 31 de julho de 2012

{Mães em Ação} A Escola e o Diabetes (Parte 1) – A experiência negativa

 
Mais uma portagem para a coluna Mães em ação do Portal De bem com a Vida da Roche. 
Falar sobre  ESCOLA X DIABETES é algo bem complexo… É um assunto bem extenso e cheio de pequenos detalhes importantes… Então resolvi dividir  uma única postagem em algumas… Espero que nossas experiências de alguma forma sejam úteis para vocês!!!!!
A Escola e o Diabetes (Parte 1) – A experiência negativa
27/07/2012

maesemacaopostEscolhemos a primeira escola de nossa filha baseado nos critérios da maioria dos pais de primeira viagem: conceito, ensino e estrutura.

Não poderíamos porém imaginar que três meses após a matricula e dois meses antes do início das aulas, nossa Júlia seria diagnosticada com Diabetes Tipo 1.

A partir do momento do diagnóstico as preocupações com a escola mudaram completamente!  A pergunta inicial "Será que minha filha vai se adaptar à escola?" passou a ter outra designação: "Será que a escola vai se adaptar às necessidades de nossa filha?".

Sabíamos que nessa escola existiam crianças com Diabetes, porém bem mais velhas que a nossa filha e que a escola era famosa pela "inclusão social" e por possuir uma "alimentação saudável". Conhecia a nutricionista da escola desde a infância e sabia do excelente trabalho que ela fazia com os alunos que possuíam alimentação especial (celíacos, alérgicos a lactose e a outros alimentos).  Conversamos com as diretoras antes mesmo de iniciarem as aulas e elas se mostraram a princípio bem receptivas e dispostas a "ajudar" no que fosse preciso. (…)

PARA CONTINUAR LENDO CLIQUE AQUI

domingo, 29 de julho de 2012

NINGUÉM PODE TIRAR DE VOCÊ

tumblr_lctyo95cL01qfppgfo1_500A graça de se sentir querido.
A fé no amor,mesmo em tempos de guerra.
A força para transformar a vida.
A esperança de realizar seus sonhos.
A liberdade de mudar de ideia.
A humildade de se saber imperfeito.
A vitória de ter resistido a uma tentação.
A honestidade de assumir suas limitações.
A disposição de tentar mais uma vez.
A vontade de enfrentar desafios.
A capacidade de pedir ajuda.
A sensação do dever bem cumprido.
A certeza de que a vida vale a pena.
A coragem de ser simplesmente você.
Fiquem com Deus!
(estava numa placa num quiosque de flores)

 

Uma ótima semana para todos!!!!
Compartilhando de minha prima querida Mariana Kapps....

sábado, 28 de julho de 2012

AÇÚCAR É UMA DROGA? Só uma droga?


Essa é para quem não conhece a história e o processo de refinação e suas conseqüências. Nós aqui não somos nada radicais, mas evitamos o consumo diário do açucar…
acucar_mocinho_ou_vilaoAÇÚCAR É UMA DROGA? Só uma droga?
Por Paulo Gibiologica
Bem, aqui quem vos fala é simplesmente um cidadão que recebeu um tapa na cara ao ler um livro sobre o nosso tão querido AÇÚCAR - 'Sem Açúcar Com Afeto' / Sônia Hirsch.
O açúcar é uma coisa tão refinada que vai direto para o sangue e causa uma série de alterações físicas e mentais no consumidor.
O açúcar dá uma certa bobeira mental, cientificamente explicada pelo encontro da insulina com um aminoácido chamado triptofano, que é rapidamente convertido no cérebro em serotonina, um tranqüilizante natural. 'Madame está nervosa? Dá água com açúcar pra ela que passa..' Ou não é?
Na Índia, alguns séculos antes de Cristo, os médicos usavam o açúcar como remédio. Foi só ali perto do ano 600 que os Persas bolaram a rapadura; daí começou o tráfico. Na Europa não tinha açúcar, era importado e custava muito caro e só os nobres podiam comprar: 'Nada de drogas para os pobres'.
Em 1532 Martin Afonso de Souza instalou em São Vicente o primeiro engenho de açúcar no Brasil, movido a escravos, é claro; 'só 20 milhões de africanos dançaram nessa empreitada'.
Em 1665 a Inglaterra já importava 8 milhões de quilos por ano. Nesse mesmo ano a peste bubônica matou 30.000 pessoas em Londres, pessoas que tinham acesso ao açúcar, porque no campo, entre os pobres, ninguém morreu.
Será que ninguém desconfiou da relação da nova doença e o espantoso consumo de açúcar, já que o açúcar predispõe o corpo a infecções por causa da acidez exagerada que ele provoca?
Desconfiaram, mas ficaram calados, pois seria um crime de lesa-majestade insinuar que a Coroa enriquecia à custa de um vício pernicioso. E aí ficou por isso mesmo e está assim até
hoje.
É UMA VERGONHA QUE ATUALMENTE AS AUTORIDADES DE SAÚDE PERMITAM ISSO!
Por volta de 1600, as autoridade inglesas, sabendo que o açúcar boa coisa não era, proibiram severamente o uso do açúcar para apressar a fermentação de cerveja. É CLARO, ELES A BEBIAM!
Em 1792 os melhores cientistas da Europa fundaram uma sociedade anti-sacarina.
Em 1912 o DR. Robert Boesler, dentista norte americano escrevia que ' .. a moderna fabricação do açúcar nos trouxe doenças inteiramente novas'.
O açúcar comercial nada mais é do que um ácido cristalizado. No passado, com seu alto preço, só uma minoria nobre podia utilizá-lo; contudo, agora o seu altíssimo consumo está causando a degeneração nos seres humanos e até em animais. Por exemplo: beija-flores que utilizam bebedouros de água com açúcar..
Mas... e o açúcar mascavo orgânico e o mel também fazem mal ???
Um exemplo bem simples para podermos entender:
Um certo dia, andando pela mata, uma pessoa descobriu a cana-de-açúcar: 'Nossa, que delícia !!! ' e levou para sua casa.
Bom... o mano conseguiu chupar 3 paus de cana em meia hora e ficou com a boca cansada. Ele devia ter ingerido aproximadamente 350 ml de um líquido contendo: água, sacarose, sais minerais, vitaminas, fibras etc. Beleza!
Ele conseguiu digerir numa boa. Seu pâncreas nem reclamou.
E agora, todo mundo 'chupa cana?' Passado algum tempo, eis que: ' Pô mano, chupar cana num é mole não... num dá pra espremer o bagaço?' E deu... inventaram a garapa. QUE MARAVILHA! Opa!... 'Pera' aí,... mas já era tarde, o mano começou a tomar garapa que nem água - 500 ml a 1 litro em 10 minutos.
Aí o Sr. Pâncreas começou a reclamar, porque estava fazendo horas extras todos os dias e insulina no mano!
Um certo dia, alguém resolveu ferver a garapa, e saiu o melado de cana, muito mais concentrado: 10 litros de garapa virou um copo de melado. 'Que delícia! Vamos fazer um bolo?... Que nada vai puro mesmo!' E aí o mano virou o copo pra dentro.
Imaginando a proporção: 10 litros de garapa dentro de um copo ingeridos em 10 minutos. É gente... O pâncreas que se cuide!
Para agravar a situação, os persas bolaram a rapadura, ainda mais concentrada, e logo após as benditas refinações. Aí 'ferrou o jegue'!
Surge então uma doença nova e mortal: a DIABETES MELLITUS, que fazia as pessoas eliminarem açúcar pela urina, ou seja, vazarem pelo ladrão.
Inicia-se a era das novas doenças, 'a degeneração da raça humana' causada pelo mau uso do açúcar, que causa um STRESS absurdo no organismo e o pâncreas pára de produzir insulina.
Não bastando ainda, causa defeitos genéticos. Por exemplo: hoje, a cada 5 crianças que nascem, uma será diabética. Quando você decidir ter um filho, junte mais 4 casais e joguem palitinho para sortear qual terá o filho diabético.
Hoje existem 6,5 milhões de diabéticos no Brasil. Morrem 300.000 por ano nos EUA.
Portanto, não importa se é açúcar orgânico, mascavo ou mel: o problema é a super concentração de açúcar que, quando ingerida, vai depressa demais para a corrente sangüínea, queimando todas as etapas da digestão, fazendo subir o nível da glicose no sangue; aí o pâncreas é obrigado a produzir uma quantidade extra de insulina. A insulina vai lá e abaixa o nível, aí da vontade de comer mais açúcar. Sobe o nível e o pâncreas solta insulina, abaixa o nível.... E assim por diante, até chegar uma hora em que o pâncreas não entende mais nada. Você come um bombom e seu pâncreas solta insulina para caixa inteira; é a HIPOGLICEMIA. Entre jovens e adultos, três a cada cinco tem a doença - estágio pré-diabético.
SERÁ VOCÊ O PRÓXIMO ?
Como se não bastasse tanto malefício, a acidez causada pela ingestão concentrada de açúcar predispõe o corpo a infecções (como a conjuntivite) e também a vírus e bactérias.
Se você acha isso, que leu agora uma questão de opinião, então continue como está! Ou então pare enquanto ainda é tempo, por amor a SI PRÓPRIO, a Deus e à Natureza!
MAS NÃO PARE POR AQUI!!!!
Informe-se, discuta, reflita, passe para frente, descubra soluções, alternativas, pesquise! Afinal fomos 'viciados', há centenas de anos, por pessoas inocentes, que só queriam dar um gostinho mais doce para aquela vida tão amarga e preconceituosa dos nossos antepassados, que, no final, por ganância e falta de escrúpulos de uma minoria, nos foi omitida a verdade sobre tão doce e perigosa droga'.
Mas, hoje, basta de omissão! Queremos tudo em pratos limpos, sem demagogias; nossas crianças não podem viver assim!!! Não podem nascer assim!!!
Precisamos de clareza no cérebro e não de serotonina!

*Texto recebido por e-mail

quinta-feira, 26 de julho de 2012

E VIVA os Avós da Jujuba!!!!!!

E hoje é 26 de Julho, Dia de Santa Ana e São Joaquim, o dia dos avós…

Não sei realmente o que seria de nossas vidas se não fossem nossos Pais, queridos avós da nossa Jujuba…foto corredor 16

A eles devemos praticamente tudo em nossas vidas!!!! Eles são realmente Pais duas vezes!!!!

Como agradecer a eles o amor incondicional que eles tem por nossa filhota? Como agradecer as noites de “sono tranquilo” que eles nos permitem ter quando pegam Jujuba para dormir com eles uma vez na semana? como agradecer a força, conselhos e cuidados que eles nos transmitem nessa batalha tão importante do nosso dia a dia com o Diabetes? E os dias que servem de Babá, de motorista, de professora, de costureira, de eletricista, de construtor, de cozinheira, de psicóloga, de advogada, de mediadora, de personal Stylist, de artista plástica, de médica, de enfermeira, de recreador, enfim, de tudo que é profissão para nos ver satisfeitos?

Simplesmente não dá!!!!!

foto corredor 2Só temos mesmo é que agradecer a Papai do céu por ter eles conosco sempre e por eles serem essas pessoas únicas e tão especiais…

Obrigada por existirem Vovó Socorrinho, Vovô Clailton, Vovó Tereza e Vovô Marcos!!!! Obrigada por nos “dengarem” dessa forma tão especial que só vocês conseguem!!!! Nossa vida com toda certeza é muito mais completa  e feliz pela presença constante de vocês nela!!!! Amamos vocês!!!!!

Um beijo muuuitissimo especial para a amada Bivó Cema… 90 anos de muito amor e sabedoria!!!!! É nessa vontade de viver e de ser feliz que sempre procuramos nos inspirar…

E não posso esquecer também de deixar nosso carinho todo especial aos Avós Tortos da nossa Jujuba: Vovó Vilma, Vovó Nadja, Vovó Rosita, Vovó Wilmene, Vovó Tania, Vovó Teca, Vovó Beth, Vovó Fau e todas que de alguma forma fazem parte de nossa história e nos enchem sempre de muito amor e carinho…

Fiquem então com esse texto lindo que recebi por e-mail:

Perguntaram a uma menina de nove anos o que ela gostaria de ser quando crescesse. Ela respondeu: - Eu gostaria de ser avó! Ao ser interrogada sobre o porquê dessa idéia, ela completou:
- Porque os avós escutam, compreendem. E, além do mais, a família se reúne inteirinha na casa deles.
E a menina continuou:
- Uma avó é uma mulher velhinha que não tem filhos. Ela gosta dos filhos dos outros.
Um avô leva os meninos para passear e conversa com eles sobre pescaria e outros assuntos parecidos. Os avós não fazem nada, e por isso podem ficar mais tempo com a gente. Como eles são velhinhos, não conseguem rolar pelo chão ou correr. Mas não faz mal. Nos levam ao shopping e nos deixam olhar as vitrines até cansar. Na casa deles tem sempre um vidro com balas e uma lata cheia de suspiros. Eles contam histórias de nosso pai ou nossa mãe quando eram pequenos, histórias da Bíblia, histórias de uns livros bem velhos com umas figuras lindas.
Passeiam conosco mostrando as flores, ensinando seus nomes, fazendo-nos sentir seu perfume.
Avós nunca dizem "depressa, já pra cama" ou "se não fizer logo, vai ficar de castigo". Quase todos usam óculos e eu já vi uns tirando os dentes e as gengivas.
Quando a gente faz uma pergunta, os avós não dizem: "menino, não vê que estou ocupado?" Elesavos1 param, pensam e respondem de um jeito que a gente entende.
Os avós sabem um bocado de coisas. Eles não falam com a gente como se nós fôssemos bobos. Nem se referem a nós com expressões tipo "que gracinha!", como fazem algumas visitas.
O colo dos avós é quente e fofinho, bom de a gente sentar quando está triste. Todo mundo deveria tentar ter um avô ou uma avó, porque são os únicos adultos que têm tempo para nós.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Parabéns grande Paizão!!!!

Hoje é aniversário de uma pessoa muito importante em nossas vidas… Nosso graaaande amor Marcos Ehrhardt!!!!

foto corredor 10

Julia tem uma paixão por esse pai que é difícil até de explicar… É uma idolatria, um amor, um carinho, uma sintonia como vejo em poucos pais e filhos…. Basta um olhar… Eles já se entendem… Acho lindo demais e me orgulho muito de ter uma familia assim tão especial…

Para os que não conhecem,  Marcos Ehrhardt é isso: Um profissional exemplar, um advogado surpreendente, um professor idolatrado, um escritor como poucos, um filho dedicado, um amigo muito verdadeiro e acima de qualquer outra coisa, um pai excepcional , um marido presente e um amante fiel…. Só tenho a agradecer a Papai do céu por ter colocado uma pessoa tão especial assim em nossas vidas!!!!

Obrigada amor por dividirmos todos os nossos momentos, sejam eles felizes ou dignos de esquecer… O que importa é estamos juntos, felizes e que conservamos esse amor e essa admiração um pelo outro…. os tropeços dafoto corredor 11 vida só fizeram nos fortalecer!!!!

Que neste aniversário, você consiga descobrir muito mais ideais para as “nossas” vidas do que aqueles já conseguidos, e fazer de cada nova decisão e de cada novo tropeço uma lição de vida.

Desejo sempre tudo de melhor que a vida pode lhe oferecer, porque você merece só o que há de melhor no mundo!!!

Você é muito especial!!!! Amamos você!!!!!

domingo, 22 de julho de 2012

A JANELA DOS OUTROS...Martha Medeiros

Linda mensagem!!! Vale a pena pensar sobre isso!!!!

_A Janela dos Outros_

(Martha Medeiros)

Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de 1216786068jF2v5HXSchopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.

Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem.
Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney.
E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista.
E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança.

Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias.

Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade.

Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.

Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho.
Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo.
Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar.

Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios.

E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.
É o triunfo da dúvida.

Vale a pena pensar nisso!!!!!!!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Manuela e sua mãe Angela : Doces amigas

Conheci Angela e Manuela no workshop para os Pacientes de Dra Susana Chen em Niterói. Manu é uma doce menina e Angela muito dedicada… Olha só um pouco da história delas:

Há mais ou menos 3 anos, não me lembro quem me indicou, como cheguei ao nome da Dra. Mariana Cypreste, mudei de pediatra, pois além de ser mais perto de minha casa, fiquei muito satisfeita com o modo como nos tratou e com todo seu cuidado com minha filha.

Niver ManuO fato é que, sem sombra de dúvidas, Deus cuida de minha filha Manuela, pois naquele momento Ele estava me trazendo um dos dois anjos que nos ajudariam a lidar com a DM1 em nossas vidas, a transformar o medo e a tristeza em força e alegria de viver e viver melhor e mais saudável.

No dia 10 de novembro de 2011, por volta das 11 horas, entrei no site do Laboratório para ver o resultado do exame de Manuela. A glicose dela, em jejum estava em 368. Aquilo que eu não gostaria de acreditar estava confirmado!!!!

Há mais ou menos 2 meses, minha pequena começava a apresentar os sintomas clássicos da Diabetes: cansaço, crise de choro, perda de peso, fome aumentada, sede excessiva, aumento acentuado de urina . Mas até então eu me apegava às desculpas: Está cansada porque está fazendo muitas atividades; está mais chorosa porque está na fase do dengo, está emagrecendo porque está “espichando”, está com mais fome porque gasta muita energia, está bebendo mais porque finalmente me escutou e diz agora que está gostando de água, está fazendo muito xixi porque está bebendo mais água. Afinal, qualquer desculpa era melhor do que acreditar nessa herança maldita...

Hoje, sei que a DM1 não é hereditária, mas meu pai e meu avô paterno são diabéticos tipo 1 e por conta disso fiz até a coleta do cordão umbilical, para uma futura descoberta de tratamento da diabetes. Mas, daí a aceitar que aqueles acontecimentos estavam mostrando que minha filha teria que conviver com agulhas, aplicações de insulina, pontas de dedo, restrição alimentar, monitoramento constante, etc., era algo muito difícil de aceitar.

Foi pela insistência de meu pai, pela aparência já desidratada dela e o fato de ver aquela menina, com apenas 6 anos, tão ativa e alegre, bem mais quietinha e acanhada, que pedi a Dra. Mariana o pedido de exame de sangue.

Depois de muito chorar, falei com Dra. Mariana pelo Viber e ela mandou que eu fosse pela manhã direto para o seu consultório para vermos a glicemia de Manu e o exame. Ela até tentou me tranquilizar dizendo que poderia ser erro do laboratório, mas eu já tinha certeza...

Ao chegarmos lá, ela fez o exame de dedo : 438. Ligou para a Dra. Susana Chen, que pediu que eu comprasse o glicosímetro, as agulhas, as insulinas Levemir e Novorapid , que ela marcaria alguma hora comigo no consultório no dia seguinte. Até lá eu deveria tirar da dieta alimentar de Manu, qualquer coisa com açúcar, diminuir massas, etc.

E assim, no dia seguinte, pleno sábado, às 18h (lá ficamos até as 20h), estávamos eu, Manuela , Dra. Susana com seus dois filhos e Dra. Mariana, no consultório médico, onde nosso segundo Anjo me explicou o que estava acontecendo, o que iria acontecer e como proceder . Naquelas duas horas compreendi que não estaria sozinha, e que não poderia esmorecer para que minha pequena pudesse ter uma infância feliz e uma vida saudável e que juntas, minha filha e eu, poderíamos transformar toda aquela “tempestade” em “bonança”.

Angela, mãe da Manuela

Segue ainda um vídeo que a Manu fez mostrando como que ela tira a glicemia… olha que lindo!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Prêmio Top Blog 2012 – Vamos Votar!!!

topblog2012-e1342438824135Olá amigos queridos!
Já se iniciaram as votações para o Prêmio Top Blog 2012!!!!
No ano passado ficamos imensamente felizes por ter ficado entre os 3 melhores blogs na categoria Pessoal Saúde tanto no Júri popular com a grande ajuda de todos vocês leitores e amigos, quanto no Júri acadêmico formado por profissionais especialistas na área.
Com essa colocação conseguimos colocar  O DIABETES em divulgação nacional e consequentemente difundir nossas ideias e nossas lutas Brasil a fora…  Foi muuuuuuito bom!!!!!
Vamos tentar novamente o mesmo feito do ano passado????
Você pode votar uma vez por etapa com seu E-mail, Facebook e Twitter. Uma vez com cada conta! Então você pode votar com todos os e-mails, e perfis de Facebook e Twitter e possuir….
Votem também nos outros blogs de Diabetes que estão concorrendo ao prêmio como o Minha filha Diabética, blog da querida amiga Nicole Lagonegro, o Viver com Diabetes da Luciana Oncken e o  A diabetes e eu da Luana Alves. Não é nessessário que vocês escolham apenas um blog. Você pode votar em todos eles!!!!
Vamos lá gente!!! Nos ajude a divulgar a nossa grande causa que é o Diabetes!!!
Conto com vocês!!!!
COMO VOTAR?
2Primeiro você entra no Blog Jujuba Diabética e clica na bandeira do TOP BLOG que fica no lado direito do nosso blog. (Ou clique aqui para ir direto para o link de votação)
Vai abrir o site do top blog e vai aparecer a área de votação como na imagem abaixo.
1
Votando com o e-mail: Preenche o campo de e-mail duas vezes e clica em votar. Aparece a mensagem  “Voto realizado com sucesso. Confirme seu voto no e-mail”. Aí você vai receber na caixa de e-mail um e-mail do Top Blog com a seguinte mensagem “Confirme seu voto”. Vc abre oe-mail e clica no link para confirmar o voto. Não pode esquecer de confirmar o voto no seu e-mail pois sem isso o voto não será validado
6 confirmar no e-mail7 confirmação voto
Votando com o Facebook: Clica em Votar. Aí vai aperecer uma caixa de mensagem pe você clica na opção “Ir para o aplicativo”. O voto então é validado com sucesso.
3 face5 voto realizado
Votando com o Twitter: Clica em Votar. Aí vai aparecer uma caixa de mensagem do twiter e você clica na opção “Authorize app”. O voto então é validado com sucesso. 1 twitter5 voto realizado
No caso do Facebbok e Twitter pode ser que peçam para fazer o login. Aí é só você fazer o login na conta do Face ou twitter e votar.

Os filhos que estamos criando – Bela reflexão!

Recebi este e-mail e tinha que compartilhar com vcs!!!! Muito bom!!!!

Os filhos que estamos criando

Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.
Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão.
O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.
O diretor perguntou: "Tiveste alguma bolsa na escola?" O jovem respondeu: "nenhuma".
O diretor perguntou: "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades?" O jovem respondeu: "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."
O diretor perguntou: "Onde trabalha a tua mãe?" E o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."
pais-e-filhosO diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.
O diretor perguntou: "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?" O jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."
O diretor disse: "Eu tenho um pedido.  Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.
O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.
Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.
Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou: "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"
O jovem respondeu: "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."
O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste."
O jovem disse: "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."
O diretor disse: "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe.
O desempenho da empresa melhorou tremendamente.


Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos este tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?
Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a relva, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas para ensinar o amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e a aprendizagem da habilidade  de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais  são as pessoas com mãos enrugadas  por  mim?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

{MÃES EM AÇÃO} - A introdução do Diabetes no dia-a-dia de toda a família

TEXTO DA COLUNA MÃES EM AÇÃO DO SITE DE BEM COM A VIDA. CONFIRAM!
A introdução do Diabetes no dia-a-dia de toda a família
13/07/2012

juliaepais Júlia nos seus um ano e dois meses de idade já não era mais a mesma criança alegre, risonha e feliz de antes... Estava irritada, não dormia direito, acordava duas ou três vezes à noite pedindo água, um pouco apática para brincar, sempre com muita fome... Para tudo tínhamos uma explicação: é o crescimento, o calor, é uma fase... Só viemos nos dar conta do que estava acontecendo quando as fraudas começaram a vazar, e finalmente, numa noite em que encontrei o berço ensopado de xixi atinei que poderia ser diabetes.

No dia seguinte, domingo, antevéspera de Natal, ligamos para nossa prima Jamile que é a endocrinologista da família e ela abriu o consultório para examinar Júlia e fazer o exame de ponta de dedo. Nossa família estava toda reunida, avós, tios e primos...

O dextro deu "Hi", ou seja, a glicose estava tão alta que o aparelho nem conseguiu medir. Ali mesmo Dra. Jamile já deu o diagnóstico: "Com todos esses sintomas e com essa glicemia, não precisa nem fazer o exame laboratorial para confirmar. É diabetes tipo 1"

Nosso mundo caiu ao ouvir aquele diagnóstico!  Não só o nosso, mas o de toda família. Foi um desespero geral! Chorei copiosamente por uns minutos... Mas alguém dali precisava se acalmar... Eu então respirei fundo, levantei a cabeça e perguntei para a médica: "E agora como cuido da minha filha?".

Dra. Jamile calmamente explicou para todos o que era o diabetes tipo 1, falou sobre todos os tratamentos e nos explicou principalmente que Júlia não deveria ser tratada diferente por conta disso, que ela só iria requerer alguns cuidados a mais e que ela poderia e deveria ter uma vida completamente normal desde que todos da família quisessem.

Essa conversa inicial, com uma pessoa de muita confiança, foi muito importante não só para nós os pais, mas principalmente para os avós e tios que estavam ali tão desesperados quanto nós. O fato de Júlia já sair dali diagnosticada e medicada sem precisar ser hospitalizada também foi essencial!

juliaeavosO diagnóstico de diabetes requer uma série de mudanças no cotidiano de toda a casa, na alimentação, nas relações com o exercício físico, com as medicações... É um processo educacional contínuo e que cada família enfrenta de uma forma diferente. Existem as que "abraçam a causa", as que superprotegem, as que negam a doença, as que lidam de uma forma tão perfeccionista que nada está bom o suficiente, entre outras.Com o passar dos anos fomos cada vez mais descobrindo que o diabetes não é uma doença individual, mas uma doença de família. Nossa família sempre nos deu muito apoio.  Sempre foi nosso porto seguro para tudo e não seria nessa situação que deixaria de ser. Todos "arregaçaram as mangas" e aprenderam junto conosco como cuidar da Juju. Mas infelizmente sabemos que nem sempre isso acontece.

É importante que todos estejam juntos e em sintonia para que o tratamento funcione como deve ser. É preciso que haja a participação de todos nessa caminhada. Não adianta, por exemplo, a criança fazer um tratamento todo controlado quando está com os pais se nos dias que for para a casa dos avós o descontrole é total, ou se os pais são separados e no fim de semana da quinzena do pai a criança fica tão descontrolada que chega a ser hospitalizada.

O apoio da família se mostra fundamental para o modo como o paciente vê a doença, para uma vida mais feliz e principalmente para uma boa aceitação e controle.

Decididamente após o diabetes nossa vida mudou, mas mudou para melhor! Somos muito mais unidos, damos mais valor às pequenas vitórias, somos mais cuidadosos uns com os outros, mais companheiros, mais presentes... Nossa família definitivamente reflete o modo como vemos o diabetes. Com amor!

domingo, 15 de julho de 2012

Manual de diabetes para escola – Roche

E amanhã voltam as aulas da Júlia… Volta à Rotina, voltam os cuidados na escola, as aulas complementares à tarde, e o meu “tempo extra” que consigo ter nas férias dela acabam… Snif!

Como acho que a maioria já sabe, fiz para a Júlia um manual específico para o uso da bomba de insulina para a escola (Clique aqui para baixar) pois nunca achei nenhum manual que fosse simples e com todas as informações necessárias.

No novo portal da Accu chek tem um manual muito legal para a escola…  É o “Manual com Diretrizes para Professores de Crianças com Diabetes” Muitas informações boas… Vale a pena conferir e levar para a escola de seu pequeno. Eu já levei para a da minha!

Este é o link direto: http://www.debemcomavida.com.br/media/14152/guia_dbcv_professores_a4.pdf

Aí está em imagem para quem não tiver como baixar em PDF:

guia_dbcv_professores_a4_Page_01guia_dbcv_professores_a4_Page_02guia_dbcv_professores_a4_Page_03guia_dbcv_professores_a4_Page_04guia_dbcv_professores_a4_Page_05guia_dbcv_professores_a4_Page_06guia_dbcv_professores_a4_Page_07guia_dbcv_professores_a4_Page_09guia_dbcv_professores_a4_Page_10guia_dbcv_professores_a4_Page_11

sábado, 14 de julho de 2012

2º Encontro do grupo DM1 de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

Divulgando o encontro para o pessoal que mora no Rio de Janeiro!

Esse Grupo é ótimo!!! Conheci alguns dos membros e fiquei encantada!!!!

399501_3878503074420_1644874385_n

480313_3855148090560_1354813171_n

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O FORNECIMENTO DE INSUMOS PARA O TRATAMENTO DA DM1 PELO ESTADO

Por Marcos Ehrhardt , Pai da Jujuba

balanca.e.justica (1)Essa semana recebemos um pedido de ajuda da Natália, mãe da Marcela, diagnosticada com DM1 desde novembro de 2011. A dúvida dela é a mesma que aflige centenas de famílias que ainda sobre o impacto do descobrimento da doença de seus filhos se dão conta, da pior maneira possível, que não será nada fácil custear o tratamento. Parece simples: aparelho e tiras reagentes para medição de glicemia, insulina, algumas agulhas e pronto... Na prática, é um pouco mais complicado do que isso... Com algumas semanas percebemos que as despesas incluem consultas ao endocrinologista, nutricionista, necessidade de exercícios físicos, redução da disponibilidade dos pais para o trabalho por conta dos cuidados com os pequenos, alterações na alimentação e invariavelmente aumento das despesas com isso... a lista só faz aumentar.

Ao contrário da grande maioria dos diabéticos portadores de DM2 (normalmente uma caixa por mês resolve), o custo com tiras reagentes e agulhas para os portadores de DM1 é considerável. A política dos laboratórios é muito parecida com as empresas que comercializam impressoras: o aparelho não é tão caro, mas em compensação, o custo mensal para aquisição das tiras, ultrapassa em muito o valor do medidor. Logo no início, com 8 medições diárias, precisamos de 240 tiras, ou seja, pelo menos 5 caixas. Isso se o cuidador for disciplinado e não desperdiçar tiras (pouco sangue, erro, crise de hipoglicemia e aumento da necessidade de medição)... Suportar o custo do tratamento não é brincadeira, ultrapassa em muito o valor do salário mínimo. Isso mesmo, aquele valor que segundo a lei deve ser suficiente para as despesas com moradia, alimentação, educação, vestuário e lazer... Aumento dos gastos, nova rotina, menos disponibilidade para trabalhar e ganhar mais dinheiro... Imagine se o irmão do recém diagnosticado também desenvolver a doença... Não é brincadeira... O tratamento deve ser contínuo. Para profissionais liberais e autônomos, com renda variável, não importa se o mês foi bom ou ruim, as contas chegarão...

Já escrevi sobre isso noutra oportunidade, mas não custa repetir:  segundo o art. 5º, inciso V, da Constituição Federal de 1988, “garante-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida”. No artigo  6º, que trata dos direitos sociais encontramos disposto que “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição." O sentido e alcance do dispositivo citado é obtido através de simples leitura do disposto no art. 196 de nosso Texto Fundamental: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Quando estamos tratando dos interesses de uma criança pequena, incidindo ainda o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente: “Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à  saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”; Na mesma lei, no art. Art. 7º, encontramos disposto que “a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”, sendo assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde (art. 11). E o mais importante: incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos.

Como já decidiu reiteradamente o Supremo Tribunal Federal, "o direito público subjetivo à saúde representa prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das pessoas pela própria Constituição da República", possuindo natureza de direito subjetivo,  imperativo da solidariedade social, que não pode sofrer embaraços por parte das autoridades administrativas.

Existe uma Lei Federal específica assegurando aos diabéticos o direito ao tratamento. Trata-se da Lei nº 11.347, de 27 de setembro de 2006, assegura a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes. Essa obrigação é do Poder Público municipal, estadual e federal, concorrentemente, ou seja, os pacientes podem requerer tratamento em qualquer âmbito da administração pública.

A ausência de recursos municipais não serve de justificativa para negativa do tratamento. Se está difícil obter o tratamento junto ao município, deve-se buscar na Secretaria Estadual de Saúde, primeiro administrativamente e se for o caso, judicialmente... Também é possível demandar o governo federal para assegurar o tratamento.

Estamos tratando de um direito assegurado por lei e precisamos garantir sua efetividade, de modo eficiente e contínuo, para garantia de um bom tratamento e qualidade de vida para os pacientes.

Rio de Janeiro <parte 3> – Diabetes e Viagem

IMG_1637Sempre que vou viajar com Júlia, fazer sua  mala “come o meu juizo”!!!! Tem que ser tudo super organizado para não esquecermos de nada e para que nenhum insumo falte para ela durante a viagem, até porque, os insumos para a bomba de insulina não se vende em fármácias comuns e nem especializadas…

Faço sempre uma listinha das coisas “coisas normais”e outra listinha para “o diabetes”

Na listinha normal, faço antes os conjuntinhos – Roupa, calcinha, calçado e acessórios de cabelo -para não esquecer nada, e faço a necessaire  com shampoo, condicionador, sabonete etc. Faço também uma bolsinha com os remedinhos mais comuns que ela usa: De febre, de enjoo, de vômito, de dor de barriga para se por acaso precisar…

Na listinha de insumos para 5 dias de viagem contei o seguinte:

- O kit completo da bomba (Bomba + smart control)

- 1 caixa de fitas performa extra (com 50 unidades) + a que já está no kit

- 1 cânula para cada 2 dias de viagem + 2 cânulas reserva – Levei 5 cânulas (2 simples e 3 completas)

- O aplicador da Cânula

- 10 Bulbos de lancetas

- O lancetador

- 1 insulina extra (no caso dessa viagem, como tinha trocado a pouco tempo a insulina da caneta  que mantemos na bolsinha de insulina dela, se precisasse usaria ela)

- Lencinhos de álcool ou algodão e álcool 70%

- A chave para trocar a Canula

- Pilhas extras para a bomba de insulina e para o Smart Control

 DSC_9929

Fiz uma mochila para levar de bagagem de mão dentro do avião. Dentro coloquei: O Kit insulina Jujuba, um casaquinho para se ele tivesse frio, uma roupa extra para se algo acontecesse, um pacote de lenços umedecidos,  e umas comidinhas caso ela não gostasse da comida do avião (ou não tivesse) ou do aeroporto que faríamos conexão.

Levamos também umas revistas de atividades, lápis coloridos, o ursinho pimpão (companheiro inseparável da dormida), e o Nitendo DS para ela se distrair.

DSC_9892Não podíamos esquecer também como já falei na postagem anterior de duas coisas muito importantes: A certidão de nascimento original (já que no avião estava só com ela) e uma declaração de diabetes caso alguém encrencasse de alguma forma com a bomba de insulina. Mas isso não aconteceu.

Para andar na cidade que estamos visitando,  andamos normalmente com a bolsinha comum de insulina (o kit inseparável) que ela usa no dia a dia – o Kit Jujuba , e um lanchinho para alghuma emergência. Não precisa mais que isso.

Em viagem, por sairmos tanto da rotina,  muitas vezes nos distraimos e passamos das horas das refeições. Então temos que ficar sempre atento a isso. Apesar de que, no nosso caso, após a bomba de insulina temos muito mais liberdade nos horários e quantidades das refeições. conseguimos controlar muito melhor tudo isso.

De resto é só aproveitar cada momento e curtir nossas férias….

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Rio de Janeiro <parte 2> Workshop Accu chek em Niterói

A nossa médica, Dra Susana Chen, em parceria com a Luciana Santos, representante da Roche Diagnóstica no Rio de Janeiro, bolaram um workshop muito diferente para os pacientes da Dra Susana em Niterói.

Ela nos fez o convite há um tempo atrás para que participássemos desse “bate papo” com os pacientes dela, contribuindo com nosso depoimento e nossa experiência de pais e usuários… Aceitamos na hora, claro! Por nossa queridíssima Susana damos a volta no mundo se for preciso!!!!!

Esse se tornou o motivo principal de nossa ida para o Rio de Janeiro e aproveitando o ensejo, resolvemos ficar por lá mais uns diazinhos para aproveitar as férias de Jujuba e para matar um pouco as saudades de nossa família carioca.

jujubadiabetica 8jujubadiabetica 11

Além dela mesmo(Susana) e da Fernanda (DM1 e usuária de bomba que amei conhecer) do laboratório Roche, Ela chamou também para participar do workshop , a nutricionista Haline Pereira, profissional competentíssima, especialista em contagem de carboidratos, para falar um pouco sobre alimentação e a importância da contagem de CHO para o uso da bomba de insulina.

Acho que isso fez toda a diferença no workshop! Como Susana programou, não foi uma tarde apenas de informações técnicas sobre um produto. Foi uma tarde de troca de experiências e de informações, com todas aquelas 30 famílias que estavam ali… Muuuito bom!!!!!

Tenho um pouco de dificuldade para falar… Acho sinceramente que sou muito mais articulada escrevendo do que falando. Me enrolo toda, gaguejo, gesticulo demais, tenho brancos repentinos, enfim, não tenho muita intimidade com “falações” em público mesmo que seja sobre um assunto que domino tanto. Mas apesar de ter emperrado um pouco por conta dos slides que insisti em fazer (Os slides ficaram uma gracinha), acho que desenrolei melhor do que eu esperava…. Falei um pouco além do tempo (para não falar muito) mas, acho que no fim o resultado foi positivo!

jujubadiabetica 9jujubadiabetica 10

Preparamos também para nossos novos amigos uma lembrancinha para que eles sempre lembrem da gente… Um mimo para mostrar o quanto aquele dia estava sendo especial para nós…

Teve também um recreador para as criançada. Elas brincaram a tarde inteira juntas no pátio enquanto nós pais e médicos, trocávamos ideias no auditório da escola. O lanche coletivo foi detalhadamente preparado para aquelas famílias com Contagem de Carboidratos e tudo!!! Estava uma delícia!!!! Um exemplo!

jujubadiabetica 20jujubadiabetica 14

jujubadiabetica 13jujubadiabetica 19

Conhecemos muuuita gente legal!!! Adorei conhecer pessoalmente as nossas amigas não mais só virtuais Giselle e sua filha Duda, a Nívea e sua filha Carolzinha, a Aliene e sua filha e xará da minha Júlia e a Camilla e sua filhota linda Mari, que só tínhamos contato pelo Bate Papo Diabetes no Facebook. Conheci também o Eduardo e sua familia (que só tinha falado conosco por telefone), a família da Deuzenir, da Angela, da Shirlei, e tantas outras que tivemos o enorme prazer  em dividir experiências (e que não lembrei os nomes no momento)… Não podemos esquecer de mencionar também que conhecemos finalmente a família da Susana – O Heitor, A Iris o Davi, a Tia e o doce do sogro dela. Uma família linda e de muito amor!!!!!

jujubadiabetica 15jujubadiabetica 16jujubadiabetica 17jujubadiabetica 18

Foi realmente um momento único, daqueles que não queremos que termine…. Como disse a minha amiga Nívea, cinco horas definitivamente não bastou!!!!

Parabéns Susana e Luciana por esse grande evento que vocês organizaram!! Que seja o primeiros de muitos!!!! Que a Roche se utilize desse modelo de workshop para todo o Brasil!!! Com certeza foi muito mais proveitoso para todos os convidados, muito mais humano e muito mais bem sucedido!!!!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Rio de Janeiro <Parte 1> E o Rio de Janeiro continua lindo…

IMG_0376Fizemos uma viagem de 5 dias para a cidade maravilhosa… Lá fizemos muita coisa interessante e conhecemos muita gente legal… Mais um “doce” desafio e muito aprendizado em minha vida…

Resolvi dividir nossa experiência em 3 postagens… Uma falando sobre a viagem em si, outra falando sobre o workshop que participamos e a terceira falando sobre viagem e Diabetes… Vou tentar postar em dias seguido para ficar mais fácil de entender, ok?! então lá vai a primeira:

E o Rio de Janeiro continua lindo…

jujubadiabetica 0Malas prontas, listinha de insumos conferida (Vou falar disso num post separado)e lá fomos nós para o aeroporto…

A princípio fiquei um pouco apreensiva para passar pelo Raio X do embarque… Não tinha ainda viajado de avião com a Julia, pós colocação da bomba… Então para a nossa segurança, tratei de levar além da certidão de nascimento original (já que Marcos estava indo em outro avião),  uma declaração de diabetes da Júlia… Porém não tivemos problema nenhum, passamos tranquilo pelos policiais federais, sem indagações ou encrencas…

Optamos por fazer uma programação bem criança mesmo…. Uma programação para Julia se divertir e aproveitar um pouquinho esses dias de férias…

Na quinta feira levamos Júlia para o Pão de açúcar para andar de bondinho. O dia estava lindo e o pôr do sol maravilhoso.

jujubadiabetica 1jujubadiabetica 2

Na sexta o priminho carioca da Juju, O Guguinha, veio de Teresópolis só para passar o fim de semana com ela… Foi uma farra só… Tentamos levá-los para o passeio de trenzinho do corcovado mas os trens estavam super atrasados e não deu para irmos… Reprogramamos para domingo e passamos a tarde brincando na Lagoa… Muuuuito bom!!! Depois Jujuba foi conhecer o resto dos primos cariocas, Tia Mari, Tia Bibi e o João…

jujubadiabetica  4jujubadiabetica 5

Sábado fomos para Niterói… Demos uma passadinha pelo MAC (que Julia estava carinhosamente chamando de Disco voador), almoçamos com a médica da Júlia, Dra Susana Chen e sua familia e fomos para o Evento de crianças DM1 paciente dela (evento que foi o estopim da viagem)…

jujubadiabetica 6jujubadiabetica  3

jujubadiabetica 7Domingo choveu horrores!!!! Tinhamos programado de dar uma passada na maratona do Rio para tentar conhecer Sarah Rubia e Igor, depois iamos para o cristo e terminariamos o dia no zoológico, porém toda nossa programação foi literalmente por água abaixo!!!! Terminamos passando o dia no shopping e indo para um espetáculo de circo que foi muito ruim (rsrsrsrs… mas valeu pelas companhias)…

Enfim, a viagem foi muito proveitosa!!!! Jujuba amou e nós também!!!!!! Nada melhor que uns diazinhos em familia e com muitas coisas boas para renovar as energias…

Já estou com saudades!!!!!!