quarta-feira, 28 de abril de 2010

10 dicas para adolescentes


A experiência é um grande professor, mas às vezes não é a melhor maneira de aprender, especialmente quando se trata de suas necessidades médicas. As pessoas inteligentes aprendem com seus erros, mas os sábios aprendem com os erros de outras pessoas. Em meus dez anos, com diabetes, eu descobri que para eliminar os problemas, você precisa antecipar as suas necessidades. Depois de alguns minutos de preparação você pode desfrutar de uma tarde de muita diversão com seus amigos, uma nota melhor na prova, ou a participação em competição desportiva sem complicações.
Como pessoas com diabetes, não temos a opção de esquecer a nossa doença, se quisermos manter um estilo de vida saudável. Então, abaixo seguem os dez mandamentos que aprendi que todos nós devemos ter para nos protegermos das complicações no nosso dia a dia.
1. Ter tabletes de glicose em você o tempo todo.
2. Sempre verifique sua glicemia antes de qualquer tipo de atividade física.
3. Ter algum tipo de bebida açucarada com você durante qualquer tipo de exercício ou esporte. Suco de laranja para mim é o melhor.
4. Ter uma pequena bolsa para carregar as insumos para controle do diabetes.
5. Verificar o seu açúcar no sangue e, se necessário, tentar fazer um lanche 15 minutos antes de uma prova.
6. Quando praticar esportes, verifique a sua glicemia e faça ajustes durante os intervalos.
7. Tenha uma caneta de insulina à mão, caso de você precise fazer alguma correção de glicemia.
8. Sempre ouça o seu corpo. Se você está com sede o tempo todo e tiver que urinar com frequência, você definitivamente precisa checar sua glicose no sangue.
9. Nunca tenha medo de dizer a um treinador ou um professor que seu nível de açúcar no sangue está baixo, porque se você ficar esperando o problema não vai desaparecer.
10. Quando o açúcar no sangue estiver baixo, depois do corboidrato, consuma proteína. Os carboidratos aumentam o açúcar no sangue, e a proteína impe que volte a cair.
Por Tyler Stevenson
(Tyler é um calouro de 19 anos de idade da Florida State University)
25 de março de 2010
http://www.diabeteshealth.com/read/2010/03/25/6615/tylers-top-ten-tips-for-teens-/
Traduzido e adaptado por Mark Barone

Por que a Hemoglobina Glicada (A1C) é tão importante?


A hemoglobina glicada, ou A1C, é um dos seis exames que as pessoas com diabetes precisam fazer regularmente. Alguém sem diabetes teria um A1C entre 4 e 6 por cento, enquanto a meta para a maioria das pessoas com diabetes é uma A1C inferior a 7 por cento.

“Quanto mais alta a sua A1C, maior o risco de desenvolver complicações a longo prazo, tais como infarto, derrame, doença renal, neuropatia e os problemas de circulação”, diz Martin Abrahamson, MD, Diretor Médico do Contro de Diabetes Joslin.
Mantenha sua glicemia o mais dentro possível dos níveis alvo (determinados pelo seu médico), e corrija as variações glicêmicas. Nunca e esqueça da importância da auto-monitorização frequente da glicemia, de tomar sua mediação (insulinas, comprimidos, ou ambos), de se alimentar de forma saudavel e praticar exerc´cicios físicos para além de manter o controle da glicemia, manter-se saudável.
“A A1C é uma leitura mais sofisticado feito por laboratórios e reflete a média da glicose ao longo dos últimos dois a três meses”, explica Andrea Penney, RN, CDE, na Joslin Diabetes Center.
Penny explica que a A1C mede a glicose que se adere às moléculas de hemoglobina nos glóbulos vermelhos. Quanto maior os níveis de glicose no sangue, a glicose se apega mais à hemoglobina e, portanto, maior a A1C. Os glóbulos vermelhos, ou hemácias, duram 120 dias. Por isso, medir o percentual de moléculas de hemoglobina que têm glicose associada, ajuda-nos a saber a quantidade extra de glicose que esteve na corrente sanguínea durante os últimos meses.
A A1C deve ser dosada a cada três a seis meses. Não requer jejum e pode ser feita a qualquer hora do dia. Uma leitura menos de 7 por cento é a meta de campo. Quanto mais perto você chegar, melhor você vai se sentir.
Fonte: www.joslin.org/info/all_about_a1c.html
Traduzido e adaptado por Mark Barone

domingo, 25 de abril de 2010

Quais os direitos dos portadores de diabetes no Brasil?

Organizações de todo o Brasil há muitos anos vem se preocupando em esclarecer aos portadores de diabetes, familiares e comunidade em geral, que os cuidados com a diabetes envolvem a educação em diabetes, o tratamento adequado e o conseqüente acesso ao mesmo.

A saúde é direito de todos e dever do Estado, segundo determina nossa Constituição Federal ( artigo 196 e seguintes), chamada de constituição cidadã, e a Lei Orgânica da Saúde, Lei 8080/90 (artigo 7º,I). Nesse sentido, qualquer cidadão tem o direito de ser atendido pelo sistema público de saúde sempre que necessário para a proteção ou recuperação de sua saúde. Uma das diretrizes do SUS – Sistema Único de Saúde é justamente o atendimento integral, que consiste no fornecimento tanto das ações e serviços de saúde preventivos como dos assistenciais ou curativos (artigo 198, II da Constituição Federal; artigos 5º, II e 7º, II da Lei 8080/90).

Sabemos que colocar isto em prática não é fácil para o cidadão. O atendimento e a busca dos direitos não é fácil e é necessário muita determinação e informações adequadas e também é preciso enxergar que ao buscar resolver um problema pessoal, você também pode contribuir para a melhoria do Sistema de Saúde como um todo, fazendo um bem para toda a sociedade.

Os portadores de diabetes sempre questionam que ou não tem condições de fazer o tratamento adequado ou que para fazer o tratamento vital, consomem parte significativa do orçamento familiar, deixando de atender as outras necessidades básicas suas e a de seus familiares.

Como já foi informado e divulgado inúmeras vezes o Estado de São Paulo aprovou a Lei 10782/2001, que determina ao SUS o fornecimento de todo o tratamento que o portador de diabetes necessita.

Em 26 de setembro de 2006, foi promulgada pelo Governo Federal a Lei 11.347, que prevê a distribuição gratuita de medicamentos e insumos aos portadores de diabetes, inscritos em um programa de educação em diabetes.

Em 10 de outubro de 2007 foi publicada a Portaria 2583, que define o elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde.

A fim de normatizar o fornecimento dos medicamentos e insumos, alguns Estados criam protocolos, estipulando quais são os itens que serão fornecidos e em que quantidades.

Todos devem ter em mente que primeiro devem buscar receber administrativamente todo o tratamento que necessitam, conforme prescrição de seu médico. Todavia, depois de esgotada a esfera administrativa e não sendo atendido, todo cidadão tem o direito de buscar através da esfera judicial os seus direitos. Isto demonstra que aquele que não conseguiu receber administrativamente não ficará desamparado.

A seguir informamos abaixo algumas leis e decretos estaduais, federais e municipais, salientando que a lista, ora apresentada, não esgota toda a legislação existente.

LEIS FEDERAIS

- Lei nº 11.347 de 27/09/2006- prevê a distribuição gratuita de medicamentos e insumos aos portadores de diabetes, inscritos em um programa de educação em diabetes.

- Portaria Ministerial nº 2583 de 10/10/07- Define o elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde( clique aqui).

- Lei nº 7713 de 22/12/1988 – No artigo 6º, inciso XIV, está prevista a isenção de imposto de renda para os portadores de diabetes que já possuam complicações da diabetes, tais como: cegueira, cardiopatia e nefropatia graves.

- Lei º 11.052 de 29/12/2004, que altera o inciso XIV da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, com a redação dada pela Lei no 8.541, de 23 de dezembro de 1992, para incluir entre os rendimentos isentos do imposto de renda os proventos percebidos pelos portadores de hepatopatia grave.

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

EM SÃO PAULO:

Lei Estadual nº 10782, de 09/03/2001 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, no Estado de São Paulo.

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL SOBRE DIABETES EM SÃO PAULO:

1) Decreto Municipal nº 43.237, de 22/05/2003 - Regulamenta a Lei n° 13.285, de 09-01-2002, que cria o Programa de Prevenção ao Diabetes e à Anemia Infantil na Rede Municipal de Ensino, e dá outras providências

2 ) Lei 11.766- 17/05/95- Municipal- Institui o Dia Municipal de Prevenção ao Diabetes e dá outras providências.

3 ) Lei 11.845-06/07/1995- Municipal- Institui no Municipio de São Paulo o programa de doação de seringas descartáveis e insulina a portadores de Diabetes Melittus em toda a Rede Municipal de Saúde.

4 ) Lei 12.496- 10/10/1997 – Municipal- Altera o art. 3º da Lei nº 11.845, de 06/071995.

5 ) Lei 10.816- de 01/06/2001- Institui o dia Estadual de Prevenção do Diabetes, com o objetivo central de examinar, cadastrar, esclarecer e conscientizar preventivamente sobre o diabetes.

6 ) Lei 13.205- 08/11/2001- Dispõe sobre a obrigatoriedade das escolas e creches municipais manterem alimentação diferenciada aos diabéticos em sua merenda escolar.

7 ) Lei 13.285- 09/01/2002- Municipal- Cria o Programa de Prevenção ao Diabetes e á Anemia Infantil, na rede Municipal de Ensino e dá outras providências.

8 ) Lei 13.445- 23/10/2002- Dispõe sobre alteração ao artigo 2º da Lei 11.845, de 06/07/1995, que institui o programa de doação de seringas descartáveis e insulina aos portadores de diabetes melittus e dá outras providências.

NO RIO DE JANEIRO:

- Lei Estadual nº 1751, de 26/11/1990 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de poder público instituir, como direito do cidadão, uma política de saúde preventiva do diabetes no Rio de Janeiro.

- Lei Estadual nº 3436, de 03/07/2000 - Dispõe sobre a criação de campanhas permanentes de prevenção, controle à diabetes pelo poder executivo em todo Estado do Rio de Janeiro.

- Lei Estadual nº 3885, de 26/06/2002 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, no Rio de Janeiro, e dá outras providências.

- Lei Estadual n° 4119, de 1º/07/2003 - Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários a sua aplicação e à monitorização da glicemia capilar aos portadores de diabetes. Para receber o benefício, o paciente deve estar inscrito no cadastro para pessoas com diabetes em unidade de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

NO DISTRITO FEDERAL:

- Lei Distrital 640, de 10/01/94 - Dispõe sobre a distribuição de medicamentos e tiras reagentes no Distrito Federal.

NO RIO GRANDE DO SUL:

- Portaria nº 74, de 27/12/2002 - A Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul aprovou a concessão de insumos adicionais necessários à monitorização domiciliar da glicemia capilar aos usuários do Sistema Único de Saúde, que estejam sendo atendidos pelos serviços públicos e/ou conveniados, dentro da área de abrangência de cada coordenadoria de saúde. Fica estabelecido, então, que serão fornecidos glicosímetros e 100 fitas reagentes, mensalmente, para indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 em tratamento intensivo com insulina.

NO PARANÁ:

- Lei Municipal nº 2661, de 30/09/2002 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do município de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.

NO MATO GROSSO DO SUL:

- Lei Estadual nº 2.611, de 9 de bril de 2003- Estabelece diretrizes para a implantação de política de prevenção e atenção integral à saúde do cidadão portador de diabetes, e dá outras providências.( Esta é uma lei de Campo Grande/MS).

EM PERNANBUCO:

- Lei Estadual nº 12565, de 26/04/2004 - Define diretrizes para uma política de prevenção e atenção integral à saúde da pessoa portadora de diabetes, no âmbito do Sistema Único de Saúde, e dá outras providências, no Estado de Pernambuco.


Fonte e credibilidade do artigo: Associação de Diabetes Juvenil
Autor: Ione Taiar Fucs - Presidente e Coord ADJ-Jur

Edição: Grupo de Apoio aos Amigos Diabéticos
 
FONTE: http://gaad-amigosdiabeticos.blogspot.com

O que é Índice Glicêmico ?

O índice glicêmico (IG) é um método, proposto pelo Dr. David Jenkins, pesquisador da Universidade de Toronto – Canadá, em 1981. Ele representa a qualidade de uma quantidade fixa de carboidrato disponível de um determinado alimento, em relação a um alimento-controle, que normalmente é o pão branco ou a glicose, a partir daí, são classificados baseados em seu potencial em aumentar a glicose sangüínea. Através da analise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de carboidrato do alimento padrão (glicose ou pão branco). Atualmente utiliza-se o pão branco por ter resposta fisiológica melhor que a da glicose.

Equação:

CG = IG x Teor CHO disponível na porção do alimentos/ 100

Qual a Importância de Consumir Alimentos com Baixo IG?

As evidências científicas reforçam que o carboidrato é o maior preditor do aumento da glicemia pós refeição, devendo-se considerar qualidade e quantidade deste macronutriente.

O índice glicêmico é uma medida de qualidade do alimento e a carga glicêmica, apesar de ser uma medida que leva em consideração a qualidade e quantidade, controvérsias sobre a validade destes métodos ainda persistem.

Existem diversos fatores que interferem na resposta glicêmica dos alimentos, como a procedência do alimento, tipo de cultivo, forma de processamento e cocção, consistência e teor de fibras. Ao recorrer a tabelas, corre-se o risco primeiramente de identificar alimentos que no caso, não são típicos do Brasil, uma vez que dispomos de tabelas internacionais. Além disso, muitos alimentos com baixo IG, trazem na sua composição altas concentrações de gorduras.

Diante desta situação, vale ressaltar a importância da orientação nutricional realizada pelo nutricionista especialista no atendimento as pessoas com diabetes, no sentido de esclarecer quanto a viabilidade e vantagens na escolha de alimentos com baixo IG e CG.

Como Identificar IG dos Alimentos?

Tal índice foi proposto para auxiliar a seleção de alimentos, assim quando alimento controle utilizado é o pão , os alimentos analisados que apresentam IG 95, são considerados de alto IG. Caso o alimento padrão seja a glicose, considera-se alto, IG > 70, médio IG 56 – 69 e baixo IG < 55.

A recomendação para o uso do IG, baseia-se, principalmente, na substituição de alimentos de alto por baixo IG ao longo do dia.

Onde Encontrar Informações sobre o IG dos Alimentos?

A primeira tabela divulgando valores de IG dos alimentos foi publicada em 1981 e continha 62 alimentos, desde então o número de alimentos de todo o mundo, vem sendo amplamente analisados por pesquisadores do Canadá, Austrália, Nova Zelândia. No Brasil, o IG de alguns alimentos como o abacaxi, morango, banana, feijão, arroz e alguns alimentos industrializados, vem sendo analisados pela Professora Dra. Elizabete Wenzel de Menezes, coordenadora da equipe na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP).

Carga Glicêmica (CG)

O Que É?

O conceito sobre carga glicêmica (CG) foi proposto, em 1997, pelo Dr. Salmeron , pesquisador da Harvard Scholl. A carga glicêmica (CG) é um produto do índice glicêmico (IG) e da quantidade de carboidrato presente na porção de alimento consumido, comparado com o alimento padrão.

Este marcador mede o impacto glicêmico da dieta , sendo calculado através da multiplicação do IG do alimento pela quantidade de carboidrato, contida na porção consumida do alimento.

Equação: CG = IG x teor CHO disponível na porção/100

Como Identificar a CG dos Alimentos?

Considerando a glicose como controle, os alimentos podem ser classificados em baixa carga glicêmica (CG 20).

Qual a Importância de Consumir Alimentos com Baixa CG?

As evidências científicas reforçam que o carboidrato é o maior preditor do aumento da glicemia pós refeição, devendo-se considerar qualidade e quantidade deste macronutriente. O índice glicêmico é uma medida de qualidade do alimento e a carga glicêmica, apesar de ser uma medida que leva em consideração a qualidade e quantidade, controvérsias sobre a validade destes métodos ainda persistem.

Existem diversosfatores que interferem na resposta glicêmica dos alimentos, como a procedência do alimento, tipo de cultivo, forma de processamento e cocção, consistência e teor de fibras. Ao recorrer a tabelas, corre-se o risco primeiramente de identificar alimentos que no caso, não são típicos do Brasil, uma vez que dispomos de tabelas internacionais. Além disso,. muitos alimentos com baixo IG, trazem na sua composição altas concentrações de gorduras. Diante desta situação, vale ressaltar a importância da orientação nutricional realizada pelo nutricionista especialista no atendimento as pessoas com diabetes, no sentido de esclarecer quanto a viabilidade e vantagens na escolha de alimentos com baixo IG e CG.

Considerações Finais sobre IG e CG

Ainda não existe um consenso entre os diversos órgãos de saúde mundiais, sobre a recomendação do índice glicêmico (IG) e carga glicêmica (CG), como estratégia primária para o planejamento do plano alimentar para pessoas com Diabetes Mellitus, pois, questiona-se a relevância e praticidade destes métodos, havendo a necessidade de realização de mais estudos de longa duração com alimentos de baixo IG e CG, no intuito de avaliar seus efeitos na prevenção e tratamento de diversas doenças crônicas não transmissíveis.


Consultoria: Dra. Gisele Rossi Goveia, Especialista em Nutrição Clínica

Nutricionista da Preventa Consultoria em Saúde - SP, Coordenadora do Departamento de Metabologia e Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes 2006/2007.
 
FONTE: http://www.diabetes.org.br/component/content/article/44-ultimas-noticias/1271-o-que-e-indice-glicemico

Você sabe o que seu filho com diabetes pode comer?

Você sabe o que seu filho com diabetes pode comer? Bem, ele poderá comer o que as outras crianças comem, apenas com mais equilíbrio nos nutrientes: Carboidratos/proteínas/ gorduras/frutas e verduras que fornecem vitaminas e fibras. A diferença é que, no dia-a-dia, você deve evitar dar a ele doces e controlar a ingestão de carboidratos (o ideal do prato de qualquer garoto).

Mas quando ele quiser comer um brigadeiro, tomar um sorvete, provar do milkshake do amigo, libere. Se ele se sentir seguro, que de vez em quando pode comer bobagens, vai se alimentar com muito mais qualidade.

Dicas Importantes:

• Incentive seu filho a praticar esportes desde pequeno.
• Ensine seu filho a contar os carboidratos, entendendo que alimentos ele pode trocar por outros. Ele vai ter autoconfiança de que pode se cuidar direitinho.
• Você, o resto da família, os irmãos, todo mundo em casa deve encarar o diabetes da forma mais natural possível. Ele não pode se sentir – e ele não é – diferente de ninguém.
• Sempre aprenda e faça com que ele aprenda a se cuidar: como medir a glicemia, como se medicar, como se virar em caso de hipoglicemia.

O que fazer em aniversários?

Criança não pensa em comer em festinha, criança vai para brincar. Quem come é o adulto acompanhante, que fica observando os filhos correrem para lá e para cá enquanto conversa com outros pais e vai papando um brigadeiro, mais um croquetinho, só mais uma empadinha… Além disso, criança corre tanto, brinca tanto em festa que em geral queima todos os carboidratos ali mesmo. Por precaução, claro, meça a glicemia do seu filho antes e na volta da festa. Daí é medicar e manter a alimentação saudável depois. Assim todo mundo pode se divertir sossegado.

O que fazer na escola?

A cena clássica da criança apontando o dedo para a outra e soltando uma piada de algo constrangedor faz qualquer pai e mãe tremerem por dentro. Quem nunca ouviu, quando era criança, alguma gozação por ser gordo, ou usar óculos, ou vestir uma saia que a má amiga achou “ridícula!” é porque nunca foi à escola. Mais do que compreensível, portanto, que você se preocupe com o dia-a-dia do seu filho entre os amiguinhos. E quando ele se medicar na frente deles? E se quiserem desafiar o garoto a comer algo? E se alguém discriminar seu “bebê”? Provavelmente seu filho vai aprender a lidar com isso na maior, mas você deve ajudá-lo a ter auto-estima.

Prepare seu filho para entender o diabetes e saber como se cuidar. Fale a verdade, do jeito mais simples que ele possa entender: o diabetes pode trazer problemas sérios, mas quem come alimentos saudáveis, toma o remédio, mede a glicemia e faz exercício vai viver muito feliz, sim. Estimule seu filho a saber mais, a fazer o que gosta, a não ter medos que o impeçam das coisas. Assim ele ganha auto-estima, essencial para todos nós. E os colegas da escola? Diante de um amigo tão natural com o próprio diabetes, eles aos poucos param de dar importância para isso. E vão até ajudar se for preciso. Com prazer.

Tire suas dúvidas, sempre, com o cuidador do seu filho, o médico ou a nutricionista. Você também vai se cuidar melhor, e o diabetes, de algum modo, vai acabar melhorando a saúde geral da família.

Fonte: Livro Comida que Cuida 2

sábado, 24 de abril de 2010

Atenção contínua é o trunfo contra a neuropatia


O diagnóstico da neuropatia diabética é feito a partir de uma sequência de exames que devem ser realizados no momento em que o diabético tipo 2 é diagnosticado e após cinco anos do diagnóstico por diabéticos tipo 1. Depois disso, os testes devem ser repetidos anualmente. O diagnóstico precoce permite que o problema seja tratado a tempo e que sua evolução seja desacelerada, explica o endocrinologista Luiz Clemente Rolim, responsável pelo setor de neuropatia diabética do Centro de Diabetes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

"O exame neurológico e os testes para diagnóstico são necessários porque a maioria dos pacientes não percebe os sintomas dessa complicação", explica o médico.

A sequência dos exames começa com o exame neurológico dos pés, composto por testes que visam a verificar os reflexos e as sensibilidades térmica, dolorosa e vibratória. Esse último pode ser realizado com um diapasão ou com um medidor eletrônico chamado biotensiômetro, que oferece resultados mais exatos e quantifica em volts o grau de comprometimento da sensibilidade vibratória, explica Rolim.

Recentemente, alguns consultórios passaram a dispor de um novo equipamento para estudar a variabilidade da frequência cardíaca a partir da respiração e de algumas manobras que vão sendo determinadas pelo médico para o paciente executar. Esse equipamento avalia as chamadas fibras C (finas) do coração e é um exame não invasivo e indolor, lembra Rolim.

Com esse conjunto de análises é possível diagnosticar a neuropatia diabética precocemente e a boa notícia é que há como evitar ou retardar sua progressão. Isso só acontece, porém, se a neurite (inflamação dos nervos) não estiver avançada, lembra o especialista. Desde o início deste ano, o Brasil já dispõe de um medicamento que tem como base o ácido thióctico, que existe no organismo em baixas quantidades. Até então, o medicamento era importado a alto custo. Esse ácido tem efeito antioxidante e atua como neuromodulador e sua principal função é retardar a evolução da neuropatia. Além disso, em breve estará no mercado um novo medicamento contra a dor da neuropatia. "Em dores leves o tratamento é feito com medidas não farmacológicas, mas dores severas precisam de medicamento específico ou mesmo da associação de até três tipos de analgésicos", explica Rolim.

Fonte : " Diabetes Nós Cuidamos "

Mulher com diabetes não deve usar pílula anticoncepcional

As mulheres que sofrem de diabetes, e estão com a doença descontrolada, serão orientadas pelos médicos ginecologistas a não tomar pílula anticoncepcional até que os índices de glicemia voltem à normalidade.

A nova diretriz foi definida no final do ano passado por uma junta médica da Organização Mundial de Saúde (OMS). Pela primeira vez, todas as contraindicações da indicação da pílula foram reunidas em um manual. O guia será adotado pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), afirmou o presidente da entidade, Nilson Melo.

“A entrega do material aos profissionais brasileiros começa em maio”, informou. Segundo Melo, além das diabéticas em situação de descontrole da doença, as portadoras de lúpus também figuram no grupo de contraindicação para o uso da pílula. Não há nenhuma referência à idade e ao tempo de uso.“O uso prolongado (por mais de 10 anos da pílula) não traz prejuízo à fertilidade ou organismo”, diz ele.

O diabetes e a mulher

O diabetes é uma doença em ascensão no Brasil - ocupa o 10º lugar no ranking de mortalidade da população feminina em idade fértil (10 a 49 anos), de acordo com estudo divulgado ano passado pelo Ministério da Saúde. No País, 11% da população têm este problema de saúde.

Uma outra característica da doença é que o controle é difícil, o que reforça o alerta da contraindicação do uso do anticoncepcional. Um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que 76% dos portadores não conseguem manter os níveis seguros de glicemia, o que aumenta o risco de complicações como cegueira, hipertensão e até amputação de membros em casos mais extremos.

Ruy Lyra, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, explica que os anticoncepcionais orais são compostos de hormônios esteróides que podem piorar o controle da doença. Até então, afirma ele, não existia a diretriz de proibição de uso, trazida agora com o novo manual da Febrasgo. Ainda segundo Lyra, se forem feitos os ajustes necessários para o controle glicêmico, as pílulas podem ser usadas pelas mulheres com diabetes.

Enquanto a doença não estiver controlada, orientam os médicos, a indicação para a mulher evitar a gravidez são métodos como as camisinhas masculina e feminina, além do DIU.
 
Fonte: http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=20062

Insulina provoca alergia?

Em alguns casos, a insulina pode provocar alergia. Essa é uma das complicações possíveis do tratamento do diabetes, mas, felizmente, é um evento raro, em grande parte porque a tecnologia já permite alcançar alto grau de pureza no produto, explica a endocrinologista Maria Elizabeth Rossi da Silva, do Hospital das Clínicas de São Paulo e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Maria Elizabeth Rossi da Silva – “Embora cada vez mais rara, a alergia pode atingir o usuário de insulina. As reações variam do leve desconforto a situações críticas, com manifestações letais como o choque anafilático. Os sintomas de alergia ocorrem mais usualmente nos primeiros seis meses de terapia insulínica e são mais frequentes em quem faz uso intermitente da medicação. Pacientes que desenvolvem alergia à insulina são também mais propensos a manifestar alergia a outros medicamentos, como a penicilina, por exemplo.

A manifestação alérgica pode incidir no local da aplicação ou ser uma reação generalizada. Quando é localizada, compreende três tipos principais:

a) Eritema (vermelhidão) e nódulo discreto, coceira (prurido) ou, às vezes, dor no local da injeção. A reação é imediata, com urticária, nódulo e prurido, seguida da fase tardia, 6-12h após, com edema, eritema e prurido (que podem durar até 2-3 dias).

b) Reação de hipersensibilidade intermediária, que se inicia após 4-8h da injeção, com pico após 12h. As lesões são endurecidas e dolorosas, às vezes com hematoma central, e causam coceira.

c) Hipersensibilidade tardia mediada por células. São lesões pruriginosas, endurecidas, avermelhadas, com queimação local, que aparecem após 12h da aplicação, com pico após 24-48h.

Eventualmente, o diagnóstico dessas lesões pode requerer biópsia.

Já a alergia generalizada é extremamente rara e atinge menos de 0,05% dos pacientes. Os sintomas podem incluir urticária generalizada, edema, vermelhidão, taquicardia e broncoespasmo (chiado pulmonar); raramente evolui para parada cardiorrespiratória.

O tratamento consiste em afastar fatores locais, tais como técnica inadequada de aplicação da insulina ou de higiene local, alergia ao álcool ou produtos utilizados na assepsia. As pistolas injetoras de insulina muitas vezes causam erosão na pele, simulando alergia. A agulhas ultrafinas utilizadas atualmente não causam danos à pele.

As reações locais tendem a ser autolimitadas e se resolvem espontaneamente em 1-2 meses. Pode ser necessário utilizar medicamento oral específico, principalmente aqueles com efeito anti-inflamatório ou anti-alérgico. A medicação não deve ser injetada junto com a insulina porque tem incompatibilidade química e precipita a insulina.

A alergia à insulina, mais frequente quando se usavam as insulinas bovinas ou porcinas era, muitas vezes, facilmente resolvida com a mudança para insulina humana. Como comentado, a alergia à insulina humana é extremamente rara. Nesses casos, uma possibilidade a ser considerada é a alergia a determinados componentes presentes na solução de insulina, podendo ser necessária a troca por outro tipo ou marca de insulina. Dispomos no mercado de insulinas de ação lenta (humana-NPH e análogos: glargina e detemir), de ação rápida (humana regular) ou ultra-rápida (análogos lispro, asparte e glulisina). Se, no entanto, todas essas alternativas falharem, o paciente deve ser submetido à dessensibilização, em regime de internação hospitalar.”

Fonte : "Diabetes Nós Cuidamos"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pâncreas Artificial

"Eu tenho diabetes há 25 anos, descobri quando era criança, e carrego uma bomba de insulina, que é a minha vida, se assim posso dizer. Mesmo assim é difícil”, diz o doutor Aaron Kowalski. “Eu preciso furar os dedos várias vezes ao dia para ver o nível da glicose no meu organismo”.

Mas um aparelho que funciona como um pâncreas artificial pode resolver esse problema. O protótipo, apresentado nesta quarta, mede o glucagon, hormônio que eleva a quantidade de açúcar no sangue.

Manda a informação para um computador, que interpreta os dados, e injeta automaticamente no organismo a quantidade necessária de insulina e glucagon para manter o nível de glicose equilibrado.

Até agora os aparelhos portáteis só aplicavam a insulina e não tinham a capacidade de medir e controlar o nível de açúcar no sangue em tempo real.

O médico, que ajudou na desenvolver o pâncreas artificial, conta que será possível evitar problemas graves provocados pela diabetes, como amputações, cegueira, infartos.

Os pesquisadores fizeram testes e o aparelho funcionou muito bem no controle da diabetes tipo 1. Isso é bom para aproximadamente 10% de todas as pessoas que sofrem com esta doença.

A revista científica Science divulgou nesta quarta o resultado do teste com um pâncreas artificial

Mas os próprios cientistas dizem que vão fazer ajustes no mesmo aparelho para que ele venha a ajudar aqueles que sofrem com a diabetes tipo 2. Aí seria um benefício para quase 300 milhões de pessoas em todo o mundo.



FONTE: globo.com
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma goma de mascar que permite que a insulina seja tomada oralmente e depois absorvida pela corrente sanguínea. A insulina, substância ligada à quebra de moléculas de açúcar que tem pouca ou nenhuma produção em pessoas com diabetes, não pode ser ingerida porque não sobrevive à viagem pelo sistema digestivo humano.


A sensível substância é destruída pelo ácido presente no estômago e pelas enzimas do intestino. Agora, Tejal Desai e sua equipe estão desenvolvendo instrumentos para proteger a insulina, colocando uma cápsula para proteger o medicamento até que ele chegue à corrente sanguínea.

FONTE: http://hypescience.com/24395-chiclete-com-insulina-pode-acabar-com-injecoes-dos-diabeticos/

Associação quer que exame de glicemia se torne obrigatório

Quando Francisco tinha 2 anos e apresentou perda de peso e urina em excesso, sua mãe, Catia Borges, levou-o rapidamente a um hospital do Barreiro, em Belo Horizonte. A médica que o atendeu deu como diagnóstico a desidratação, ministrou soro glicosado ao garoto e o mandou para casa. No dia seguinte, com lábios cianóticos e prostrado, Francisco teve que ser internado em um pronto-socorro e, só então, descobriram a causa dos sintomas: ele era diabético, ou seja, incapaz de processar sozinho o açúcar, e a dose de soro glicosado da véspera quase o matou. "Eu nem sabia que ele era diabético. Ele quase entrou em coma, quase morreu, ficou seis meses internado", diz a mãe do menino, hoje com 8 anos.

Longe de ser um caso isolado, o exemplo de Francisco é recorrente nos pronto-atendimentos, públicos e particulares, uma vez que o exame que mede a taxa de glicemia não é obrigatório. E essa é uma das bandeiras levantadas pela Associação de Diabetes Infantil, que discutirá o assunto em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no dia 14 de junho. "O que nós queremos é que todas as crianças que cheguem com sintomas de desidratação nos hospitais e postos de saúde sejam submetidos ao exame de glicemia capilar", conta Cidinha Campos, presidente e fundadora da ADI, sobre o teste que permite saber rapidamente a taxa de glicose no sangue.

Segundo o médico Fábio Guerra, gerente da pediatria do Hospital Municipal Odilon Behrens, o caso de Francisco seguiu um procedimento padrão. "Não há um protocolo específico para se ministrar soro glicosado nos hospitais de urgência, seguimos orientações de associações médicas. A criança chega ao hospital, passa por uma triagem e, após a anamnese e exame clínico, o médico diz se é o caso de dar o soro ou não. Se houver qualquer suspeita de diabetes, o exame é feito na hora", informa Guerra, para quem a causa defendida pela ADI é bastante pertinente. "Acho muito interessante essa proposta da associação, porque melhora o atendimento à criança. Esse exame é feito de maneira muito rápida, uma gotinha de sangue, em menos de um minuto, e está disponível nos hospitais", explica.

Solidária a outras mães, Cátia, faz coro. "Acho boa a campanha da ADI porque impede que outras crianças passem pelo que Francisco passou. É muito sofrimento, um risco muito grande de morrer", completa.

Deputados debaterão questão

A obrigatoriedade do exame de glicemia capilar em crianças em hospitais e postos de saúde é apenas uma das reivindicações que a Associação de Diabetes Infantil (ADI) vai propor na ADI no debate agendado para o dia 14 de junho na Assembleia Legislativa de Minas. Na pauta, estão também isenção de impostos e distribuição de insulina pelo Sistama Único de Saúde. “Vamos discutir a isenção dos impostos dos insumos e dos produtos alimentícios diet, que podemos considerar de primeira necessidade para os portadores de diabetes e obesidade”, diz a presidente da ADI, Cidinha Campos.

“Hoje um doce sem açúcar custa muito caro no Brasil. Queremos garantir para a criança um dos maiores prazeres da vida, que é comer livremente”, diz Cidinha, que tem ainda outras proposições para a audiência com os deputados. “Vai ser também uma oportunidade para tratarmos da inserção das insulinas de ação rápida e ultra-rápida na Farmácia Popular. O diabetes, quando mal-controlado, faz um grande estrago”,

Eu uso bomba de insulina…

Faz um tempo que estou tentando um novo tratamento para o diabetes: uma bomba de insulina. A decisão não foi fácil – até já comentei em post anteriores – mas os resultados tem sidos satisfatórios: a bomba não só melhora o controle como também proporciona mais flexibilidade e espontaneidade ao meu estilo de vida e ao planejamento da minha família. Além disso, permite uma liberdade significativamente maior na escolha de alimentos (e nas quantidades). Vale lembrar que a bomba não funciona sozinha (diferentemente do pâncreas artificial), ela precisa ser avisada. Como assim? Fácil: ela trabalha com um único tipo de insulina – a ultra rápida – de duas maneiras diferentes: basal (quantidade pequena de insulina que é programada para infusão 24h) e bolus (insulina enviada para refeições e correções de hiperglicemias). Esse esquema é parecido com o tratamento com seringas e canetas, mas sem necessidade de aplicação: eu aviso para a bomba o que vou comer e a minha glicemia, e ela calcula e solta a quantidade de insulina necessária (de acordo com a programação) – Quem quiser saber melhor como ela funciona, tenho material explicativo da Medtronic (existem outras marcas no mercado, mas eu só conheço realmente essa), só pedir. Mas nem tudo é perfeito e a bomba de insulina não significa a cura do diabetes. Tem muitas vantagens, sem dúvida, mas também apresenta desvantagens. Assim, pretendo, aos poucos, responder as perguntas mais freqüentes, baseada na minha experiência. Cabe a você, diabético, calcular o trade-off e perceber se a bomba é, ou não, o melhor tratamento para seu caso/momento…

# Como é estar ligado a alguma coisa o tempo todo?

Estranho e difícil, pelo menos no começo. Carregar uma bomba também significa “assumir” o diabetes: muitas pessoas vêem e perguntam o que é. Por um lado é bom, você aprende a falar sobre isso, por outro, é uma “exposição” a mais, que muitos diabéticos preferem evitar. É com o tempo e prática que você acostuma e aprende: aprende a colocar a bomba embaixo do travesseiro para dormir, aprende a fazer malabarismo para se vestir com a bomba conectada, aprende a tornar o aparelinho invisível. A bomba vai estar lá, e você precisa aprender. Além do mais, ainda é possível desconectar a bomba por curtos períodos, uma vez que ela não é a prova d´àgua.


FONTE: Blog de Carol Naumann
http://canaumann.wordpress.com/2010/04/16/eu-uso-bomba-de-insulina/

Falta de distinção é o problema nos diets e lights

Estudo com 120 diabéticos tipo 2 feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, mostrou que, apesar de consumir produtos diet e light com frequência, mais da metade não sabe a diferença entre os dois tipos de produtos, não tem o hábito de ler o rótulo desses alimentos e também não controla a quantidade ingerida. Entre os pacientes entrevistados (60 homens e 60 mulheres), todos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a média de idade era de 63 anos e 83,3% tinham sobrepeso ou obesidade. Os dados foram obtidos por meio de um questionário envolvendo variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, história da doença e consumo de produtos dietéticos e adoçantes. A amostra foi composta principalmente por indivíduos com baixa escolaridade.

O estudo, publicado pela Agência Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foi conduzido pela nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, que alerta para o fato de que o consumo excessivo desses produtos pode interferir no controle glicêmico e trazer prejuízos para a saúde dos pacientes. Os alimentos classificados como diet são aqueles que estão isentos de determinados nutrientes, como açúcar, sódio ou gordura. Já os produtos light apresentam redução de, no mínimo, 25% do valor energético total ou de algum nutriente presente no produto convencional.

O trabalho indicou ainda que, embora não tenham sido observadas diferenças significativas entre homens e mulheres com relação à ingestão de produtos diet e light, os idosos são os maiores consumidores de adoçantes entre todas as faixas etárias, enquanto as mulheres usam mais o adoçante fora de casa e se dizem mais preocupadas com a quantidade utilizada do que os homens.

Diabetes dobra chance de depressão pós-parto, indica estudo

Gestações de mulheres diabéticas podem ser de alto risco: quando não controlada, a doença aumenta a probabilidade de o bebê nascer com excesso de peso, de complicações no parto e de prematuridade.

Um novo estudo publicado no "Jama" (revista da Associação Médica Americana) acaba de adicionar mais um problema à lista. Após acompanharem mais de 11 mil gestantes, pesquisadores da Universidade Harvard mostraram que o diabetes dobra a chance de a mulher desenvolver depressão na gravidez e nós pós-parto.

Segundo a autora, Katy Kozhimannil, o estudo revelou um novo fator de risco potencial para a depressão pós-parto. "É uma doença muito séria, tratável, mas subdiagnosticada. É importante reunir esforços para detectá-la e ajudar mulheres com alto risco de desenvolvê-la", disse à Folha.

A chance de uma mulher ter depressão pós-parto varia de 10% a 15% nos países ricos e de 15% a 20% no Brasil. Além do diabetes, outros fatores de risco para o problema são história anterior ou familiar de depressão, baixo nível socioeconômico, conflitos conjugais e ocorrência de transtornos de ansiedade e depressão na gestação.

Apesar de a relação entre diabetes e depressão em geral já ser conhecida, trata-se da primeira pesquisa a avaliar a ligação entre a doença e a depressão na gestação e no pós-parto, diz Kozhimannil. Não foram avaliados os motivos que levam ao maior índice de depressão em diabéticos, mas a pesquisadora aponta que fatores biológicos e hormonais podem estar envolvidos, assim como o estresse de lidar com uma doença crônica que traz riscos à mãe e ao bebê.

Segundo o psiquiatra Joel Rennó Jr., diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher do Hospital das Clínicas de São Paulo, uma das hipóteses para explicar a questão é que o diabetes tem um efeito neuroquímico sobre os sistemas de neurotransmissores semelhante ao que ocorre na depressão.

A depressão na gravidez piora a aderência ao pré-natal e aumenta o risco de parto prematuro e de baixo peso da criança. Após o parto, pode fazer com que a mulher negligencie o cuidado com o bebê. "Ela não vai ter o prazer de curtir o momento especial que é o pós-parto", diz Rennó Jr.

Segundo o psiquiatra, a depressão não tratada piora a evolução do diabetes. "A doença exige uma aderência do paciente ao tratamento. Tem que fazer um controle glicêmico rigoroso, reeducação alimentar, atividade física, aplicar insulina. O deprimido não faz isso de forma adequada."

A recomendação é que diabéticas planejem a gestação. "O diabetes não compensado no momento da fecundação aumenta de três a seis vezes o risco de malformações no feto", diz Airton Golbert, endocrinologista do Departamento de Diabetes Gestacional da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Diabetes gestacional

Não são só as mulheres que têm diabetes antes de engravidar que devem ficar atentas. Segundo o estudo de Harvard, o diabetes gestacional -que se manifesta apenas na gravidez- também aumenta o risco de depressão. A condição afeta em torno de 6% a 8% das gestantes.

"Na gravidez, a necessidade de insulina aumenta de três a cinco vezes. Na maioria das mulheres, o pâncreas responde bem, mas aquelas que têm fatores de risco, como tendência genética ou obesidade, podem ter o problema", diz Golbert.


Fazer um pré-natal adequado e evitar ganhar peso em excesso ajudam a prevenir o diabetes gestacional.
 
FONTE: FLÁVIA MANTOVANI da Folha de S.Paulo

Rir é bom remédio para diabéticos, diz pesquisa

Dar boas gargalhadas ajuda, e muito, a afastar o risco de complicações cardiovasculares em diabéticos.

Isso é o que revelam pesquisadores americanos da Universidade Loma Linda após acompanhar 20 pacientes com diabetes que também sofriam de hipertensão e tinham altas taxas de colesterol no sangue. Todos usavam remédios para controlar esses problemas.

Os cientistas dividiram os voluntários em dois grupos. Metade deles continuou com o tratamento padrão, tomando os medicamentos. Os demais, além da medicação, também assistiram diariamente a vídeos de humor, selecionados por eles mesmos, durante 30 minutos.

Ao fim de um ano, o grupo que foi estimulado a gargalhar tinha menores taxas de hormônios relacionados ao estresse, como a adrenalina. Além disso, nesses pacientes os níveis de HDL, o bom colesterol, cresceram 26% -no outro grupo, o aumento foi de 3%. E a proteína C-reativa, um marcador da inflamação e do risco de problemas cardiovasculares, despencou 66% entre os que riram mais. A queda dessa substância no grupo controle foi de 26%.

Segundo os autores, os resultados sugerem que rir pode ser um bom complemento terapêutico, capaz de ajudar a prevenir complicações. Estudos anteriores conduzidos pelo mesmo grupo já tinham constatado que a mera antecipação de um sorriso é capaz de aumentar em 27% os níveis das betaendorfinas, hormônios relacionados ao bem-estar, e em 87% as taxas do hormônio do crescimento, envolvido na resposta imune.

Fonte: Folha de S.Paulo

TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO E FERIDAS COMPLEXAS

O Pé Diabético, principal causa de amputação do membro inferior (risco de 15 a 40 vezes maior), mais do que uma complicação do Diabetes, deve ser considerado como uma situação clínica bastante complexa, que pode acometer os pés e tornozelos de indivíduos portadores de Diabetes Mellitus; tem como principais fatores de risco, a neuropatia periférica e a limitação da mobilidade articular; assim, pode reunir características clínicas variadas, tais como alterações da sensibilidade dos pés, presença de feridas complexas, deformidades, alterações da marcha, infecções e amputações, entre outras. A abordagem deve ser especializada e deve contemplar um modelo de atenção integral (educação, qualificação do risco, investigação adequada, tratamento apropriado das feridas, cirurgia especializada, aparelhamento correto e reabilitação global), objetivando a prevenção e a restauração funcional da extremidade.

Dados epidemiológicos demonstram que o pé diabético é responsável pela principal causa de internação do portador de diabetes. A Organização Mundial de Saúde reconhece que a saúde pública se depara com um sério problema em relação ao diabetes. A previsão para o ano de 2025 é de mais de 350 milhões de portadores de diabetes. Destes, pelo menos 25% vão ter algum tipo de comprometimento significativo nos seus pés.

Atualmente, estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto às custas do pé diabético, sendo que 85% destas são precedidas por úlceras.

A tendência atual, em virtude da abordagem e resultados mais eficientes, vem apontando para a necessidade da inserção de todos os pacientes portadores de diabetes em centros integrados por multiprofissionais capacitados no manejo especializado do pé diabético. Estatisticamente vale a pena ressaltar que 50% dos portadores de diabetes desconhecem que têm este diagnóstico.


Portanto, é de suma importância a busca desses pacientes, que também desconhecem apresentar um pé
de risco para a manutenção sadia da extremidade. Aqueles que já conhecem o seu diagnóstico, devem ser submetidos a exame clínico pormenorizado e categorizados em grupos de risco, onde então receberão
proposta terapêutica e seguimento clínico individualizados.

GUIA BÁSICO DE CUIDADOS COM O PÉ DIABÉTICO

1. Lavar os pés diariamente; 2. Secar os pés muito bem, sobretudo entre os dedos; 3. Manter a pele limpa e hidratada; 4. Checar os pés todos os dias; 5. Usar lixas de unhas, gentilmente, para os cuidados ungueais básicos; 6. Manter os pés aquecidos e protegidos por meias, palmilhas e calçados bem adaptados, sempre prescritos e monitorados pelo médico especializado; 7. Nunca andar descalço; 8. Verificar o interior dos calçados todos os dias; 9. Manter a glicemia sob controle; 10. Não fumar e seguir as orientações médicas regulares de profissional especializado.

Dr. Fábio Batista - DOUTOR EM CIÊNCIAS E CHEFE DO AMBULATÓRIO INTERDISCIPLINAR DE ATENÇÃO INTEGRAL AO PÉ DIABÉTICO DO SETOR DE MEDICINA E CIRURGIA DO PÉ DO DEPTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
DA UNIFESP
 
FONTE: http://diabeticos.ning.com/profiles/blogs/tratamento-do-pe-diabetico-e