sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!!!


2010 foi um ano muito bom para nós!!! Aconteceram tantas coisas boas, que apesar de ter tido alguns tropeços também, as lembranças que ficaram são basicamente só positivas... Criei o Blog, conheci pessoas maravilhosas,  Jujuba cresceu e seu desenvolvimento está indo super bem, Meus pais estão bem e com saúde, meus irmão estão andando pelo caminho certo, Ganhamos dois sobrinhos lindos e os dois nossos afilhados, conseguimos finalmente fazer uma pequena reforminha em casa, e principalmente, finalmente conseguimos chegar com Julia numa hemoglobina glicada de 7%!!!!!
Porém, sempre esperamos um pouco mais do ano que está pra chegar, então, acho que acrescentaria às nossas vidas um pouco de paciência, um caminhão de bons controles, um rio de amor e um mar de saúde para nós e para todos aqueles que amamos... O resto corremos atrás!!!!

Feliz ano novo para todos aqueles que nos acompanham aqui nesse Blog e que em 2011 possamos cada vez mais nos comunicarmos, solidarizarmos e trocarmos muitas e muitas experiências!!!!

Obrigada por todo carinho sempre!!!!
Vocês não tem idéia de como depois da criação desse Blog minha vida mudou para muito melhor!!!!!!


Que nesse ano possamos sonhar,
E acreditar, de coração, que podemos realizar cada um de nossos sonhos,
Que esses sonhos possam ser compartilhados pelo bem,
E que eles tenham força de transformar velhos inimigos em novos amigos verdadeiros,
Que nesse ano possamos abraçar,
E repartir calor e carinho,
Que isso não seja um ato de um momento,
Mas a história de uma vida.
Que nesse ano possamos beijar,
E com os olhos fechados, tocar o sabor da alma,
Que tenhamos tempo para sentir toda a beleza da vida,
E que saibamos senti-la em cada coisa simples,
Que nesse ano possamos sorrir,
E contagiar a todos com uma alegria verdadeira,
Que não sejam necessárias grandes justificativas para nosso sorriso,
Apenas a brisa do viver,
Que nesse ano possamos cantar,
E dizer coisas da vida,
Que não sejam apenas músicas e letras, 
Mas que sejam canções e sentimentos,
Que nesse ano possamos agradecer,
E expressar a Deus e a todos: “Muito Obrigado!”,
Que nesse “todos” não sejam incluídos apenas os amigos,
Mas também aqueles que, nos colocando dificuldades, nos deram oportunidades de sermos melhores. 
E assim começamos mais um Ano Novo,
Um dia que nasce, um primeiro passo, um longo caminho, 
Um desafio, uma oportunidade e um pensamento:
“Que nesse ano sejamos, Todos, Muito Felizes!”


TUDO DE BOM PARA TODOS!!!!


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dr. Rogério: diabético há mais de 70 anos e sem complicações

Gente, Olha aí que lindo caso....
É lendo casos como esse que vemos que com um bom controle e muita informação tudo vai dar certo!!
Dr. Rogério de Oliveira
Nascido em 1932 e diabético sem nenhuma complicação desde 1935, o professor e Dr. Rogério Francisco Corrêa de Oliveira é um exemplo de luta pela vitória que vem sendo conquistada a cada dia. Em 07 de novembro de 2008, Rogério completou 73 anos de dependência de insulina, por isso foi homologado pelo RankBrasil.

Sua diabetes do tipo 1 apareceu aos três anos de idade, quando seus pais estavam de férias em Lisboa. O médico lisboeta fez o que nenhum médico deveria fazer: seu filho é portador de Diabetes Mellitus, doença grave e lhe provocará complicações graves. Existe um tratamento novo, com insulinas, mas elas não impedirão essas complicações, falou frontalmente para os pais de Rogério, que ficaram estarrecidos e em pânico. A vida de Rogério mudou totalmente totalmente, e sua mãe o retinha em casa achando que, assim, ela o protegeria das complicações. Foi para o colégio Santo INÁCIO por instancia de deu médico Dr. Carlos Jorge, que falou com sua mãe para liberá-lo ,e o responsabilizar. Ele, como seu médico lhe mostraria como fazer os testes de glicosúrias e como tomar as insulinas, a NPH e a Regular bovinas. Este mau período fizeram com que Rogério virasse um traça, e daí amante dos livros, um ledor e estudioso por prazer, e até se transformou em escritor, o que faz com imenso prazer Atualmente, com 73 anos, além de professor de pós-graduação em Endocrinologia da Universidade Estácio de Sá, é também professor-orientador no Hospital da Lagoa, bem como atende em consultório particular. 
Consegue ser médico e paciente, misturados em uma só pessoa, demonstrando que, com disciplina e força de vontade é possível ter uma vida plena e proveitosa. 
Na rotina diária deste pai, professor e médico, incluem-se atividades físicas, dieta balanceada e agradável, automonitorizações freqüentes, monetarizações laboratoriais e outras tantas dicas que podemos encontrar em seus oitavo livros já publicados, sendo os dois últimos publicados pela Editora Ciência Moderna EU E A DIABETES e SEXO E SAÚDE, e o último está em correção final: O DOCE AMARGO DA VIDA, cuja 2ª edição foi em 1988 e agora é oferecida em uma edição atualizada e comentada.. 
“Sem os diabético a vida seria menos doce, e é por eles que trabalho e mantenho as minhas ambições”, comenta Rogério, na contra capa do título: “Eu e a Diabetes”, que relata de uma maneira leve e de fácil leitura as diversas formas de lidar com a situação. 
Tanto nas suas entrevistas ou nas suas palestras, procura estimular diabéticos a se controlarem bem e levarem uma vida produtiva, “lembro que saúde é uma conquista diária e que disciplina é a quantidade de amor que cada um se dedica por dia. Não devemos nos preocupar e sim nos ocupar”, comenta. 
“O Doce Amargo da Vida”, lançado em 1992 pela Editora Nova Fronteira, enfatiza o depoimento de um médico que aprendeu a conviver com o diabetes, falando sobre uma infância feliz e infeliz, juventude problemática e por fim, as vitórias, a coragem de prosseguir e como a vida continuou. 
Fez a primeira Colônia de Férias para Crianças e Adolescentes Diabéticos em 1978. Deu cursos, aulas, entrevistas, escreveu livros de auto-ajuda, produziu 68 trabalhos médicos, apresentou muitos em congressos nacionais e estrangeiros, organiza congresso de diabetes, curso continuado para diabéticos e familiares, e ainda luta por patrocínios para pesquisas de células tronco para diabéticos e idosos. 
“Acho que mostrei ao mundo que sou um diabético consciente, logo, bem controlado, e sempre apontei o caminho para se conseguir isto. Esta premiação veio para fortalecer meu exemplo de bom controle para que muitos o possam seguir”, diz Rogério.
Rogério foi Vice-Presidente da SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA por 4 vezes e Vice-presidente da SOCIEDADE BRASILERIA DE DIABETES por 3 vezes (Presidentes Armando Puppo, Thomaz Cruz e Antonio Literário) e foi convidado para representar o BRASIL, nos Congressos Internacionais de Diabetes de HELSINK (FINLANDIA) e PARIS (FRANÇA), tendo sido entrevistado pela imprensa local demonstrando o valor de controlar bem o diabetes, transformando-o não num inimigo mas sim num amigo, pois é melhor dormir com uma amiga do que com um inimigo. 
Fundou duas associações para diabéticos, a primeira em 1967 (ADILA = Associação dos Diabéticos da Lagoa), no Hospital da Lagoa e a segunda em 1970 (ADCERJ = Associação dos Diabéticos Conscientes do Estado do Estado do Rio de Janeiro), a primeira Associação para diabéticos de Clínica particular, ambas ajudando a muitos diabéticos a entrarem no caminho do bom controle.)
Não satisfeito com o que já realizou, Rogério está idealizando junto com o Prof. Radovan Bojorevik, do fundão, e Dr. Gerson Cota Pereira, da Santa Casa, pesquisa com células tronco, mais possível e promissora
Como tudo é possível com perseverança, podemos chegar lá. Ele está a espera de patrocínio para ir em frente, e também joga em números da Megasena e etc com esta finalidade.
Rogério divorciou-se da Dra. Rejane e vive agora com Evaneide Sales de Lima há 6 anos, e estão conseguindo realizar o sonho de todos: um calmo amor prestante.
Rogério sempre diz para seus alunos e pacientes, que o diabético deve levar uma vida saudável, com alimentação prazerosa, atividade física diária(de sua preferência), virar um caçador de glicemias com freqüentes automonitorizações e se a glicemia estiver elevada dar um tiro de insulina de ação ultra-rápida (análogas)e de ação prolongada de base (análogas), se estiver baixa um tiro de açúcar, reconhecer suas hipoglicemias precocemente e tratá-las com açúcar, e aprender bastante sobre diabetes lendo e freqüentando reuniões de Associações para diabéticos. Daí podemos passar de diabéticos mal controlados, inconseqüentes e doentes para diabéticos saudáveis e conscientes.Dá trabalho, dá e muito, mas vale a pena e podemos nos dar de modelos para aqueles que não conseguiram serem controlados, revela Rogério em suas aulas e palestras
Rogério diz que ser controlado é sentir-se bem consigo mesmo, manter os níveis da Hemoglobina Glicada abaixo de 7% (mede a média das glicemias dos últimos dois meses) , a frutosamina abaixo de 3 (mede a média das glicemias nas últimas 3 semanas) , exames que devem ser realizados a cada 2 meses. Se estes valores estiverem elevados, não adianta se criticar e ficar com culpa, mas sim analisar, junto com seu médico, os possíveis fatores que levaram a estes resultados e tentar o bom caminho.
Diversas descobertas foram feitas e continuam a serem feitas, como tatuagem no punho que varia de cor conforme o valor da glicemia, permitindo controlar a glicemia rapidamente conforme os resultados da cor que vai aparecer na tatuagem. Esta descoberta foi relatada no Portal Diabetes, feita na Inglaterra e deverá estar pronta para nosso uso em aproximadamente dois anos. 
Rogério nunca deu muito valor às variações das glicemias, que acontecem também nos não diabéticos, mas sim não deixar que a glicemia fique elevada por muito tempo – isto sim, levará à complicações que nenhum de nós pretende ser portador. 
Rogério refere que todos devem realizar sua tarefa até o último suspiro, e morre em vida quem perde seus sonhos e metas, e vira uma pessoa sem vida, sem emoções, na monotonia da repetição de uma vida descolorida.
Chamando Charles Chaplin, que vivia intensamente e que dizia: Morre o que deixa de amar ! 
Equipe do RANKBRASIL terminou o depoimento de Rogério escrevendo:
Dinâmico e audacioso, Rogério não ficou no conformismo de “homem doente”, foi à luta e nos passa grandes lições de vida. 

Achei também essa entrevista...



“Quem monitora adequadamente o diabetes tem muito mais chances de ter uma vida longa e feliz”.
 O diabetes não pode nos derrubar física e emocionalmente, se nós permitirmos.  Ele deve ser visto de forma realista, como qualquer outra deficiência de nosso organismo. A incapacidade do pâncreas para produzir insulina, jamais poderá ser encarada como um mal limitante às nossas aptidões e desejos.
 O diabetes não é sinônimo e nunca será culpado por nossa infelicidade e frustrações. Aos 71 anos, dos quais 68 muito bem vividos com diabetes tipo 1, o endocrinologista e escritor Dr. Rogério Oliveira é um dos exemplos de que o diabetes não impede o sucesso, e nem prejudica a saúde, se for bem controlado.
 Para ele, as dificuldades ocorrem, quando a pessoa se permite ostentar um comportamento pessimista e usa o diabetes como desculpa para os seus fracassos afetivos e profissionais. Com bom-humor e otimismo, nesta entrevista o médico dá informações e dicas interessantes para quem tem diabetes.
 Como foi diagnosticado seu diabetes e como era tratado naquela época?
 - Dr. Rogério: Há 68 anos, quando estava com 3 anos, caí de uma cadeira e cinco dias depois, comecei a urinar muito, beber muita água e emagrecer, apesar de comer bastante. Minha mãe estranhou ver formigas nas fraldas que estavam para ser lavadas.
 O pediatra diagnosticou diabetes mellitus e mandou-me a um especialista, o qual com sua franqueza rude disse a meus pais estarrecidos: “Seu filho tem diabetes, é grave e leva a muitas complicações. Existe um novo hormônio, a insulina, que poderá ajudar seu filho, mas as complicações virão”. Não preciso nem dizer que a dedicação dos meus pais foi fundamental e eu sou prova viva que a “profecia” dada pelo especialista não se concretizou.
 O diabetes teve influência em sua escolha profissional?
 - Dr. Rogério: Sim. Escolhi Medicina e optei pela Endocrinologia por ter diabetes. Queria ajudar aos outros e, assim, me ajudar e aprender cada vez mais sobre o assunto.
 Consegue se imaginar voltando no tempo e tendo de viver sem os testes de glicemia?
 - Dr. Rogério: Eu nunca fiquei sem monitorização. No início havia necessidade de ferver o tubo de ensaio com gotas de urina em um dedo do reativo, e depois verificar as cores em uma tabela e montarmos o esquema do controle fisiológico. Toda vez que urinava, pesquisava a glicosúria e tomava doses crescentes de insulina R, conforme os resultados. Sem auto-monitorização não há possibilidade de controle metabólico.
 Quais são os “segredos” do bom controle de glicemia?
 - Dr. Rogério: Alimentação saudável, manter o peso ideal ou o IMC (Índice de Massa Corporal) entre 20 e 25; atividade física diária de sua preferência, uso de antidiabéticos orais e/ou insulinas, auto-monitorização diária e monitorização laboratorial, a cada 3 meses; “cuca fresca”, resolvendo os problemas à medida que vão surgindo, sem guardar rancores, invejas, mágoas, procurar meditar sobre coisas boas, metas, realizações, ter sempre em mente que a saúde e a felicidade são conquistas diárias.
 Por que monitorar a glicemia? Qual a freqüência e o melhor horário para os testes?
 - Dr. Rogério: O pâncreas de uma pessoa que tem diabetes analisa a glicemia permanentemente, aumentando ou diminuindo a liberação da insulina conforme os valores. Quem tem diabetes não possui este mecanismo de auto-regulação, daí a necessidade de imitar a fisiologia com testes múltiplos que norteiam a dosagem adequada da medicação, e não ter preguiça de se automonitorizar.
 O ideal é medir a glicemia antes do café, do almoço, do jantar, da ceia, quando for comer ou beber alguma coisa extra, e na dúvida de hipoglicemia.
 Quais as metas (valores) a serem atingidos para manter a glicemia sob controle e evitar as complicações do diabetes?
 -Dr. Rogério: Manter a hemoglobina glicada abaixo de 7%, exame que deve ser realizado a cada 3 meses.
 O que é importante avaliar antes de escolher o sistema de monitorização?
 - Dr. Rogério Oliveira: Eficácia, comodidade, tamanho, rapidez, facilidade de colocar a pequena gota de sangue na tira reagente.
 Qual a importância das visitas periódicas ao médico?
 - Dr. Rogério: É útil para corrigir deslizes, avaliar o aparecimento de alguma intercorrência. É muito importante que haja uma forte empatia entre médico e paciente, pois isso vai ajudar bastante.
 Quais as principais dicas, como usuário de auto-monitorização e como paciente?
 -Dr. Rogério: Sem ela a vida praticamente seria impossível e povoada de complicações agudas e crônicas.
 O diabetes atrapalhou sua carreira profissional ou sua vida pessoal?
 - Dr. Rogério: O diabetes me ajudou muito. Ensinou-me a ser disciplinado, a dedicar amor e a compreender melhor todos os meus pacientes, a levar uma vida sadia e produtiva. Tive dois irmãos que não tinham diabetes e que, infelizmente, faleceram de complicações vasculares por levarem vidas desregradas.
 Daí chamo o diabetes de um grande companheiro, que vive e dorme sempre comigo. Ele respeita e eu o respeito.
 Dicas para o bom controle:
  •  Optar por uma alimentação saudável.
  •  Manter o peso ideal ou o IMC (Índice de Massa Corporal) entre 20 e 25.
  •  Fazer atividade física regularmente.
  •  Seguir as recomendações médicas.
  •  Fazer auto-monitorização diária e monitorização laboratorial, a cada 3 meses.
  •  Viver De Bem com a Vida.
  Qual o conselho para quem está tendo o diagnóstico agora?
 - Dr. Rogério: Freqüente uma Associação de Diabetes mais próxima e procure conversar com pessoas de sua idade e bem controladas, nunca aceite conselhos ou sugestões terroristas e inverdades sobre o diabetes.
 Quando alguém falar mal, diga-lhe que existem dois tipos de indivíduos com diabetes: os bem controlados, sem riscos de complicações (eu faço parte deste grupo); e os mal controlados, que pagam um alto tributo pela sua rebeldia na aceitação. Eu convido o leitor a fazer parte do meu time!
 Fonte: Revista “De Bem com a Vida” (Roche Diagnostica do Brasil)   www.roche.com.br

Dr. Rogério Faleceu em Março deste ano com 77 anos de idade e 73 anos de diabetes durante a realização de uma cirurgia cardíaca no Rio de Janeiro...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fim de noite com saborzinho de derrota...

Estou fazendo a tabela glicêmica de Júlia dos últimos 15 dias.... 
Está um horror!!!!!
Média Glicêmica - 194!!!!!

Já estava difícil segurar as glicemias nesses últimos 3 meses por conta da série de doenças da jujuba...
Chegaram as férias, as doenças foram embora, e parece que ficou mais difícil ainda chegar num bom controle!!!!
Já aumentamos a insulina basal e estamos dando as rápidas dentro do seu limite, mas a alimentação nas férias fica de um jeito ou de outro um pouco mais solta.... 
São vários dias nas casas das amigas, em cinema, shopping, passeios, praias, casa das avós.... Uma coisa diferente a cada dia... Aí a rotina fica difícil não é??? 

Férias é sinônimo de falta de rotina que é sinônimo de descontrole glicêmico........................
Acho que vamos ter que botar ordem nessa zona agora!!!!!
Hunf!!!!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ainda sobre a escolha da escola...

A postura dos pais quando do primeiro contato com a Escola escolhida é muito importante. Precisamos passar a imagem adequada. Não podemos superdimensionar a condição de saúde de nossos filhos. Provavelmente será a primeira vez que professoras e coordenadoras estarão lidando com o assunto. O conhecimento da média da população sobre a doença associa diabetes a obesos e idosos. Além disso, no máximo, como regra geral, a professora conhecerá uma tia ou um amigo de um amigo que “não deve comer açúcar”. Tranquilidade e disposição para dividir conhecimento com os colaboradores da escola são essenciais.

Diabetes em criança? Tomando Insulina? Prepare-se para ouvir muitos “coitadinhos” ou “pobrezinha”. Aqui atitude é fundamental. O processo de educação de nossos filhos não pode sofrer indevidas interferências ou condescendência de professores que por puro desconhecimento acabam tratando alunos com necessidades especiais de modo diferente, por vezes segregando as crianças de algumas atividades.

Um atestado médico para a escola, uma boa conversa com a professora e supervisora e um acompanhamento de perto nas primeiras semanas servirá para afastar preconceitos e fomentar a confiança de que é possível manter uma rotina plena e normal, com apenas um pouco mais de atenção nas mudanças de comportamento em sala. (Ficar quietinha, chorar sem motivo, suar bastante, pode significar uma hipoglicemia, assim como agitação em excesso pode denunciar uma bela hiperglicemia alimentar...)

Ouvimos histórias de pais que contratavam enfermeiros ou babás para acompanharem integralmente seus filhos na escola durante toda a duração das aulas. Para nós essa não é a melhor abordagem. Os cuidados que adotamos resumem-se a verificar a glicemia antes de levarmos Júlia para aula. As professoras não tem autorização para aplicar insulina. Elas apenas verificam a glicemia, aprenderam a conduta em casos de hipoglicemia e ficam com telefones de emergência para nos contatar se necessário. Fazemos a correção da taxa de glicemia dela antes e após a escola. Apenas não negligenciamos na hora de buscá-la na escola. Como ela estuda pela manhã adotamos uma rotina de almoços assim que ela retorna para casa e sempre saímos com antecedência de casa para evitar contratempos de trânsito e demais imprevistos.

Nesses quase três anos de experiência escolar da Júlia, vi crianças que necessitam de cuidados ainda mais intensos do que ela. Intolerância a lactose e/ou glúten, problemas com corantes e alergias em geral, que muitas vezes ultrapassam a questão alimentar para atingir problemas respiratórios ou de pele.

Crianças com necessidades especiais são situações rotineiras em qualquer escola. Informação e um pouco de boa vontade resolvem a situação. Na medida certa a professora pode até utilizar a condição de saúde de nossos filhos e os cuidados que eles necessitam no processo educativo, ensinando aos demais a ter uma alimentação mais saudável e a cuidar de seu corpo. Afinal todos somos diferentes e aprendemos observando as peculiaridades dos outros.

Abraços do Pai da Júlia

Julia e a decisão por qual escola estudar....

“Queria saber de uma escola bem preparada para colocar meu filho, ele tem dois anos e acabo de descobrir que ele tem diabetes...” 
Esse foi o questionamento que recebi ontem pelo blog e achei muito interessante para desenvolver e postar aqui... 

Afinal de contas, como sabemos que uma escola está preparada para receber o nosso filho com cuidados especiais como o diabetes? 

Matriculei a Julia na primeira escolinha uns três meses antes de ela ser diagnosticada com diabetes... Na época lembro que ainda achava ela muito novinha pra estudar, tinha acabado de fazer um ano... Mas o priminho da mesma idade ia estudar, e como desde a barriga eles faziam tudo juntos, achei legal colocar Julia também, afinal de contas essa era uma escola super bem conceituada e sempre achei “melhor estar na escolinha do que em casa”... 

Pois bem, matriculamos!!!!! Logo depois veio a bomba do diagnóstico... Minha primeira grande preocupação lembro que foi: “E agora??? Como vai ser na escola??” 

A Nutricionista responsável pela alimentação saudável dessa escola, a Vanessa, é filha de grandes amigos de meus pais, e como nos conhecíamos desde pequenas resolvi ligar logo pra ela e perguntar sua opinião sobre tudo isso, afinal de contas o que mais ia pegar no começo eram as mudanças alimentares (a escola serviria o lanche da manhã e o almoço). (Foi justamente nessa ligação que Vanessa me colocou em contato com a médica que até hoje atende Julinha que é a Susana Chen e ela terá meu eterno agradecimento por isso!!!) 

Vanessa me disse ao telefone que existiam na escola crianças com diabetes, mas bem maiores que Júlia, e que tinham diversas crianças com alimentação especial na escola (celíacos, alérgicos a lactose e a outros alimentos) e que não me preocupasse, pois eles cuidariam dela direitinho e ela prescreveria a alimentação que ela precisasse... Não estando satisfeita ainda marquei reunião com as diretoras da escola que na conversa me deixaram tranquilas pois a “inclusão” era o ponto forte da escola... 

No início do ano, fomos na escola, reunimos as professoras e quem mais fosse estar junto, demos uma aula sobre diabetes, mostramos o que era hipo, o que era hiper, mostramos como fazer o teste glicêmico, como agir em emergência, bom, todo o necessário para que eles pudessem cuidar tranquilamente de Júlia. Ainda fiquei junto as duas primeiras semanas e o primeiro mês a babá ficava do lado de fora da sala... 

Meus três pedidos principais às professoras foram: Fazer o teste de ponta de dedo , cuidar da alimentação dela para que ela comesse exatamente o que estava prescrito e ficar atenta aos sintomas de hipoglicemia. 

Realmente Vanessa foi ótima!!!! Prescreveu a alimentação impecavelmente, entrava sempre em contato comigo e com a nutricionista da Júlia para combinar tudo diretinho, mas uma pena que as professoras não tinham discernimento e competência para seguir a sua prescrição... Realmente não bastava a competência da nutricionista!!! Coisas absurdas aconteceram ao longo do ano como lanche duplicado, ausência de lanche, peguei algumas vezes ela lanchando separado das demais crianças (em uma mesinha sozinha – “supeeeer Incluida não é???”) hipoglicemias severas sem as professoras nem cogitarem a possibilidade de ser.... Bom, o que aconteceu foi que a escola não conseguiu conquistar a minha confiança!!! Após muitas conversas, promessas de melhoras o que acabei sentindo foi um super dimensionamento do problema para que eu por minha vontade tirasse Julia daquela escola. Assim eles se “livrariam rapidamente do problema”... E assim eu fiz!!!! Ela chorou TODOS os dias durante todo o ano!!! Não sei como consegui chegar ao fim do ano...O descontrole glicêmico dela e os choros de insegurança falavam por si só!!! Foi uma péssima experiência!!! Fizemos até parte de uma matéria em uma revista falando justamente sobre isso...

Aí então veio o questionamento... E agora??? Meu primeiro pensamento foi uma escola um pouco menor, em que eu estudei grande parte de minha vida e sabia o quanto ela ia ser bem tratada, mas meu grande problema nessa escolinha era a alimentação – as crianças lá não tinham uma alimentação muito regrada e isso seria um problemão para mim... Outra grande preocupação era que fosse perto de casa e do meu trabalho, pois qualquer problema estaria lá em 5 minutos!! Na verdade acho que a qualidade de ensino a essa altura do campeonato era a menor de minhas preocupações... rsrsrsrsrsrsr... Só queria uma escola que abraçasse realmente a causa e que ela fosse bem cuidada sem maiores problemas... 
 
 Aí por insistência novamente de minha cunhada (que após tantos problemas com Julia também trocaria o meu sobrinho da mesma idade da Julia de escola) fui conhecer o colégio em que hoje Julia estuda. É o maior colégio de Maceió!!! Fiquei super preocupada no começo com o tamanho e como em um colégio tão grande minha filha teria a atenção diferenciada que ela precisaria?? Mas duas coisas me encantaram e me fizeram dar a decisão final: O primeiro foi o sistema de lanche saudável que eles oferecem – bem personalizado e organizado e o segundo foi uma frase da coordenadora infantil que me encantou: “Confesso que, apesar do meu pai ser diabético, não sei muito sobre diabetes, mas pode ter certeza que a partir do momento que Julia se matricular eu e quem for cuidar dela nos tornaremos peritas nisso!!” Foi tão sincera e segura que acreditei na hora!!! Matriculei Julia e paguei pra ver!!!!
Luana, Júlia e Arthur no primeiro dia de Aula
Acho que foi uma de minhas melhores decisões de anos! Fiz o mesmo procedimento da escola anterior, orientando da melhor forma possível, com o acompanhamento da endócrino e da nutricionista, com copia de apostila sobre diabetes para todos, e tudo mais necessário para uma boa orientação... 

Grande vantagem também para adaptação na nova escola foi que tanto o priminho Atrhur como a melhor amiguinha da outra escola a Luana ou pais se solidarizaram com a situação e também mudaram para a mesma escola e mesma salinha da Júlia...

Julia foi desde o primeiro momento super bem cuidada lá, as professoras que ela pegou até hoje são pessoas hiper preparadas e antenadas, aprenderam a lidar com o diabetes num estralar de dedos, com pouquíssimo tempo aprenderam a reconhecer o que Julia está sentindo só de olhar, entravam em contato direto comigo sempre que necessário e estavam sempre atentas a sua alimentação!!!! Júlia participou nesses dois anos de todas as festas e excursões com os coleguinhas que a escola proporcionou sem me deixar apreensiva em nenhum momento... E principalmente sempre deram muuuito carinho e estavam sempre atentas ao seu bom desenvolvimento... Tudo de bom!! 

Só tenho a agradecer a elas por terem me dado durante o ano pelo menos 4 horas diárias de tranquilidade e paz, podendo trabalhar sem preocupações, pois sabia que ela estava em ótimas mãos!! 

Queridas Tia Lívia e Tia Keylla
Obrigada Tias Andréia, Lívia e Keyla por todo carinho e dedicação e também as Tias Regina, Catarina, Josy, Mônica e Vaneide pelo acompanhamento constante!!!! Vocês não tem idéia do bem que nos fizeram!!!!! São uma mistura perfeita de competência, carinho, profissionalismo e valores humanos!!!

Espero que muitos outros bons anos venham pela frente!!! E pela qualidade e categoria da escola, sei que virão como espero!!!! 

Pois bem amiga da pergunta (que ainda não descobri o nome), acho que o principal na escolha de uma escola para nossos filhos com diabetes, não é a sua fama, seu método de ensino ou sua estrutura educacional, mas sim o discernimento e compromisso de saber lidar com a situação especial de seu filho sem problemas e com segurança. 

Confiança é tudo!! Tanto para sua tranquilidade como para o bom desenvolvimento do seu filho!! 

Tudo de bom aí na sua escolha!!! O que precisar pode sempre contar conosco!!!

Hipoglicemia: Este vilão está com seus dias contados?


"Eu sempre comento com meus pacientes que se não houvesse hipoglicemia, todos os portadores de diabetes seriam muito bem compensados. Sabemos de longa data que o maior desafio do controle intensivo do diabetes é a hipoglicemia.
Nos portadores de DM1 os sintomas são muito intensos, por vezes graves e consequências sérias. Nos DM2 estudos recentes mostraram aumento da mortalidade por hipoglicemia quando tentamos atingir um controle rígido da glicemia.
E o que está por trás disso?  Nosso salva-vidas é o Glucagon, hormônio produzido nas células alfa do pâncreas que é o maior responsável pelo aumento da glicemia quando esta fica baixa.
hipoglicemia
Muitos conhecem aquela caixinha laranja, já quase pronta para o uso em uma situação de emergência. Porém, o Glucagon fica na forma de um pó que deve ser diluído e aplicado no momento do uso, e em dose empírica, de meia a 1 ampola dependendo do caso.
Muitas vezes nos questionando do motivo pelo qual não existe uma bomba de glucagon, da mesma maneira que hoje utilizamos, com excelentes resultados, as bombas de infusão de insulina.
Claro, se já temos monitores contínuos que podem detectar leves oscilações glicêmicas, elas poderiam atuar em conjunto com a liberação de glucagon, para evitar as hipoglicemias e fechar o círculo que chamamos de “Pâncreas Artificial”Aí é que está o problema.
O Glucagon que temos a disposição hoje, só pode ser administrado imediatamente após ser solubilizado, pois não consegue manter sua estabilidade por mais tempo (devido ao ph), e pode formar fibrilas de amilóide (e conseqüentemente doenças degenerativas) e citotoxicidade.
A Revista Journal of Diabetes Science and Technology do mês de Novembro traz vários artigos relacionados ao glucagon. Em 1 deles, os autores mostram um análogo do glucagon (MAR-D28) que foi testado in vitro e em animais com grande sucesso, estabilidade e ausência de citotoxicidade por 5 dias!!
Outros artigos mostram a dificuldade de se conseguir determinar as doses e a forma de liberação do glucagon em bomba de infusão, pois ainda é algo desconhecido para todos. Vários softwares e algoritmos estão sendo testados, para se chegar corretamente a uma liberação mais adequada.
Este é talvez o início de uma era onde vamos aperfeiçoar a utilização do glucagon junto com as bombas de insulina e também com os novos monitores contínuos, fechando a alça do Pâncreas Artificial, melhorando muito o controle do diabetes que necessita de insulina, e prevenindo os tão graves episódios de hipoglicemia severa.
Porém, uma estrada muito longa e tortuosa ainda é necessária ser percorrida até chegarmos lá. Vamos aguardar!!"

controller

Dr. Marcio Krakauer
Médico Endocrinologista. Colunista do site da SBD. Presidente da ADIABC.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Videos em espanhol - mas uma graça!!!!

Em uma de minhas pesquisas sobre diabetes na internet, achei esses videos em espanhol que achei uma gracinha!! Tem muitos temas fora esses que postei... São educativos e claros!! Ótimos para crianças pequenas!!!! Bem que podíamos ter algo assim em português também não é??


CAROL TIENE DIABETES


¿QUÉ ES LA DIABETES?


¿CÓMO CALCULAR LA INSULINA?


hipoglucemia


¿CÓMO SOLUCIONAR LA HIPOGLUCEMIA?

Diabetes, sejam positivos!! Mensagem de NICK JONAS do JONAS BROTHERS

domingo, 26 de dezembro de 2010

Criança rechonchuda não é sinônimo de saúde

O primeiro passo que os pais devem fazer é reavaliar o cardápio diário. Refeições muito calóricas, como a combinação batata frita, hambúrguer e refrigerante são extremamente prejudiciais para a saúde. Portanto, a mudança de hábitos alimentares deve ser iniciada com uma revolução na despensa e na geladeira. Reduzir o número de alimentos gordurosos e açucarados é o primeiro passo. Depois é só escolher as frutas, verduras e legumes que agrade a todos em casa. A geladeira ficará mais colorida e com opções nutritivas e saborosas. 

Os fast foods, presentes em cada esquina das grandes cidades, são um prato cheio para as gorduras. Limitar a ida a estes locais já é o início de uma reviravolta em prol da saúde de toda a família. Sem esquecer a prática de atividades físicas, indispensável para a criança queimar calorias reduzindo seu excesso de gordura. Caminhadas diárias durante 30 minutos, balé, futebol, natação, entre outras. O tempo destinado a televisão, videogames e computadores também deve ser administrado pelos pais ou responsáveis pela criança. Estudos mostram a relação direta entre assistir TV e a obesidade infantil.

A partir de que idade os pais devem começar a se preocupar com a alimentação dos filhos? 
Desde que nascem, pois necessitam de alimentos para fornecer um aporte de energia. São necessários macro e micronutrientes para garantir o desenvolvimento adequado. A partir do nascimento, cada alimento é inserido de forma gradual de acordo com a necessidade e maturidade do trato gastrointestinal. 

Algumas crianças passam por períodos de pouco apetite e neste momento é melhor evitar alimentos muito calóricos e pouco nutritivos como refrigerantes e balas.

Quais combinações são essenciais e nutritivas no dia a dia da criança? 
Uma das combinações que sempre dá certo e, ao mesmo tempo, é acessível a quase toda população, é o conhecido arroz e feijão (ou macarrão com feijão). Um completa o outro sob o ponto de vista nutricional, fornecendo energia para o desenvolvimento adequado da criança. Uma alternativa é acrescentar beterraba ao feijão e cenoura ou brócolis ao arroz, criando um prato colorido e nutritivo. 

Outra combinação que traz bons resultados é a inclusão de alimentos ricos em ferro e em vitamina C no cardápio. O ferro será melhor absorvido na presença desta vitamina. Portanto, incluir um suco de fruta cítrico, preparado na hora e ingerido imediatamente, após o almoço e o jantar, pode ajudar a prevenir a anemia.

Quais grupos de alimentos não podem faltar nas refeições e quais devem ser evitados? 
Toda criança deve comer fonte de proteína como as carnes vermelhas e brancas; de energia, o arroz, macarrão ou feijão; de vitaminas e minerais, legumes e frutas; de fibras, verduras folhas verdes.

Os alimentos que devem ser consumidos em menor quantidade são os ricos em açúcar simples: os doces, biscoitos recheados, balas, refrigerantes. Os alimentos ricos em gordura - as frituras - devem ser evitados desde a infância.

Outro cuidado deve ser dado aos salgadinhos amarelos, que parecem isopor, além dos refrigerantes, que apresentam corante amarelo e roxo causadores de processos alérgicos. 

O que os pais devem fazer para manter a criança seguindo uma alimentação saudável? 
Os pais devem ter uma alimentação saudável lembrado que o exemplo vem de cima, as crianças geralmente copiam os hábitos dos pais, ruins ou bons.

Deve-se incluir vários tipos de alimentos naturais como legumes, frutas e verduras, todos os dias. Se a criança não aceita estas opções no cardápio, a alternativa é experimentar outras receitas, mudar a preparação e ver qual combinação pode ser aceita.

Definir horários certos para as refeição é muito importante. Desta forma, pode-se evitar o hábito de beliscar fora dos horários das refeições. 

Em que a nutrição pode ajudar o pediatra na manutenção da saúde das crianças? 
A nutrição trabalha em conjunto com os pediatras para prevenir o aparecimento de doenças. Uma criança bem alimentada tem seu sistema imunológico funcionando melhor e assim pode-se prevenir anemia, carências nutricionais e melhor o crescimento e desenvolvimento geral. A criança bem alimentada resiste e se recupera melhor das doenças da infância. É preciso criar hábitos saudáveis desde a infância, prevenindo doenças adultas como diabetes e obesidade.

Fonte:http://www.sitesnobrasil.com/notas/2008/julho/obesidade-infantil.htm"

Redes de fast food passarão a exibir tabela nutricional dos alimentos que servem

Mais de 60 das principais redes de lanchonetes e restaurantes do país passarão, em 2011, a divulgar as informações nutricionais dos alimentos que vendem.
Em acordo com o governo, mais de 60 redes de alimentos se comprometem a divulgar dados sobre seus produtos
Em acordo com o governo, mais de 60 redes de alimentos se comprometem a divulgar dados sobre seus produtosOs estabelecimentos deverão informar em local visível dados como valor energético e quantidade de carboidratos, proteínas, gorduras e sódio de cada alimento.
Essas informações serão dispostas em tabelas e impressas em embalagens (se houver), cartazes, cardápios ou folhetos. Se a empresa tiver site, também deve divulgar ali os dados nutricionais.
As empresas têm seis meses para cumprir o acordo, que saiu depois de mais de um ano de discussões entre as partes e que foi firmado no começo deste mês com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério Público Federal de Minas Gerais.
O pacto proposto pelo ministério é um "termo de ajustamento de conduta". A adesão é voluntária, mas funciona como ultimato para que a resolução de 2003 (que prevê a rotulagem obrigatória de alimentos) seja obedecida antes da instauração de um processo.
Para aumentar a adesão, fizeram a ponte entre o poder público e os estabelecimentos a ANR (Associação Nacional de Restaurantes) a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
"Esperamos que, assim, o consumidor faça escolhas mais saudáveis e o número de casos de doenças crônicas, como hipertensão, diminua", disse ontem Denise de Oliveira Resende, gerente de alimentos da Anvisa.


LISTA DE LOJAS
Anvisa e ANR não divulgaram a lista das 62 empresas, mas disseram à reportagem da Folha que, entre as principais redes do país que assinaram o acordo estão: Amor aos Pedaços, Bob's, Café do Ponto, Giraffa's, Kopenhagen, Rei do Mate, Spoleto e Vivenda do Camarão.
A rede de lanchonetes McDonald's não entrou no pacto porque em 2005 uma liminar, também do Ministério Público Federal de Minas Gerais, determinou que as informações nutricionais da empresa fossem divulgadas.
Outras redes que foram citadas pela Anvisa e pela ANR como integrantes do acordo afirmaram já exibir informações nutricionais em suas lojas, como a Salad Creations e a China in Box.
De acordo com João Baptista, diretor da ANR e coordenador do grupo setorial de redes de alimentação da ABF, no total são 4.671 pontos de venda que se adaptarão às regras propostas.
Esse número envolve todas as franquias no país de uma rede, caso a empresa tenha assinado o acordo. No entanto, a responsabilidade final pelo cumprimento das exigências cabe ao franqueado, segundo Baptista.
"O mérito desse acordo foi a possibilidade de todos poderem determinar, em conjunto, ações que serão benéficas ao consumidor", disse o diretor da entidade que representa os restaurantes.
Colaborou GUILHERME GENESTRETI, de São Paulo
Fonte : Folha e http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?IDConteudo=1000093

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!!!!!



NESTE NATAL DESEJAMOS QUE A PAZ E A HARMONIA ENCONTREM MORADIA EM TODOS OS CORAÇÕES

QUE A ESPERANÇA SEJA UM SENTIMENTO CONSTANTE EM CADA SER QUE HABITA ESTE PLANETA

DESEJAMOS QUE O AMOR E A AMIZADE PREVALEÇAM ACIMA DE TODAS AS COISAS MATERIAIS

QUE AS TRISTEZAS E AS MÁGOAS SEJAM BANIDAS DOS CORAÇÕES DANDO LUGAR APENAS AO CARINHO

QUE A DOR SEJA AMENIZADA E QUE DEUS ESTEJA AO LADO DE TODOS DANDO MUITA FORÇA, FÉ E RESIGNAÇÃO

QUE A SOLIDÃO SEJA EXTINTA, E NO SEU LUGAR SE INSTALE A AMIZADE VERDADEIRA E O COMPANHEIRISMO

QUE AS PESSOAS PROCUREM OLHARA MAIS EM SUA VOLTA E NÃO TANTO PARA SI MESMA

QUE A HUMILDADE E O RESPEITO RESIDAM NA ALMA E NO CORAÇÃO DE TODOS

QUE SAIBAMOS AMAR E RESPEITAR O PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS

DESEJAMOS TAMBÉM QUE O NOSSO PEDIDO SE REALIZE NÃO SÓ NESTE NATAL, MAS EM TODOS OS DIAS DE NOSSAS VIDAS!




A TODOS OS NOSSOS AMIGOS UM NATAL MARAVILHOSO E CHEIO DE PAZ!! 

A VOCÊS, O NOSSO ABRAÇO E O NOSSO CARINHO!!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Primeiro post do Pai da Jujuba

Acho que a melhor maneira de começar este post é me apresentando. Sou Marcos, o pai da Jujuba. Desde a criação deste Blog estou relacionado como um dos responsáveis por ele, mas, na verdade, toda a iniciativa e efetiva participação devem ser creditadas à Carolina. Desde que descobrimos o diabetes da Júlia que conversamos sobre como dividir nossa experiência com outros casais. Escrever um livro? Participar de uma associação ou grupo? Acho que a melhor ferramenta realmente foi a criação do Blog.
Lina sempre me cobrou pela ausência de participação. Pensei em iniciar meus comentários por diversas vezes. Quem sabe no aniversário da Júlia? Não, o dia foi muito corrido, não deu certo... Talvez no aniversário da Lina... Quem sabe quando eu iniciar minhas férias... Na verdade, sempre empurrava a tarefa para outro dia, outro momento... Às vezes é mais fácil (ou mais conveniente à curto prazo) conviver com a doença e suas consequências sem verbalizar ou parar para ponderar seus efeitos em nossas vidas.
Criar o Blog, trocar experiências, pesquisar matérias interessantes, criar uma rede de solidariedade, participar de eventos de conscientização sobre a doença tornaram minha mulher muito mais forte do que eu em tudo que concerne à doença. Ela é a especialista e eu o curioso que muitas vezes chega para dar palpites sem nenhuma fundamentação. É muito gratificante ver como o blog alcança pessoas e apresenta alguma informação, por vezes conforto e uma palavra amiga, e perceber que toda essa energia retorna para Carolina e ajuda bastante nesta caminhada.
Acordei hoje bem cedo e fiquei pensando sobre os últimos três anos. Meus pensamentos me levaram para o dia do diagnóstico... Tinha que existir algo errado... Durante mais de um mês discutimos se Júlia estava com infecção urinária ou simplesmente bebendo líquido demais por conta do calor. Nem lembro quantas consultas médicas tivemos sobre o assunto. Talvez a marca da frauda ou um distúrbio de crescimento passageiro... Diabetes jamais foi cogitada em nenhum contexto, sobretudo numa família sem histórico recente de insulino-dependentes.
Confesso que a “ficha” demorou a cair. No primeiro momento só pensava em uma coisa: Ok. O diagnóstico está confirmado, é diabetes. E eu, o que faço? Qual remédio? Como? Onde ter acesso? Quanto? Puro instinto de proteção e sobrevivência que parece fazer parte da paternidade. A necessidade é um sentimento poderoso. Repentinamente me vi ás voltas com canetas, agulhas e testes de glicemia. Nunca tinha aplicado uma injeção. Nunca sequer tinha visto uma medição de glicemia. E lá estava eu, aprendendo na base da tentativa e erro, tentando fazer o melhor possível.
A alimentação foi um caso a parte. Sem informação ficamos completamente sem rumo. Jamais vou esquecer o primeiro lanchinho que ofereci a minha filha depois do diagnóstico: tinha tanto carboidrato que a taxa dela deve ter dobrado (até então para mim bastava tirar o açúcar e caprichar em comidas salgadas e tudo daria certo...). Durante este período saí da ignorância no assunto e aprendi a consultar rótulo e buscar alternativas.
A sensação de ter um filho é indescritível. O amor incondicional que desenvolvemos deve ser a mais pura expressão de um sentimento que podemos manter em relação à outra pessoa. Mais junto com tanta alegria e felicidade vem à responsabilidade.
Até hoje nunca parei para analisar o impacto que a doença causou em mim. Olhando para trás vejo que não foi pequeno. Naquele mês da descoberta da doença tinha programado apresentar a minha filha todas as guloseimas que permeavam minhas lembranças da infância. Tinha ido ao supermercado comprar biscoitos, iogurtes, danones e salgadinhos. Ela estava mudando a dieta, eu estava de férias e tinha feito planos.
Planos que nunca executei plenamente e no primeiro momento pensei que não iria executar jamais. Não sabia nada da doença. Tinha uma ideia geral e abstrata da situação. Nunca parei para estudar as consequências da ingestão de carboidratos, gorduras e açúcares. E olhe que talvez devesse ter feito isso antes. Desde os 18 anos que vivo um embate particular com a balança. Dos 85 quilos de solteiro, aos 18 anos, cheguei aos 33 anos, quase 8 de casado, com quase 120 kg, hipertenso e sedentário.
O que lembro quando recebi a notícia? Os sentimento de frustração e impotência nos invadem sem chance de defesa. Depois vem a culpa. O que fiz de errado? O que poderia ter feito diferente? Como começou isso? Poderia ter evitado?
Acabei aprendendo da pior maneira possível, depois de algum desgaste, tanto pessoal quanto relacional, que não adianta olhar para trás e ficar remoendo o que não podemos alterar. Mas temos muito o que fazer para ter um futuro melhor. De minha formação católica uma frase sempre ajudou: “Senhor dai-me forças para enfrentar aquilo que não posso mudar...”.
Do impacto inicial: “...acabou, minha filha passará por sérias restrições a vida inteira e nunca terá uma vida normal...”. Aprendi que com a dieta certa, exercício, um pouco de rotina e acompanhamento de perto, a vida pode ser absolutamente normal. Ufa... alívio. Mas este quadro promissor tem um preço muito alto: noites insones, pouco tempo para dar atenção a minha mulher, investimento financeiro em acompanhamento médico, nutricional e medicamentos...
Pelo que vejo nos comentários do site, a rotina de nossos filhos diabéticos é quase que invariavelmente uma tarefa materna. Não tenho lido muitos comentários dos pais sobre suas experiências. Nesses três anos, em apenas uma oportunidade sentei com o pai de outra menina diabética para trocar impressões. Nas salas de espera de consultórios só encontro mães.
Entendo as dificuldades de lidar com a doença e fazer frente a novas e inesperadas despesas. Mas quero registrar aqui que em minha opinião o diabetes em crianças é uma doença cujos efeitos atingem toda a família. Uso a expressão família em sentido amplo, incluindo irmãos, tios, primos e, sobretudo, os avós. Sei que não foi fácil para eles e agradeço a Deus ter passado por este período em sua companhia.
Para mim, cuidar da Júlia e ajudar no controle da doença é parte do meu quotidiano. É mais fácil esquecer de tomar um dos meus remédios do que aplicar a insulina basal nas primeiras horas da manhã. A rotina não é fácil e qualquer erro, esquecimento ou contratempo normalmente produz consequências imediatas. Nesses três anos já perdi a hora de verificar a taxa de glicemia (por cansaço), já ministrei doses erradas por desatenção e algumas raras vezes esqueci de fazer a aplicação.
Se minha pequena Jujuba sofre consequências físicas imediatas (HIPOS ou HIPER glicemias) as consequências morais para quem cometeu o deslize não são fáceis. Demoramos um pouco para assimilar e seguir em frente. Perdi a conta de quantas brigas tive com Carolina sobre o controle, as quantidades de insulina e como proceder no cotidiano.
Não é fácil. Temos personalidades fortes e como todo o casal, maneiras de ser diferentes. Como sou muito metódico e não gosto de correr riscos. Sempre que fico responsável pelo controle me satisfaço com medidas glicêmicas acima da meta da Júlia buscando uma sensação de conforto, numa tentativa de minorar as possibilidades de hipoglicemias. Sei que estou errado, mas muitas vezes não é fácil evitar. É da minha natureza. Por vezes o conflito é inevitável e se não fosse a paciência da Lina e sua insistência em nosso relacionamento não sei se hoje estaríamos comemorando junto esta data.
Analisar os resultados mensais do controle da diabetes é uma tarefa altamente estressante: o que não fizemos? O que poderíamos ter feito mais? Por que deixamos chegar nesse ponto? Com minha personalidade perfeccionista não é fácil constatar que mesmo seguindo todas as orientações médicas, o organismo humano nos prega peças. Além disso, no quebra cabeças do controle da diabetes não temos todas as peças. São muitas variáveis para controlar ao mesmo tempo.
A relação do casal sofre sérios desgastes. Noites mal dormidas, ansiedade, mudança na rotina. No início estava difícil sair com amigos e esquecer um pouco do assunto. Todos queriam detalhes, incluindo colegas de trabalho e familiares. Durante um grande período deixei de telefonar para minha esposa para perguntar como ela estava e como estava Júlia. Iniciava a conversa perguntando em quanto estava a taxa, o que ela tinha comido e se a insulina tinha sido aplicada. Hoje só posso me penitenciar por ter feito tanta besteira e agradecer por ter uma mulher que me ama com tamanha intensidade.
Coloquei a doença na frente de mulher e algumas vezes da filha. Ficava mais preocupado com o controle do que com os progressos de minha linda filhota. Júlia é carinhosa, esperta, está muito bem na escola e tem um ótimo relacionamento com todos. Não poderia me fazer mais feliz.
Dizem que a experiência é a soma de todos os nossos erros. Se isso é verdade, posso escrever que aprendi que minha filha não “está com diabetes”, mas que ela “é diabética”. A condição é permanente e não transitória. Logo, a vida segue o seu caminho e se alguns têm dificuldade de locomoção ou problemas alimentares, minha pequena tem uma condição que exige atenção e disciplina. Ponto final. Durante nossa caminhada parei de definir (e limitar) minha filha pela doença para olhar para ela muito além disso.
Durante os três anos que passaram tivemos momentos de incerteza, muita insegurança, tristeza e frustração. Mas nada disso se compara ao sentimento que aprendemos a cultivar: resiliência. Capacidade de resistir, enfrentar, buscar alternativas, aceitar e acreditar que estamos lidando com o assunto da melhor maneira que podemos.
Agradeço a Deus a mulher que tenho e a filha maravilhosa que me ensina todos os dias o que efetivamente é importante na vida. Aprendi que teremos dias melhores do que outros, mas que mesmo sem saber para onde o destino nos levará o importante é continuar seguindo em frente.
Acho que já escrevi demais. Termino registrando que foi muito bom compartilhar ideias e sentimentos. Espero que possam ajudar outras pessoas. Provavelmente não serei um autor muito ativo no Blog, mas como resolução de início da ano, prometo passar por aqui mais vezes.
Termino agradecendo a Papai Noel por termos chegado até aqui. Daqui para frente só pedirei de presente saúde e paz. O resto conseguimos construir com um pouco de esforço e dedicação.
Boas festas a todos e um 2011 cheio de realizações.