Estudo com 120 diabéticos tipo 2 feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, mostrou que, apesar de consumir produtos diet e light com frequência, mais da metade não sabe a diferença entre os dois tipos de produtos, não tem o hábito de ler o rótulo desses alimentos e também não controla a quantidade ingerida. Entre os pacientes entrevistados (60 homens e 60 mulheres), todos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a média de idade era de 63 anos e 83,3% tinham sobrepeso ou obesidade. Os dados foram obtidos por meio de um questionário envolvendo variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, história da doença e consumo de produtos dietéticos e adoçantes. A amostra foi composta principalmente por indivíduos com baixa escolaridade.
O estudo, publicado pela Agência Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foi conduzido pela nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, que alerta para o fato de que o consumo excessivo desses produtos pode interferir no controle glicêmico e trazer prejuízos para a saúde dos pacientes. Os alimentos classificados como diet são aqueles que estão isentos de determinados nutrientes, como açúcar, sódio ou gordura. Já os produtos light apresentam redução de, no mínimo, 25% do valor energético total ou de algum nutriente presente no produto convencional.
O trabalho indicou ainda que, embora não tenham sido observadas diferenças significativas entre homens e mulheres com relação à ingestão de produtos diet e light, os idosos são os maiores consumidores de adoçantes entre todas as faixas etárias, enquanto as mulheres usam mais o adoçante fora de casa e se dizem mais preocupadas com a quantidade utilizada do que os homens.
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