sábado, 12 de junho de 2010

Os desafios para emagrecer o paciente diabético

Além da hereditariedade, não há um fator de risco mais importante para uma pessoa se tornar diabética do que a obesidade.
Ou seja, pior do que ser obeso, só mesmo ter pai ou mãe diabéticos. Quando, além de ter pais diabéticos, também somos obesos, o nosso destino está traçado: seremos diabéticos um dia.
E isto acontecerá mais cedo, quando o nosso peso corporal está acima das indicações médicas. Será que essa pessoa hipotética, obesa e com pais diabéticos, tem alguma chance de não se tornar diabética? Claro que tem. Suas chances estão intimamente ligadas às mudanças no estilo de vida: mudança do padrão alimentar, perda de peso e prática de exercícios físicos.
A medida que engordamos, passamos por alterações na ação da insulina, com perda progressiva da eficácia desse hormônio e nos tornamos progressivamente predispostos ao diabetes. Felizmente, o inverso também ocorre: uma vez diabéticos e com excesso de peso, à medida em que perdemos peso, passamos por recuperação metabólica, com melhora progressiva na eficácia da insulina, podendo inclusive levar à normalização das taxas do açúcar do sangue. Isso equivale dizer que quando um diabético obeso perde peso, ele se torna progressivamente “menos diabético”, chegando a desaparecer as alterações bioquímicas características da doença.
Um dos grandes entraves ao tratamento da obesidade do paciente diabético tipo 2 ou não insulino dependente é o fato dele ter níveis elevados de insulina no sangue. A insulina, por ser um hormônio que sempre propicia o estoque das calorias em detrimento da queima, facilita o ganho de peso e dificulta a perda de peso. Isso ocorre mesmo antes de aparecer o diabetes, em um paciente predisposto, uma vez que ele já apresenta elevados níveis de insulina no sangue, apesar da glicose ainda ser normal, revelando o grande esforço do pâncreas em evitar o diabetes.
Em todos esses casos, temos um paciente com sobrepeso ou obesidade com grande dificuldade de perder peso, apesar da dieta.Para esses casos, já dispomos de medicamentos que reduzem a resistência insulínica, fazendo com que doses bem menores do hormônio possam causar o mesmo efeito no controle dos níveis de glicose, facilitando assim a vida dos pacientes.
Esses medicamentos não levam à perda de peso por si só, eles simplesmente diminuem os entraves à perda de peso, no caso, os altos níveis de insulina.Outro fator que dificulta a perda de peso entre os diabéticos tipo 2 é a necessidade que muitos têm de usar insulina durante a evolução da doença. Isso ocorre porque na evolução do diabetes tipo 2, ele também passa a produzir menos insulina.
Esses pacientes geralmente engordam muito, quando incorporam a insulina ao tratamento e têm uma maior dificuldade para perder peso. A saída nesse caso é utilizar a menor dose possível de insulina para atingir a normoglicemia. Para isso, a dieta deve ser rigorosamente titulada, pois quanto maior a quantidade de alimentos ingerida, maior a dose de insulina requerida.A maior parte dos antigos medicamentos orais utilizados para o tratamento do diabetes e as insulinas propiciam o ganho de peso. Felizmente, temos visto a entrada no mercado de novos medicamentos para o tratamento do diabetes, com propostas de não interferirem no ganho de peso ou até mesmo propiciarem a perda de peso desses pacientes. Logo, temos presenciado uma grande evolução da farmacologia antidiabética, no sentido de facilitar a importante tarefa de emagrecer esses pacientes.

Mudanças no cardápio

O formato do cardápio para emagrecer o paciente diabético é o mesmo daquele que fazemos para outro paciente não diabético com o mesmo peso, idade e atividade física. Esse cardápio deve ser balanceado, ou seja, nada de cortar carboidratos, nada de retirar alimentos porque o grupo sangüíneo é A ou B, nada de listas enormes de suplementos vitamínicos que de nada adiantam e podem até ser deletérios.
O que importa para emagrecer é a adoção de uma dieta com valor calórico menor do que os gastos calóricos diários deste paciente.Além disso, a dieta deve respeitar as necessidades nutricionais do paciente, para que seja possível emagrecer sem que ocorra a desnutrição. Finalmente, após a perda de peso, o que importa para manter o peso de alguém, é que essa dieta respeite o perfil e o estilo de vida de cada um e não seja “tão fora do comum” que inviabilize sua continuidade.Parece simples, mas não é.
Não é para as pessoas em geral, bem como também não é para o paciente diabético. Há que se ter muita motivação, bom humor e carinho consigo mesmo. E no caso dos pacientes diabéticos, eles têm um estímulo a mais: o conhecimento de que a perda de peso pode facilitar em todos os aspectos o tratamento da doença, reduzindo a dose dos medicamentos orais ou da insulina e as possibilidades de complicações cardiovasculares, a grande causa de morte entre eles.
É importante oferecer aos pacientes diabéticos esta informação, de que emagrecendo eles se tornam menos diabéticos e para alguns deles, principalmente os de início recente e com pequenas alterações glicêmicas, a perda de peso pode inclusive fazer desaparecer qualquer evidência bioquímica da doença, fazendo retroceder o processo patológico em andamento.

SERVIÇO: * Dra. Ellen Simone Paiva - Médica Especializada em Endocrinologia e Nutrologia e diretora clínica do CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional - Rua Vergueiro, 2564 - Conjuntos 63 e 64 - Vila Mariana - São Paulo - CEP: 04102-000 - Telefone: (11) 5579 1561/5904 3273 - www.citen.com.br

FONTE: www.portaldiabetes.com.br/

Como tratar a obesidade infantil

A obesidade é uma doença caracterizada por aumento da gordura corporal, que pode levar a várias outras patologias e até à morte. Uma criança obesa tem, até os dois anos de idade, 50% de chance de se transformar em um adulto obeso, aumentando esta proporção à medida que cresce. É o que alerta Mauro Scharf, endocrinologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica/ DASA.
Um recente parecer da Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF) recomenda que crianças obesas com 6 anos a 18 anos sejam encaminhadas para um tratamento considerado mais intenso para melhorar o peso, com prazo estimado de resultado em até um ano. Os programas analisados com 1.258 crianças e adolescentes norte-americanos incorporaram aconselhamento e outras intervenções, além da já tradicional dieta alimentar e da atividade física orientada. "As intervenções incluíram técnicas de gerenciamento comportamental para ajudar na mudança. No caso das crianças mais jovens, os pais foram envolvidos como um componente. Mas não se sabe ainda se estes resultados podem ser aplicados às crianças que estão com sobrepeso, mas não obesos", afrima Scharf.
O especialista explica que os pesquisadores dos Estados Unidos usaram diferentes programas. As intervenções foram consideradas completas quando foram incluídos elementos como: programas estruturados de dieta saudável e de atividade física, técnicas de automonitoramento e de controle de estímulos, análise dos riscos clínicos e comportamentais para a obesidade, aconselhamento comportamental, fornecimento de um plano de gestão de peso, medicamentos e intervenção de uma equipe multidisciplinar especializada em obesidade infantil.
O programa também contou com uma avaliação clínica do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC consiste na divisão do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros). Por exemplo: em uma pessoa com 90 kg e 1,70 m o IMC será: 90 / 1,70 x 1,70 = 32,1. Pessoas com IMC entre 20 e 24,9 têm peso normal; entre 25 e 29,9 têm sobrepeso e com 30 ou mais são obesas.
Scharf afirma que o tratamento da obesidade somente deverá ser realizado sob orientação médica. Após o diagnóstico diferencial, este poderá estabelecer um programa de reeducação alimentar, com a adequação tanto da quantidade como da qualidade dos alimentos ingeridos. "É importante lembrar que, em 99% dos casos, a obesidade infantil não está ligada a disfunções hormonais, como a maioria dos pais pensa", afirma. A prática de exercícios físicos, também sob indicação e supervisão médica, visa aumentar a massa muscular e o gasto de calorias, favorecendo o emagrecimento. O tratamento com medicações, tanto as que auxiliam na diminuição da ingestão de calorias, como as que diminuem a absorção das gorduras no intestino, poderá ser prescrito pelo médico em casos selecionados.
Nos Estados Unidos, de 12% a 18% das crianças e dos adolescentes de 2 a 19 anos são obesos, percentual este definido com base na idade, IMC e sexo. De acordo com o USPSTF, a prevalência de obesidade varia com a idade e é mais provável a ser maior em crianças mais velhas, nos meninos e em minorias raciais e étnicas.
Scharf lembra que crianças e adolescentes obesos têm um maior risco de ter diabetes tipo 2, asma, alterações cardiovasculares, hipertensão arterial, alterações das gorduras do sangue, doenças reumatológicas e ortopédicas, e doença coronariana, que predispõe ao infarto. "Isso sem falar nos problemas de saúde mental e psicológica, como depressão e baixa auto-estima, se comparadas com crianças não obesas", reforça o especialista.

Fonte: http://www.comunidadediabetes.com.br

Tontura pode ser alerta para diabetes, hipertensão ou arteriosclerose

Sintoma típico de labirintite, a sensação de tontura deve ser bem investigada, pois muitas vezes é um alerta para outras doenças, como diabetes, hipertensão arterial e arteriosclerose.
De acordo com Marco Aurélio Bottino, chefe da otoneurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, cerca de 450 pacientes são encaminhados, mensalmente, para a otoneurologia do HC, setor que trata a audição e o equilíbrio.
"São pessoas com sintomas de tontura. Entretanto, em mais de 50% dos casos a causa dos transtornos ocorre por disfunções metabólicas, como diabetes, e vasculares, como hipertensão", informa o especialista.
No HC, inicialmente é feita uma série de testes, que são chamados de otoneurológicos, para diagnosticar se o problema é no labirinto e o que o provoca. Além das causas mais frequentes, como alteração de açúcar no sangue e pressão arterial elevada, existem outros problemas que podem originar a tontura. Enxaquecas, tumores, labirintopatias (como excesso de líquido em uma parte do labirinto), má-formação do labirinto e até problemas psicológicos podem ser algumas das razões.
Apesar de ser comum em idosos, a tontura pode atingir todas as idades e os sintomas são variados. "Os sinais mais característicos são sensação de que a cabeça está rodando, zumbidos, náuseas, vômitos e queda da audição", diz o médico.
Bottino alerta que, se as pessoas estiverem com um desses sintomas, é necessário procurar um médico. Quando diagnosticada a labirintite, a terapêutica varia de acordo com a causa. "Remédios para melhorar problemas do labirinto e da circulação sanguínea, intervenções cirúrgicas no caso de tumores no órgão, e exercícios físicos são alguns dos tratamentos", explica.
O otoneurologista também ressalta que uma reeducação calórica na alimentação pode melhorar os sintomas e até prevenir futuros problemas no labirinto.
O médico lembra ainda que muitas pessoas se referem à labirintite como tontura. "O nome correto é labirintopatia, ou seja, são doenças típicas do labirinto e que nem sempre a tontura vai estar relacionada com esses problemas", completa.

Cientistas desenvolvem "tatuagem" para portadores de diabetes medirem glicose

A famosa picadinha no dedo, que as pessoas com diabetes precisam fazer todos os dias para medir o nível de glicose no sangue, pode ficar para trás no futuro.
Cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um novo tipo de medidor de glicose que não apenas elimina a picada do dedo como também fornece resultados mais precisos.
O novo método consiste na aplicação, embaixo da pele, de uma "tatuagem" de nanopartículas: uma espécie de tinta que contém partículas capazes de detectar a glicose no sangue.
Para saber o nível da glicose, o paciente precisa usar um aparelho parecido a um relógio de pulso em cima da "tatuagem".
Esse leitor recebe a informação coletada pelas nanopartículas e emite luzes infravermelhas que indicam a taxa de glicose sanguínea.
Paul Barone, pesquisador do Departamento de Engenharia Química do MIT, afirma que os pesquisadores ainda estão trabalhando para melhorar a precisão do sistema, que promete ser mais exato do que os atuais medidores.
- O diabetes é um problema enorme, de âmbito mundial. Mas, apesar de décadas de avanços de engenharia, a nossa capacidade de medir com precisão a glicose no corpo humano continua a ser bastante primitiva.

Quando chega ao mercado?

Apesar do anúncio dos cientistas, Barone afirma que o novo método está muito longe de ser usado por humanos. Ele ainda sequer foi testado em animais, o que o cientista diz ser fundamental para determinar o valor da descoberta.
- Não dá pra saber o quanto isso será bom até você testar em alguém e verificar a força do sinal emitido.
Até lá, os portadores de diabetes que precisam medir a glicose no sangue continuarão utilizando os atuais aparelhos.
 
FONTE: Fonte: http://noticias.r7.com