segunda-feira, 15 de abril de 2013

Papai e mamãe precisaram viajar. E agora, quem vai ser o cuidador?

viagemcarolinaDurante esses mais de 5 anos e meio de diagnóstico, nunca tínhamos conseguido nos ausentar, os dois juntos, por mais de dois dias, sem que tivéssemos que levar Júlia junto conosco.

O processo de inserção da família no dia a dia e nos cuidados com a Julia sempre foi algo que cultivamos muito e sempre fizemos questão de insistir na importância desse interesse de toda a família para que Júlia pudesse ter uma vida normal. Porém algumas coisas um pouco mais "complexas" como a troca da cânula e de cartucho, só quem executava éramos nós, os pais.

Apesar de os avós ficarem muito bem com boa parte do conhecimento dos cuidados necessários com Julia, ainda sentíamos falta que eles soubessem um pouco mais para que pudéssemos ter certa liberdade como casal, para viajarmos juntos de vez em quando. 

Júlia também já está bem esperta com a bomba e já sabe fazer tudo direitinho. Sabe medir a glicemia, fazer correção de glicemia e de carboidratos, ligar e desligar, tirar a bomba e colocar o protetor para tomar banho e até contar os carboidratos de alguns alimentos. Mas trocar a cânula foi algo que ainda não ensinamos a ela. Até porque continuamos achando que ela ainda não tem idade para tanta responsabilidade. Afinal, temos que lembrar que ela só tem 6 anos de idade. Não queremos colocar "o carro na frente dos bois". Tudo o que ela aprendeu até hoje foi a seu pedido e de tanto observar a gente fazendo os procedimentos. Nunca forçamos a barra para que ela aprendesse.

Então surgiu a oportunidade de Eu e Marcos passarmos 5 dias em Curitiba, apenas o casal. Estávamos precisando de um tempo juntos e não queríamos perder o ensejo. Falamos então com uma das avós e ela topou aprender o restante para poder ficar esses dias com a Jujuba.

carolinaviagem2Por alguns dias fizemos um treinamento com a vovó Socorrinho e o Vovô Clailton ensinando como trocar a cânula, como preencher a Cânula e o cateter de insulina e como mexer na bomba de insulina sem ser pelo Smart Control. Trocamos as cânulas juntos na primeira vez, eu fazendo e eles olhando. Na segunda vez a Vovó fez a troca e eu fiquei do lado orientando. Ela ainda errou o jeito como dispara o aplicador e acabamos perdendo a cânula e tendo que fazer novamente. Mas foi até bom esse erro, pois ficamos treinando com essa cânula que perdemos em uma bonequinha de pano da Júlia. Aí a Vovó teve a chance de treinar mais algumas vezes sem correr o risco de prejudicar a Julia por algum erro. Na terceira vez, os dois já tiraram de letra! Fizeram tudo direitinho!

Chegou o dia da viagem. Deixamos tudo pronto e orientado.  Apesar de toda a confiança que temos nos avós, o coração não podia ter deixado de ficar pequenininho, não só por estarmos nos afastando, mas também pela apreensão deles com aquela nova situação. (… CONTINUA)

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4 comentários:

  1. SINTO MUUUUITO ESSA PARTE...SOMENTE EU E MEU MARIDO PODEMOS CUIDAR DA MARÍLIA...ATÉ PEDIMOS, MUITAS VEZES,Á AVÓ PARA TENTAR APRENDER....MAS ELA SE RECUSA INCISIVAMENTE.....NUNCA MAIS PODEMOS VIAJAR SEM ELA DEPOIS DA DIABETES....ATÉ QDO VAMOS AOS CONGRESSOS, TEMOS Q LEVÁ-LA....SÓ TENHO MEDO DE UM DIA, POR ALGUM MOTIVO MAIOR, A GNETE NÃO PUDER....QUEM ´CUIDARÁ DISSO TUDO??

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  2. na minha familia todos se recusam a aprender os cuidados necessários....quase morro com isso....é uma pena q seja assim...até qdo vamos para congressos temos q levar a Marília...será que não veem a importancia disso?e se eu adoecer, for internada..o pai dela não estiver?

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