Li também em alguma dessas pesquisas aí afora, que as desigualdades não existem para o aparecimento da doença, mas que os pacientes com nível econômico mais baixo normalmente são diagnosticados mais tarde e em muitos casos acabam sofrendo as complicações decorrentes da doença que o diagnóstico precoce evitaria.
Mas na verdade, acho que o nível econômico não é o vilão da história....
Mesmo que “aos trancos e barrancos” (boa ou ruim, eficaz ou não, retógrado ou não, não é isso que estou discutindo aqui) existe um tratamento que o governo oferece e que tem distribuição gratuita.
O grande problema é que o bom controle do diabetes não depende apenas de uma medicação eficaz... Existem muitos fatores por trás de um bom controle...
Acho que o grande problema está na educação!
Do que adianta ter a medicação de graça (mesmo que precária) se o usuário não sabe (ou na verdade não entende) como administrá-la corretamente ou não percebe o importante papel desempenhado pela autogestão da sua doença na prevenção de complicações do diabetes?
Mesmo que a medicação distribuída pelo governo fosse a melhor possível, a grande maioria da população diabética saberia administrar corretamente? Quem vive "o diabetes" dia a dia, sabe muito bem a resposta!
Uma população sem educação é uma população pobre!
População diabética sem educação é população com complicações.
É verdade Carol!!! Por isso que acho que tem que haver um programa especial criado para a "Diabetes", que além de oferecer atendimento médico, fornecer insumos e medicamentos, tem que haver também a "Educação em Diabetes".Porque como vc disse, sem isso, de nada adianta ter as outras coisas. Bj!
ResponderExcluirAcertou mesmo, Carol .. Muito bom e pertinente este seu post. Se bem que a questão de educação passa também pelo acesso a boas fontes de informação, papel este atualmente exercido pela internet. A interatividade entre diabéticos do país todo, como vemos no Orkut e no Facebook é uma riquíssima fonte de estímulo e motivação ao bom controle.
ResponderExcluirO fosso digital, acentuado pela condição econômica, constitui uma barreira importante a ser transposta, junto com a educação tão necessária.
Concordo com o que vc diz Carol, mas na verdade o governo não só impõe grandes barreiras à medicações de melhor qualidade, como também fornece uma precária educação para o tratamento em si. Na minha opinião quem depende do SUS pra se tratar de uma doença como a diabetes, sai perdendo e muito pois mesmo sabendo usar, não tem acesso ao que necessita pra um bom controle. Estou dizendo isso porque dependo desse sistema e sei muito bem como que as coisas funcionam. Estou grávida e agora mais que antes preciso de um controle maior, porem só consigo as mesmas 50 fitas que conseguia antes da gestação, apesar de fazer pré-natal de alto risco na Unicamp um dos maiores e mais conceituado hospital e universidade do Brasil, tive que ouvir da médica ontem que não preciso de mais que isso, pois fazer o que eles chamam de perfil glicêmico (5 testes no dia em horários pré-determinados) 2 vezes na semana é mais que o ideal, além disso é gastar fita!!! E ainda que minha Diabétes está super controlada, e que eu não tenho com o que me preocupar, mesmo tendo levado controles que vai de 332 à 40 numa noite/madrugada, mesmo sabendo que meu bebê pode nascer enorme por causa da hiperglimia, ou até mesmo morrer dentro de mim por falta de oxigênio numa dessas hipo's, que tenho frequentemente. Desculpe o desabafo, mas chorei muito ontem no consultório a ponto dela me dizer que estou depressiva e me passar pela psicologa de lá, e estou com um nó na garganta, com muito medo de acontecer algo grave comigo e mais importante ainda com o meu bebezinho. Desculpa mesmo ter escrito isso tudo, Dá um bjinhu na Juju que é linda demais, e que já me apaixonei por ela de tão doce que demonstra ser nos seus vídeos! Bjoss
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