quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rumo a mais uma consulta com a endocrino...

Tabelas, graficos, perfis, bomba e jujuba.... Tudo pronto para a consulta...



Os gráficos ainda precisam melhorar muito!!!!!!!!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Consumo consciente de balas

Hoje é Dia de São Cosme e são Damião...
Tradicionalmente é dia de distribuição de guloseimas com as crianças....
Tem dia melhor para falarmos sobre "O consumo consciente de balas"?

Júlia como teve diabetes desde muito pequena (era ainda praticamente um bebê) nunca foi muito fã de guloseimas... Na verdade, sempre evitamos essa "apresentação" para ela... Ela não fazia questão e nós evitávamos oferecer.... Deu certo por um tempo! Foi dessa forma que conseguimos que ela não gostasse de consumir refrigerantes... Mas com as guloseimas, não conseguimos manter!
Ela foi crescendo e a cada nova festinha de aniversário que ela ia, descobria algo novo!!! Principalmente ultimamente que as famosas "mesas de guloseimas personalizada" viraram moda e estão presentes em quase todas as festinhas...  
O interesse e os pedidos por guloseimas passaram a ser inevitáveis..... 
Mas acho que todo problema sempre consiste no exagero do consumo! Em tudo!
Então vamos fazendo a nossa parte, trocando as guloseimas com açúcar, pelas balinhas sem açucar, tic tac e Trident de tudo quanto é sabor.... Mas nem sempre é suficiente....
Então tivemos que estabelecer algumas regras!! Fizemos então o seguinte: Além de nas festinhas de aniversário, ela pode sim consumir algumas balinhas no fim de semana (contando desde sexta)... São balinhas pre-estabelecidas que ela distribui durante o fim de semana da forma que ela achar melhor... Lógico que incluindo na contagem de carboidratos...
Acho que está dando certo!
Está sendo um consumo bem consciente!!!!!! Sem exageros e com limites!!! Sem dor de consciência!!!!

Vi uma reportagem legal sobre uma campanha do Instituto Akatu exatamente enfatizando isso... O consumo consciente de balas...


De onde vêm as balas que as crianças tanto adoram devorar? Como são produzidas e quais os efeitos que geram para o organismo? Se você é uma mãe em dificuldades para fazer seu filho entender que comer balas demais pode prejudicar o organismo, aproveite a campanha liderada pelo portal Akatu Mirim que responde diretamente aos pequenos sobre estas e outras tantas questões referentes ao consumo consciente de balas!
E olha só que vídeo legal o da campanha!!!!!! Vale muito a pena mostrar para os nossos filhos!!!!!
Assim eles se conscientizam um pouco sobre os males desse consumo...


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tirando a Cânula da Júlia...

Umas das dificuldades que encontrei com o uso da bomba de insulina foi de como tirar a cânula da Júlia sem que ela reclamasse tanto (ela reclamava mais para tirar a cânula do que para colocar) e sem que ficasse aquele grudezinho chato que demorava dias para sair....
Aí conversando com amigos usuários de bomba, descobri que usando óleo para bebê quando estivesse retirando a cânula, ela saia com mais facilidade.... Mas colocar o óleo na hora da retirada não estava sendo suficiente..... Júlia ainda reclamava muito pois o adesivo mesmo colocando óleo na hora ainda ficava bem grudado na pele...
Aí uma amiga muito querida me deu uma idéia: "Por que você não deixa de molho no óleo durante uma noite?"...
Assim fiz! E deu certo!!!! Passando a noite embebida em óleo, na manhã seguinte a cânula já está quase solta e com o adesivo bem molinho saindo com muita facilidade. Inclusive sem deixar "grudinho"...

A Cânula

Iniciando a colocação do óleo
Costumo usar um conta gotas para colocar o óleo

Passa a noite inteira assim... cheinho de óleo. Na manhã seguinte  o adesivo está molinho e fácil de tirar

Vídeo da retirada da cânula na manhã seguinte....


domingo, 25 de setembro de 2011

Uma epidemia de diabetes se espalha pelo Brasil e por muitos países


Essa afirmação parece estranha porque costumamos empregar o termo epidemia apenas quando nos referimos às doenças infecto-contagiosas, mas a atual explosão de casos de diabetes obedece a todos os critérios epidemiológicos necessários para a caracterização de uma epidemia.

A epidemia da diabetes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama a atenção para o fato de que a incidência de diabetes aumenta não apenas nos países industrializados, mas também nos que adotaram estilos de vida e hábitos alimentares “ocidentalizados”.
A OMS estima que cerca de 5,1% da população mundial entre 20 e 79 anos sofra da doença. E faz previsões nada otimistas: o número atual de 194 milhões de casos duplicará até 2025.

Diabetes mellitus é uma condição crônica que surge quando o pâncreas se torna incapaz de produzir insulina (diabetes tipo 1 ou insulinodependente), ou quando o organismo não consegue fazer uso adequado da insulina produzida (tipo 2 ou não insulinodependente). Noventa por cento dos casos pertencem ao tipo 2, e apenas 10%, ao tipo 1.
Sabe-se que filhos de pais e mães diabéticos correm mais risco de desenvolver a doença e que algumas condições da vida intra-uterina também aumentam a probabilidade. Por exemplo, crianças nascidas com baixo peso correrão risco maior na vida adulta.
Embora fatores genéticos estejam claramente envolvidos em ambas as formas da doença, as causas de diabetes tipo 1, mais frequente em crianças e adolescentes, permanecem mal elucidadas; já as do tipo 2, que se instalam preferencialmente na maturidade, estão ligadas ao excesso de peso, à obesidade, à inatividade física, às dietas ricas em gordura e em alimentos de alta densidade energética.
Fatores de risco
Nos últimos 20 anos, ficou demonstrado que a obesidade é um fator de risco determinante para o aparecimento de diabetes tipo 2 em todos os grupos raciais ou étnicos estudados. Mas, o risco pode variar de acordo com o grupo estudado. As populações indígenas, por exemplo, são particularmente suscetíveis à associação obesidade-diabetes: os índios Pima, do Arizona, conhecidos pela alta prevalência de obesidade, apresentam a maior incidência de diabetes do mundo (50% dos adultos são diabéticos).
No passado, pensávamos que o tecido gorduroso fosse simples depósito de gordura, encarregado de armazenar energia a ser disponibilizada quando o organismo dela necessitasse. Hoje sabemos que as células adiposas podem ser consideradas parte do sistema endócrino: produzem hormônios que caem na corrente sanguínea e vão afetar outros tecidos.
É o caso da lepitina, proteína descrita em 1994, dotada da propriedade de agir sobre o centro da saciedade no cérebro, com a finalidade de inibir o apetite, evitar a obesidade e, conseqüentemente, condições como o diabetes. Por razões desconhecidas, no entanto, indivíduos obesos, apesar de geralmente produzirem grandes quantidades de lepitina, são resistentes a seu efeito inibidor do apetite. Essa resistência mantém a obesidade e aumenta a chance de desenvolver diabetes.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/a-epidemia-de-diabetes/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Organização com os insumos

Gosto de ser organizada .... Acho que tudo fica mais fácil com organização......
E não podia ser muito diferente com as coisas de diabetes da Júlia.....

Além da Bomba de insulina e do glicosímetro, muitos são os insumos necessários para o dia a dia com  diabetes.... Insulinas, Tiras reagentes, lancetas, algodão, alcool 70%, cânulas (com e sem catéter), melzinhos para hipoglicemia e etc.... E temos que ter isso tudo na mão para quando precisarmos
Isso sem contar que inevitavelmente fazemos um pequeno estoque de tiras,  lancetas e insulinas para não haver a possibilidade de faltar algo para o tratamento da Jujuba.... 
Organização requer Espaço!!!!!! E arrumei uns espaços para deixar tudo que se refere aos insumos dela....
Dividimos em 3 locais:

1. Gaveta de Insumos do Dia a dia:

Nessa gaveta ainda guardo as pilhas extras.....

Na bancada acima dessa gaveta ainda tem um vidro (daqueles para acetona) com alcool 70%, e uma lixeira para perfuro cortantes....

2. Armário de estoque extra:


Onde guardamos Lancetas, tiras reagentes, agulhas, algodão, alcool, manuais, canetas, glicosímetro extra, bolsinhas térmicas... Normalmente temos estoque para aproximadamente um mês  de tratamento...

 3. Estoque de insulinas na geladeira:


Guardamos as insulinas no frigobar, num potinho, na parte inferior da geladeira, longe da parte de gelo e longe do abre e fecha da porta....



Dessa forma sempre tenho idéia do que tem e onde estão as coisas e do quanto ainda duram....
Vale a pena tentar fazer isso!!!!! Facilita muito a nossa vida de cuidadores....

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Leão Lenny explica o Diabetes.

Vídeo em Espanhol, mas bem legal!
Adorei o finalzinho onde aparece o leãozinho de pelúcia com o cânula da bomba de insulina...
Acho que irei adotar um mascote desse aqui em casa também....
É algo a se pensar!!!!!!

 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma descoberta Diferente - Por Giselle Mamede

Essa é uma amiga muito especial que conheci no Grupo da ADABETES (Associação dos Diabético de Alagoas) e que gosto "de graça"!!!!! Apesar de não nos encontrarmos muito, ela parece estar sempre presente em nossas vidas e tem sempre uma dica ou palavra de incentivo para nos dar em todas as situações...  Pedro e Neto são felizardos de ter uma mãe/mulher tão especial na vida deles!!!!!

É com muito prazer que atendo ao convite da Carol em dar meu depoimento aqui, nesse lugar tão lindo, tão cheio de conhecimento e, principalmente, tão cheio de amor. 
Como a maioria por aqui, o que (ou quem) me aproximou da Carol foi a Julia... e o diabetes. Conheci a Carol há uns 2 anos em uma reunião de varias pessoas interessadas em falar sobre diabetes, sobre suas experiências com a doença, em trocar informações... 
Lá eu conheci a Julia também, essa menininha linda que enche de luz qualquer lugar em que esteja. 
Nessas reuniões, contávamos como tinha sido a descoberta, como era nossa vida desde que o diabetes começou a fazer parte dela e tentávamos ajudar uns aos outros nessa jornada. 

Eu devo ter vivido a mais diferente de todas as experiências para a descoberta do meu diabetes. Em todas as historias que escutei, a pessoa passou mal, ou apresentava sintomas clássicos, como perda de peso, aumento de apetite, sonolência... Eu não tive nada disso. Ao invés de ser “pega” de surpresa pelo problema já instalado, nós é que pegamos a doença desprevenida e conseguimos “enrolá-la” por um tempo. 
Como assim???? 
Vou começar pelo comecinho: em 2001 fiz alguns exames de rotina (minha mãe sempre fez questão de que fizéssemos exames anualmente ou no tempo em que o nosso médico recomendasse para ver se estava sempre tudo bem). Em um desses exames, minha glicemia de jejum estava normal, mas estava perto do limite máximo (o resultado foi 108, mas na época era outro tipo de glicemia de jejum em que o resultado poderia ser ate 110 e ser normal). Pois bem, o médico na época me disse que estava tudo normal, mas que eu diminuísse um pouco a ingestão de açúcar para ver se tinha a ver com a minha alimentação. Assim foi feito. Isto foi perto do meu aniversario de 20 anos. No dia da comemoração, nem teve docinhos porque eu não podia comer (rsrsrsrs). 
2 meses após o inicio da nova dieta, fiz uma nova glicemia de jejum e qual não foi a minha surpresa, o exame continuava praticamente do mesmo jeito (desta vez deu 109). 
Lá vou eu encaminhada a uma endocrinologista para ver o que estava ocorrendo. Aí começou uma nova dieta, altamente restritiva em relação a açúcar (na época ninguém me disse que não poderia comer massa, por exemplo, então só não comia doce mesmo). Estava no meio da primeira greve da universidade, em meu primeiro ano de curso de enfermagem, e ainda não conhecia bem o diabetes. A informação era a que a maioria conhece: não pode comer doce. E eu não comia. Olhava todos os rótulos dos produtos que iria comer e quando achava açúcar escrito, não comia. Nessa época descobri que praticamente TUDO tem açúcar!!! Até salsicha, e biscoito SALGADO!!! rsrsrsrs 
Em menos de um mês eu tinha perdido 5kg!!!! Passei uns 4 meses nessa historia, fazendo exames... no fim do ano, fui liberada pela endocrinologista numa boa. Não havia um único exame alterado (nem glicemia de jejum, nem curva glicêmica). Eu só precisava ficar fazendo os exames de rotina algumas vezes por ano pra ver se continuava ok. Em maço de 2002, comecei a malhar. Queria recuperar o peso que eu havia perdido de uma maneira saudável. Apaixonei-me pela musculação!!! Ganhei músculos, fiquei mais saudável... Pratico até hoje!! 
Mudei de endocrinologista 2 vezes. A primeira porque não agüentava ficar o dia inteiro esperando para se atendida. Eu tinha muito o que estudar. Depois, mudei de plano de saúde e aí a segunda medica não atendia meu novo plano. Cheguei ao meu novo medico, Dr. Edson Perrotti, acho que foi em 2005. Já estava no meu quinto ano de faculdade e já havia me interessado em aprender sobre o diabetes e passei todos esses anos fazendo minha dietinha de doce. Não tomava refrigerante (só zero), não comia nada doce que não fosse diet... Eu era bem disciplinada, juro!!!! Mas, claro, às vezes dava uma escapadinha. Meus amigos já conheciam todas as minhas coisinhas diets e alguns até gostavam também. 
Com meu novo endocrinologista (Dr. Edson), fiz mais um monte de exames, levei para casa um glicosímetro para medir as glicemias em determinados horários para ele ver como a minha glicose se comportava... 
Neto e Giselle (com Pedro na barriga)

Na véspera do primeiro teste, eu nem dormi!!! Já tinha feito tantas vezes em meus pacientes, mas em mim... como foi dificil!!! Alem desse, fiz um exame que eu nunca tinha feito antes: anticorpo anti GAD. Ele indicaria se eu tinha um anticorpo atacando minhas células produtoras de insulina, o que causaria diabetes tipo I. Para um resultado negativo, o valor no exame deveria ter sido 1. O meu foi 18!!!!! 
Ai, meu Deus!!!! Fiquei arrasada!! Meio triste! Não queria ser diabética! Eu sabia tudo o que poderia acontecer a um diabético! Tantas coisas difíceis!! Tinha muitooo medo de seguelas... Eu achava que estaria fadada a isso!!!! (não conseguia pensar que uma pessoa com um bom controle NÃO passaria por nada disso). 
Levo meu exame ao meu endocrinologista e ele me confirma que os meus anticorpos estavam atacando as células produtoras de insulina e que, um dia, eu desenvolveria diabetes tipo I. Mas aquilo não era o fim do mundo. Que uma pessoa com um bom controle poderia viver muito bem, sem qualquer sequela. E eu ainda nem era diabética e poderia atrasar a chegada da doença se evitasse comer carboidrato em excesso e começando a tomar insulina. Desta maneira, eu evitaria que os anticorpos atacassem muito as minhas células e ainda poderia produzir insulina por algum tempo. Só não sabíamos por quanto tempo! 
Comecei a usar Lantus, 1x ao dia. Detalhe, mais uma vez isso foi perto do meu aniversario. Mais um presentinho pra mim. Mas a conversa com o Dr. Edson foi ótima e eu consegui sair de lá me sentindo bem e sem ficar pensando nos males que muitos pacientes meus viviam porque não se cuidaram ou não puderam se cuidar (sim, tem muita gente que não tem como ficar medido glicemia e nem ficar aplicando insulina e aparecem com glicemias absurdamente altas). 
Como já havia estudado sobre diabetes, conseguia entender bem tudo o que o medico me explicava, conseguindo ficar tranquila sobre a minha situação. Ser quase uma enfermeira na época ao mesmo tempo me ajudava e me atrapalhava. Atrapalhava por causa de tudo de ruim que sabia sobre a doença, mas me ajudava porque sabia que havia como viver bem. Então, segui adiante. 
Difícil era explicar para todo mundo o que estava acontecendo, por que eu já tomava insulina se ainda não era diabética. Além disso, ainda tinha que ouvir aquelas falinhas : “bichinha..., tão novinha...” (como se alguém com quase 25 anos não pudesse ser diabética. E quantas crianças são?!). 
Dr. Edson Perrotti, Neto e Pedro
Mas eu tinha que agradecer a Deus por ter descoberto sem ficar doente, passar mal e por só ter aparecido depois de adulta e ainda quase formada, o que significava que eu teria mais condições de lidar com tudo isso! Uns amigos até me disseram uma coisa que para muitos poderia soar ruim, mas eu via com bons olhos. Eles me disseram que bom que havia acontecido com alguém como eu: enfermeira (eu havia me formado em março desse mesmo ano, 2006) e disciplinada... E era verdade. Conheço gente que não faria nem 1% do que a gente faz. Eu fico de olho na minha comida, pratico exercícios físicos, faço minhas pontas de dedo ao menos 4 vezes por dia... 
Muita coisa aconteceu nesse mesmo ano: tinha me formado, estava trabalhando, e ia me casar 3 meses depois que comecei com a lantus. Depois do casamento, comecei a ficar preocupada quanto a uma futura gravidez, se a minha condição de não diabética, mas que poderia vir a ser, pudesse fazer mal ao meu bebe. Mais uma vez Dr. Edson me deixou tranquila e me disse que quando eu quisesse engravidar, avisasse para que ele me acompanhasse de perto. 
Tudo ficou tranqüilo. Continuava disciplinada com minha dieta, mas às vezes dava minhas escapadas. Mas até nas escapadas eu era disciplinada. Se estivesse com muitaaaa vontade, comia 1 brigadeiro, por exemplo. E em varias mordidas, assim ele duraria mais e eu teria a sensação de que eu havia comido alguns ao invés de um só. Rssrrsrssrs 
No final de 2008, lá para novembro, fiz novos exames e dessa vez eles começaram a ficar alterados. Dr. Edson me disse que agora eu teria que tomar uma insulina de ação rápida também, porque o diabetes tinha chegado. Confesso que fiquei triste. Murchinha... Mas isso durou alguns minutos. Até ele me explicar que eu deveria fazer contagem de carboidratos e tomar a quantidade de insulina referente a cada alimento. Fiquei feliz quando finalmente entendi que eu poderia comer DE TUDO agora (com moderação, é claro. Deveria manter uma dieta equilibrada, uma dieta que deveria ser seguida por qualquer pessoa, diabética ou não) e ficar de olho no peso para não engordar e estragar o controle da glicemia. Já saí de lá com minha nova insulina. 
Confesso também que os primeiros dias, ou meses, foram bem difíceis: eu deveria anotar tudo que estava comendo, contar os carboidratos, tomar a insulina... e isso levava muito tempo. Às vezes, todo mundo já havia terminado de almoçar e eu estava lá, contando quantas colheres de arroz eu ia comer... Sem contar que eu estava fazendo residência, dava plantão quase todos os dias e era difícil conciliar tudo isso. No primeiro fim de semana tive 10 episódios de hipoglicemia, porque ainda precisávamos ajustar a quantidade de insulina. Hoje faço a contagem de carboidratos em alguns segundos e geralmente não tenho hipoglicemias. 
2 meses depois do diagnóstico de diabetes e inicio da insulina rápida, eu viajei para o exterior e fiquei aflita quanto a possibilidade de acontecer alguma coisa por lá e eu longe do médico!!! Mas Dr. Edson me deixou tranqüila e me disse eu poderia entrar em contato com ele por telefone ou por e-mail. Tudo deu certo. 
Em 5 março de 2009, comecei a usar a bomba de infusão contínua de insulina por sugestão do próprio Dr. Edson. Mais uma adaptação: carregar aquilo na cintura, deixar muitos curiosos olhando para mim, conseguir dormir “tomando conta” daquilo... Eu achava que jamais iria me acostumar. Só de pensar em ir à praia... afff!! Mas me surpreendi! Mal comecei o mês de teste e eu já queria a minha!! Não precisar ficar me furando todas as vezes que comia era uma maravilha! E meu controle! Já era legal, depois da bomba, ficou maravilhoso!! Glicemia glicada de 5!!! Perfeita!!! E muitooo melhor que muitos não diabéticos por aí!!!! Então todo o resto ficou de lado!! 
Procurei a defensoria pública e consegui minha bomba!! 
Sempre que alguém me perguntava do que se tratava, explicava direitinho. Trabalho com vários médicos e enfermeiras e muitos deles nem sabiam do tratamento com a bomba. Então, dividi conhecimento!!! Nos dias em que não estava a fim de dar explicações, principalmente quando sabia que encontraria pessoas do tipo “ai, a bichinha...” “aafff, que coisa horrível...”, eu vestia uma batinha para cobrir a bomba e aí evitava que vissem!!!! 
De vez em quando alguém me pergunta por quanto tempo eu tenho que usar insulina, fazer ponta de dedo... Eu costumava responder “para sempre”, até uma amiga me dizer: “Para sempre, não. Ate que a cura chegue.” A partir desse dia, nunca mais respondi o “para sempre”. 
Com o tempo, eu me acostumei a ficar carregando a bomba (às vezes ainda me aborreço, mas passa). Trocava experiência, perguntava ao médico como fazer para ir à praia... Tinha que me acostumar. Não existia chance de eu querer ficar sem a bomba, então tinha que me virar!! Prendo a bomba na perna para usar vestidos; uso batinhas para escondê-la se preciso ir a algum lugar em que haja perigo de alguém confundir com um celular e quer roubá-la; vou à praia numa boa e problema de quem ficar olhando curioso!! Se me perguntar, eu explico!!! Pode ter certeza!!! Já fui a shows e coloquei a bomba num ziploc dentro da roupa para não correr o risco de molhar. Até no trabalho já precisei fazer isso: a residência era no SAMU e cansei de levar chuva. Também sou enfermeira do corpo de bombeiros e já participei de treinamentos que tinham água... então, saquinho plástico na bomba!! E por aí vai... 
Em 2010 me tornei professora do curso de enfermagem e já pude transmitir aos meus alunos um pouco da minha experiência como diabética, usuária de bomba de infusão... Eles ficam bem interessados. E eu me sinto ainda mais útil!!! 
Linda Família
Ah!!! O dia em que desejei ser mãe chegou!! E como meu médico havia dito, ele me acompanhou de perto!! Tinha consultas mensais, depois quinzenais e, até semanais, tais como um pré-natal. Ficamos em cima para que meu controle não fosse embora!!! A gestação em si já causa um descontrole na glicemia. Mas conseguimos cuidar de nós 2!!! Foi difícil!!! Eu tomava umas 10 vezes mais insulina do que antes, ficava preocupada e angustiada com a hipótese de causar algum mal ao bebê, mas tudo deu certo!!!!! E no dia do parto, Dr. Edson estava lá comigo para acompanhar a minha cesariana e controlar minha glicose através da minha bomba. Senti-me muito segura. Enquanto meu esposo acompanhava e registrava os primeiros momentos de nosso bebê no mundo, eu tinha alguém para controlar perfeitamente a minha glicose e ainda tinha um rostinho amigo para ver sempre que me sentia ansiosa! 
Dia 4 de março deste ano (2011), dei à luz a um bebê lindo e saudável (2 anos após o início da terapia com bomba de insulina). O aniversario de 2 anos do uso da bomba foi comemorado com mais um membro: meu Pedro!!! Meu filho lindo!!! E sei que devo essa alegria a Deus!!! E sei que foi Ele quem colocou um médico tão competente em minha vida, permitindo, assim, que eu, diabética tipo I, usuária de insulina, pudesse ser mãe e de uma maneira saudável. Não tive nenhum problema na gestação em relação ao diabetes, meu bebê sequer teve hipoglicemia (coisa esperada em casos de bebês de mães diabéticas, geralmente as NÃO controladas). Ele hoje tem 6 meses e meio e me faz ter ainda mais certeza de que preciso me cuidar!! Ser disciplinada deve ser minha obrigação!!! Dá trabalho, mas vale a pena. 
Ter o apoio da minha família, principalmente do meu maridão, que está no dia a dia comigo, contribui, e muito, para o sucesso do tratamento. No conseguiria sem eles. Neto, meu esposo, é um super companheiro, ele me ajuda em tudo!! 
Mamãe Giselle e Pedro
Não vou dizer que é tudo perfeito. Às vezes fico de saco cheio de ter que contar carboidrato, tomar insulina, fazer ponta de dedo, pendurar bomba, mostrar bomba, esconder bomba... Mas coloquei na minha cabeça que não tenho escolha. Se quero ter saúde e viver bem e jamais ter qualquer uma daquelas seguelas que eu tinha tanto medo no início, eu TENHO que me cuidar!!! 
Na verdade, acho que tenho escolha, sim! Eu escolho viver!!! E hoje, aos 30 anos de idade, 10 anos de cuidados com a glicose e 5 de insulina, tenho certeza que tenho muito a agradecer. Obrigada, Meu Deus!!

Identificação de Diabetes no celular...

A amiga Zu, lá da Comunidade Diabetes Brasil no Orkut, teve essa idéia que achei bem legal e não podia deixar de compartilhar com vocês....
Ela Tirou uma foto do seu cartão de identificação e colocou como papel de parede do celular...
Se por acaso acontecer algo, normalmente as pessoas pegam o celular para ligar para avisar aos parentes, e consequentemente irão ver a identificação...
Ótima idéia Zu!!!!!


domingo, 18 de setembro de 2011

Depoimento de uma ex-diabética - Por Marisa Bueno


Amigos, esse é o depoimento de uma figura queridissíma da Comunidade Diabetes Brasil - Diabética Tipo 2 (ou como ela mesmo diz - Ex diabética tipo 2) que fez q cirurgia Bariátrica.
Muito legal ler histórias e experiências diferentes!!!!

Antes da cirurgia Bariátrica
Estava muito gorda, obesa, e precisava tomar uma decisão na minha vida. Ia fazer 44 anos, e procurei uma endocrinologista para um tratamento sério. Levei meus exames de sangue, todos muito bons, e quando a médica soube que eu tinha tido Diabetes gestacional, decidiu pedir uma curva glicêmica apesar da glicemia de jejum ter dado normal. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que eu era diabética. Fui medicada, encaminhada para uma nutricionista, era o início de uma nova vida. 
Uma das primeiras coisas que fiz foi procurar na internet informações sobre minha nova doença. Logo achei a Comunidade do Orkut – Diabetes Brasil, uma grande fonte de informação, consolo, amizade, companheirismo, que me ensinou muito. Uma doença silenciosa, perigosa, mas que com os cuidados certos poderia ter uma vida normal. Como acontece com muitos depois de uma longa dieta e considerável perda de peso, acabei me descuidando, e a obesidade aumentando. 
Minha glicemia nunca chegou a descontrolar, era sempre muito boa, mas claro que eu não ficava sem a medicação. Naquele momento, meu maior problema não era o controle glicêmico, mas lutar contra uma obesidade, que não só tinha propiciado que eu me tornasse diabética, como estava trazendo outros males para a minha saúde. Também sabia que mais cedo ou mais tarde, se continuasse naquele ritmo, meu maravilhoso controle glicêmico ia parar nas “cucuias”. 
Depois de muito relutar e achar que sozinha eu dava conta, decidi conhecer a cirurgia bariátrica. Uma amiga já operada me levou a uma palestra ministrada por um renomado médico de Brasília, ouvi sua explanação sobre os métodos, benefícios e conseqüências, e finalmente achei o tratamento que precisava. Uma das grandes vantagens além da perda de peso era a recuperação da minha saúde, entre elas, ficar livre do diabetes. 

Hoje em dia
Dia 22/09/2011 farei 3 meses de operada. Controle glicêmico normal, o mais estranho, posso comer açúcar. Não preciso me preocupar com carboidratos. Minha alimentação mudou muito, hoje tenho que me preocupar com o consumo adequado de proteínas e vitaminas e finalmente comecei à prática de exercícios – boxe. Ainda estou me adaptando à nova realidade, mas com uma expectativa positiva de uma vida melhor.


Marisa Bueno

sábado, 17 de setembro de 2011

7 dicas de como os pacientes podem ajudar o profissional da saúde na hora da consulta


Vi essa reportagem no Blog "Nossas vidas com Tourette" de minha amiga Dani Torres e compartilho com vocês...

7 dicas de como os pacientes podem ajudar o profissional da saúde na hora da consulta 
A revista "Veja" ilustrou 7 tipos de atitudes comuns nas consultas médicas que podem atrapalhar o trabalho de avaliação. Confira.Segundo a pesquisa da Veja (edição de abril): a linguagem técnica incompreensível e receituários indecifráveis são algumas das queixas mais comuns de pacientes em relação aos médicos.
Por outro lado, é rotina dos profissionais de saúde enfrentar atitudes inconvenientes e inusitadas de pacientes e seus acompanhantes. Entrevistando alguns médicos respeitados em diferentes áreas de atuação, a Veja ilustrou 7 tipos de atitudes comuns nas consultas médicas que podem atrapalhar o trabalho de avaliação. Acima de cada ilustração estão as dicas: 
1- Não vá ao consultório com um diagnóstico definido 
2- Vá direto ao ponto
 
3- Leve apenas os exames mais recentes
 
4- Seja claro ao descrever um sintoma
 
5- Seja um acompanhante participativo, mas sem exageros
 
6- Tenha uma lista de seus remédios
 
7- Não saia da consulta com dúvidas

http://mapadador.com.br/noticia/ver/42/7-dicas-de-como-os-pacientes-podem-ajudar-o-profissional-da-saude-na-hora-da-consulta

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pedras no caminho?


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, 
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos..
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Diabetes no Brasil é dividida em classes? - 3ª BLOGAGEM COLETIVA


Estava hoje vendo o site do “Dia Mundial do Diabetes 2011” onde uma das imagens principais diz o seguinte: “Diabetes não discrimina – homens, mulheres, pobres, ricos, jovens, adultos”...

Li também em alguma dessas pesquisas aí afora, que as desigualdades não existem para o aparecimento da doença, mas que os pacientes com nível econômico mais baixo normalmente são diagnosticados mais tarde e em muitos casos acabam sofrendo as complicações decorrentes da doença que o diagnóstico precoce evitaria. 

Mas na verdade, acho que o nível econômico não é o vilão da história.... 

Mesmo que “aos trancos e barrancos” (boa ou ruim, eficaz ou não, retógrado ou não, não é isso que estou discutindo aqui) existe um tratamento que o governo oferece e que tem distribuição gratuita. 

O grande problema é que o bom controle do diabetes não depende apenas de uma medicação eficaz... Existem muitos fatores por trás de um bom controle... 

Acho que o grande problema está na educação

Do que adianta ter a medicação de graça (mesmo que precária) se o usuário não sabe (ou na verdade não entende) como administrá-la corretamente ou não percebe o importante papel desempenhado pela autogestão da sua doença  na prevenção de complicações do diabetes? 

Mesmo que a medicação distribuída pelo governo fosse a melhor possível, a grande maioria da população diabética saberia administrar corretamente? Quem vive "o diabetes" dia a dia, sabe muito bem a resposta!

Uma população sem educação é uma população pobre! 
População diabética sem educação é população com complicações.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Treinamento Roche na Escola

Há muito tempo eu vinha com a idéia de tentar que a enfermeira da Roche que faz o suporte da bomba de insulina da Júlia fosse na escola fazer um treinamento com as professoras e auxiliar de enfermagem responsáveis por ela na escola.
Sabia que era algo difícil pois Kiarelle (enfermeira da Roche) mora em Fortaleza e é responsável por todo treinamento SIC Norte/nordeste , precisando assim estar sempre viajando... Quando ela vem para Maceió, costuma passar apenas dois dias e normalmente para a instalação de alguma bomba e sempre com o tempo contado.
Um Dia conversando com Ela ao telefone "soltei" essa idéia para ver o que ela achava, e prontamente, com toda boa vontade do mundo que ela sempre teve com a gente, ela topou na hora!
Disse que quando agendasse uma vinda para Maceió me avisaria para podermos encontrar uma horinha para ela ir comigo na escola.
Pois bem, ela chegou em Maceió ontem e marcamos o treinamento para hoje pela manhã na escola.
Como as professoras já sabem manusear direitinho a bomba, o treinamento foi muito importante para tirar algumas dúvidas e para se aprofundar um pouco mais nas funções que a bomba oferece, que são muitas.

Tia Amara, Tia Regina, Tia Márcia e Kiarelle
Participaram do treinamento: A Tia Márcia - professora da Júlia, A Tia Amara -Auxiliar de enfermagem da escola e a Tia Regina - coordenadora geral da educação infantil.
Foi bem legal!!!!


Mais uma vez Kiarelle mostrou o porque de ser tão querida! Seu profissionalismo e competência são demais mesmo!!!  Obrigada pelo apoio querida!!!!! Você e Gabriela já moram em nossos corações!

E a ROCHE só ganha mais e mais pontos no nosso conceito!!!!!


Eu aprendi

Recebi por e-mail e compartilho com vocês....


Eu aprendi

Que ser gentil é mais importante de que estar certo

Que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Que dinheiro não compra “classe”;

Que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Que Deus não fez tudo em um só dia; O que me faz pensar em que mais posso fazer ?

Que quando você se nivela a alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Que o amor e não o tempo, é que cura todas as feridas;

Que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu;

Que devemos sempre ter palavras doces e gentis,pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência.



domingo, 11 de setembro de 2011

A praia e a Bomba de insulina

Hoje fez um dia lindo aqui em Maceió!!!
Resolvemos ir para a praia, coisa que devido a muitos fatores, não fazíamos há mais de dois meses....
Primeira coisa que Júlia pediu para fazer foi para tirar a bomba.... Assim fizemos.
De acordo com o pessoal da Roche, dá para ficar com a bomba parada e desconectada, para situações especiais como essa, por até 2 hs sem prejuízos ao tratamento...


 

 Ela fez castelos de areia, brincou com os primos, tomou banho de mar e muito banho na piscina...
Quando estava com quase duas horas com a bomba desligada e desconectada, Júlia saiu da piscina para nos mostrar que a Cânula, que tínhamos trocado hoje de madrugada tinha descolado do seu corpo!!!!
Acho que o que aconteceu foi que ela não aguentou o rojão de ficar imerso na água por muito tempo e ainda somado ao protetor solar que inevitavelmente escorreu para o adesivo...
Resultado: Júlia terminou ficando sem a bomba por mais de 6 horas!
Nossa sorte é que devido ao medo de ocorrer alguma erro na bomba, sempre andamos com a caneta com Novorapid dentro do Kit insulina dela....
Ela ficou sem a insulina basal, mas pelo menos conseguimos "queimar" tudo aquilo que ela comeu.
Tirando esse pequeno episódio da saída da cânula, percebi que realmente não tem grandes problemas de ela passar algumas horinhas sem a bomba de vez em quando...
Glicemia do almoço: 130 cravados... Dentro da meta dela!
Já no lanche da tarde, estourou: 320... Mas isso foi devido às horinhas adicionais sem a bomba....

Nos divertimos muito, não nos estressamos, colocamos uma cânula nova quando chegamos em casa, corrigimos a glicemia e TUDO BEM!!!!! Isso é que vale!!!!!!


Lição principal do dia: Em dias de praia e piscina, sempre levar uma cânula extra e o aplicador na bagagem!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Observações interessantes sobre a bomba de insulina - em OFF!

Chegamos a quase 60 dias com a bomba de insulina... Nesse tempo andei descobrindo umas coisas interessantes sobre ela e sobre seu uso no dia a dia...
Compartilho então com vocês algumas dicas...

 - Notei que como Júlia usa pouca insulina diariamente, o cartucho dura muito... Então quando chega no final da insulina me parece que ela perde um pouco o efeito (também moramos no nordeste e aqui sempre está quente). Então uma estratégia é usar o cartucho com cerca de 200UI ao invés de 315UI usuais... A insulina restante pode guardar na geladeira para o cartucho seguinte.
- Mesmo morrendo de pena, é necessário purgar o cartucho para retirar mesmo que seja uma pequena bolhinha insistente... Essa pequena bolha pode realmente alterar a glicemia....
- Com crianças principalmente, que se movimentam demais, é bom estar sempre de olho no cateter a procura de bolhinhas...
- Quando trocamos o cartucho de insulina, as bolhas que ficam são realmente muito chatinhas para ser tiradas... e haja insulina desperdiçada para conseguir
- Alguns usuários de insulina, usam a mesma cânula por até 5 dias... depende muito de cada organismo... Em Júlia mesmo, a cânula só se mostrou com eficiência por 2,5 dias... No meio do terceiro dia as glicemias já começam a aumentar.
- Mesmo com a aplicação da canula sendo feita de 3 em 3 dias e mesmo sendo praticamente indolor (isso sei pq testei em mim), tem estresse psicologico para ela do "colocar a canula"... Então estou fazendo assim: Espero ela dormir e coloco a cânula com ela dormindo, uso já a cânula nova mas deixo a antiga para tirar no dia seguinte...
- O adesivo da Cânula é super chatinho de tirar da pele... Sofri com Júlia com isso.... Então descobri um segredinho: Como troco a cânula quando ela está dormindo, deixo as duas cânulas ( anova e a anterior) por uma noite, conecto a bomba na cânula que acabei de colocar e a cânula antiga eu encharco de óleo de bebê. Tem que tomar cuidado para não sair melecando tudo... Cuidado também para o oleo não escorrer para a cânula recém Trocada...

- Tenha sempre pilhas extras.... elas acabam quando vc menos espera....

- A bomba só se mostra bem eficiente se você tiver o total controle e conhecimento sobre a contagem de carboidratos... Sem isso o tratamento fica "meia boca"!
- Nunca tentamos usar (na verdade não precisamos) mas dizem que o anestésico EMLA ajuda na hora da colocação da cânula

- É sempre bom guardar as tampinhas de cânulas pois ela sempre "some" na hora que vc vai tomar banho!!!

- A chave do catéter é transparente. Então é sempre bom tomar cuidado para não jogá-la no lixo junto com os trecos quando for trocar a cânula, catéter e cartucho... Já aconteceu conosco!!!
- Se por acaso o Smart Control começar a dar muito problema de conecção seguidos, é bem possível que a pilha dele esteja ficando fraca...
- Provamos vários tipos de bolsinhas, polchetes, cintos... Mas sem dúvida as que a Júlia mais gosta são as que a Vóvó Socorrinho costurou... É uma faixa em malha que fica bem juntinho ao corpo e com lugar para colocar a bomba. Elas são confortáveis principalmente para dormir e fazer esporte. Fica por dentro da roupa na maioria das vezes o que a torna super discreta. Muito legal mesmo!!!! 



Espero que essas dicas ajudem!!!!!!
Quando for lembrando vou acrescentando aqui.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Disney e Diabetes tipo 1

Vi agora na internet que a Disney criou uma personagem com diabetes tipo 1. 
Trata-se de uma macaquinha muito bonitinha chamada COCO. Pelo que eu entendi em minha leituras sobre o assunto e meu inglês "lambusado", é uma parceria da Disney com o laboratório Lilly, fabricante de produtos para diabetes.
Agora é aguardar até que chegue ao Brasil. 
Acho que a Jujuba vai adorar!!!!!

*Dêem uma olhada no detalhe da pulseira de identificação que a macaquinha usa!!!!!

Para quem entende bem o inglês, vale muito a pena dar uma olhadinha nesse site: http://family.go.com/parenting/pkg-type-1-diabetes/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EUA substituem pirâmide alimentar por ícone de prato


A primeira-dama Michelle Obama, em Washington, apresenta nova orientação nutricional

DA ASSOCIATED PRESS


O governo americano apresentou ontem (02/06/2011) um novo símbolo para estimular a alimentação saudável, em lugar da velha pirâmide alimentar.
O novo padrão é um prato dividido em quadrantes. Mais da metade do espaço é tomada por frutas e legumes. O restante é reservado para grãos e proteínas. Um círculo menor indica a porção de laticínios (um copo de leite ou fatias de queijo, por exemplo).
A indicação clássica da pirâmide mostrava o número ideal de porções, com carboidratos na base e gorduras no topo, em menor quantidade.
O secretário de Agricultura, Tom Vilsack, afirma que o chamado My Plate (meu prato) tem o objetivo de mostrar que a nutrição não precisa ser complicada. Ele apresentou o símbolo junto com a primeira-dama, Michelle Obama, em Washington.
"Os pais não têm tempo de medir exatamente 90 g de proteína. Mas temos tempo de olhar para o prato dos nossos filhos", disse Michelle.
O governo pretende usar as redes sociais, como o Twitter, e um site (choosemyplate.gov) para promover as novas orientações. Referências a açúcares, gorduras e óleos, presentes na antiga pirâmide, foram embora. A categoria antes chamada de "carne e feijões" agora é só "proteínas", abrindo espaço para opções vegetarianas, como tofu. 

Fonte: Folha de São Paulo – 03-06-2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O que diz a Anvisa sobre o medicamento Victoza

Recebi um comentário aqui no blog do pessoal do "blog da saúde" mostrando o que a Anvisa- Agência Nacional de Vigilância Sanitária diz sobre essa questão do medicamento Victoza, rebatendo a matéria da revista Veja.
Não podia deixar de mostrar aqui!


O que diz a Anvisa sobre o medicamento Victoza 
A revista Veja, em sua última edição, publicou uma matéria de capa indicando que o medicamento Victoza (aprovado pela Anvisa para tratar diabetes tipo 2) seria eficaz para emagrecimento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária esclareceu alguns pontos importantíssimos sobre essa questão.
O Victoza é um produto biológico, ou seja uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida, aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010.
Para o registro do produto na Anvisa, foram apresentados estudos clínicos que comprovaram eficácia e segurança do produto para uso específico como tratamento de diabetes tipo 2.
Portanto, a indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como “adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado”.
Nos estudos clínicos do registro e nos relatórios de segurança periódicos apresentados a Anvisa, foram relatados eventos adversos associados ao Victoza, sendo os mais frequentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireóide.
A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético. Não há, até o momento, solicitação na Anvisa por parte da empresa detentora do registro de extensão da indicação do produto para qualquer outra finalidade.
Não foram apresentados a Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade.
A Anvisa não reconhece a indicação do Victoza para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como antidiabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/ultimas-noticias/2011/09/06/anvisa-rebate-materia-da-veja-sobre-o-medicamento-victoza/

VICTOZA - Conheça o remédio para diabetes que é usado como emagrecedor



A edição da revista VEJA desta semana mostra como age o medicamento e conta sobre resultados
Criado para ajudar pessoas que sofrem de diabetes, o Victoza, remédio recém lançado pela industria farmacêutica, está também sendo usado por pessoas que não tem a doença como aliado na perda de peso. A edição da revista VEJA desta semana mostra como age o medicamento conta historia de pessoas que, enfrentaram os leves efeitos do medicamento e perderam até 12 quilos em apenas cinco meses.
Um destes personagens é Ana Paula Nogueira, 30 anos. Ela está há pelo menos 10 meses, ela já enfrentou mais de 20 dietas diferentes para que em seus 1,75 metros pesasse apenas 70 quilos. Porém em agosto, ela procurou mais uma vez seu endocrinologista, que lhe recomendou o liraglutida, vendido como Victoza. Ela faz parte do grupo de um terço dos usuários que consomem o medicamento mesmo sem ter diabetes. E deu certo. Em apenas 32 dias foram quatro quilos a menos.
Como explica VEJA, o medicamento é fabricado no laboratório Novo Nordisk, da Dinamarca, lançado nos EUA em 2010, e há três meses no Brasil. Mesmo sendo indicado para o diabetes tipo dois, ele vem maciçamente sendo usado para o emagrecimento. Até mesmo o laboratório que fabrica o Victoza já busca o reconhecimento do medicamento como emagrecedor. Ele é aplicado diariamente com uma injeção por meio de agulha de 6 milímetros.
A pedido de VEJA, o médico endocrinologista Antônio Carlos de Nascimento fez simulações em laboratório e os resultados comparando o consumo médio de gordura dos brasileiros com a taxa de queima do liraglutida e chegou-se ao resultado de menos 10 quilos em média durante cinco meses. Em caso de associação com atividade física, os resultados, segundo Nascimento, podem chegar à redução de 12 quilos no mesmo período. Ainda segundo o especialista, nos laboratórios já são observados resultados bem mais animadores em pacientes, do que em casos onde são usados inibidores de apetite habituais, explica, podendo a perda de peso chegar a ser até 50% maior.
LIRAGLUTIDA ASSOCIADA À DIETA: PERDA DE ATÉ 12KG
A revista cita o estudo realizado pelo International Journal of Obesity que mostra que o medicamento não só não faz mal ao coração, como provoca baixas nos índices de pressão arterial. O estudo cita ainda que o liraglutida não afeta a atividade cerebral, apenas imita uma substancia já existente no organismo. Quantos aos efeitos colaterais, os pacientes só queixaram-se náuseas e dores de cabeça. Nada que assuste.
NO QUADRO, VEJA COMO AGE A LIRAGLUTIDA
Resultado da medicina moderna, como própria VEJA explica, o medicamento vem para solucionar um dos grandes problemas do homem no século XXI, emagrecer em enfrentar grandes efeitos colaterais, aumentando a sensação de saciedade causando o mínimo de danos. Ele também está aí para os 300 milhões de diabéticos, 14 milhões no Brasil, que do total, 80% pesam mais do que deviam. A verdadeira “bala de prata contra o excesso de peso”.

ANA PAULA NOGUEIRA 
– 30 anos – Perdeu 4 quilos em apenas um mês. Sempre se viu uma pessoa sedentária e elogia os efeitos mínimos do tratamento. Agora 76 quilos, que atingir o seu peso normal, de 70.
LUIZ HENRIQUE PIRES DE OLIVEIRA ALVES – 42 anos – Com 1,80 metro de altura, conta as calorias desde a infância. Tomou inibidores de apetite por quase uma década e chegou a usar balão gástrico. Conseguiu sair dos 116 quilos, e em dois meses perdeu 11. Agora, espera chegar à casa dos 90.
Fonte : Revista Veja

Algumas informações complementares sobre o Victoza :
O que é o Victoza?
Victoza é um medicamento lançado para o tratamento do Diabetes tipo 2 que em um recente estudo foi associado à redução de peso em pacientes obesos.

Como age o Victoza?
Victoza age por aumentar a produção de Insulina em seu corpo, acelerando a queima do açúcar no sangue. Victoza também ajuda a diminuir o apetite.

Qualquer pessoa pode tomar Victoza?
Victoza foi inicialmente desenvolvido para o tratamento do Diabetes tipo 2 e não há muitos estudos realizados em pacientes que não tenham Diabetes diagnosticado. Porém seu perfil de segurança tem se mostrado favorável.

Que cuidados se deve ter com Victoza?
Victoza é um medicamento injetável, sua administração é semelhante ao da Insulina, podendo ser feita auto-aplicação. Por ser um medicamento é importante orientar-se com seu médico e saber se está apto a tomar Victoza.

Quanto vou emagrecer se eu tomar Victoza?
Por aumentar a queima de açúcar no sangue, acelerar o metabolismo e diminuir o apetite, Victoza favorece o emagrecimento, porém os tratamentos vão variar em termos de resultados de acordo com cada organismo e dose ingerida do medicamento.

Qual a dose ideal de Victosa?
As doses podem variar de acordo com a necessidade e prescrição do médico. A dose mais utilizada é de 0,6mg diárias.

Por quanto tempo devo usar Victoza?
Essa é pergunta de difícil resposta, pois somente seu médico, após acompanhamento irá determinar o tempo de tratamento necessário no seu caso. Pacientes com Diabetes tipo 2 ou até mesmo do tipo 1 podem ter que fazer uso de victoza pelo resto da vida.

O Victoza tem contra-indicações?
Pacientes alérgicos, que tratam certos tipos de câncer, que tem problemas com alcoolismo, pancreatite, insuficiência renal ou hepática, estômago, cálculos biliares, etc.

Posso comprar Victoza sem receita médica?
Nenhum medicamento deve ser comprado sem receita médica, somente o médico está habilitado a avaliar a necessidade de um tratamento como o de Victoza, sendo o responsável pelo acompanhamento e monitoramento constante de sua saúde.

Posso tomar Victoza se eu estiver grávida?
Grávidas não podem utilizar Victoza.

Posso tomar Victoza se eu estiver amamentando?
Mulheres que estão amamentando não podem utilizar Victoza.

Qual o preço do medicamento Victoza?
Victoza é um medicamento caro, seu preço está cotado na faixa de R$ 390,00, tratamento para um mês.

Victoza é seguro?
Seu perfil de segurança tem sido considerado promissor, a maioria das pessoas que utilizam não sentem nenhuma reação e na maioria das vezes quando se tem reações, as mais frequentes são náuseas e vômitos.

E se eu for alérgica ao Victoza?
Fale com seu médico e suspenda o tratamento com Victoza imediatamente caso apareça vermelhidão em sua pele ou qualquer outra reação.