quarta-feira, 4 de novembro de 2009

TIPOS DE DIABETES

Existem vários tipos de diabetes, embora os mais comuns sejam o diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2 e o diabetes gestacional.

Diabetes tipo 1

Em geral, o diabetes tipo 1 se inicia na infância ou na adolescência e necessita ser tratado com insulina durante toda a vida. Neste tipo de diabetes, o pâncreas progressivamente não consegue mais produzir insulina em quantidades suficientes até chegar a um ponto de incapacidade total.
O diabetes tipo 1 manifesta-se geralmente de maneira abrupta, com sintomas importantes de hiperglicemia (excesso de sede e fome, aumento do volume e freqüência da urina), acompanhados de perda de peso.
Os sintomas aparecem de forma tão repentina que, muitas vezes, o diagnóstico é feito somente quando a pessoa chega ao pronto-socorro já com sintomas bastante intensos, como profundo mal-estar, desidratação, queda da consciência e níveis de glicemia sempre muito altos, na faixa dos 400 a 600 mg/dL. O hálito torna-se adocicado (conhecido como hálito cetônico), em função da grande quantidade de cetonas que circulam pelo sangue, fruto da quebra de moléculas de gordura em busca de energia que possa substituir a glicose que não consegue ser utilizada.


Diabetes tipo 2


Atualmente, o diabetes tipo 2 está bastante relacionado ao excesso de peso. Em geral, surge em adultos a partir dos 30-40 anos ou em adolescentes que já apresentam excesso de peso. É o tipo mais comum de diabetes, correspondendo a 90% de todos os casos.
No diabetes tipo 2, o pâncreas inicialmente funciona bem. O problema está nas células de nosso corpo, principalmente dos músculos e de órgãos como o fígado, que mesmo na presença de insulina não conseguem absorver bem a glicose do sangue. Trata-se de um defeito genético que pode ser agravado por diferentes fatores de risco.
Diferentemente do diabetes tipo 1, em que os sintomas surgem de forma abrupta e de maneira pronunciada, o diabetes tipo 2 apresenta poucos sintomas, mas pode manifestar as mesmas complicações crônicas do diabetes tipo 1. Por isso, é fundamental que se examine periodicamente os níveis de glicemia, principalmente a partir dos 40 anos ou naqueles que têm aumento de peso, colesterol elevado ou pressão alta.

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes tipo 2 pode ser feito por qualquer um dos três critérios* abaixo:

Critério 1*: Glicemia de jejum igual ou maior de 126 mg/dL (após jejum de pelo menos 8 horas).


Critério 2*: Glicemia acima de 200 mg/dL pelo menos 2 horas após uma refeição ou a ingestão de 75g de glicose diluída em água (este teste é chamado de Teste Oral de Tolerância à Glicose ou TOTG, sendo realizado em laboratório).


Critério 3*: Glicemia colhida a qualquer hora do dia (independente do fato de se ter alimentado ou não) acima de 200 mg/dL, desde que já haja sintomas de glicemia elevada (muita fome e sede, grande volume de urina e/ou ou perda inexplicável de peso).


* Critério para diagnóstico do diabetes tipo 2, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes)

Fatores de risco



Histórico familiarO fator hereditário é muito mais importante para o diabetes tipo 2 do que no diabetes tipo 1, pois ocorre com freqüência muito maior em uma mesma família,. Portanto, se você tem pais, avós ou irmãos com diabetes tipo 2, sua chance de desenvolver a doença aumenta.

 



Falta de atividade física


O sedentarismo costuma acompanhar o excesso de peso e vice-versa. Uma vida sedentária aumenta muito as chances de desenvolver o diabetes tipo 2, principalmente quando associada ao excesso de peso. Isso sem mencionar complicações que o excesso de peso pode trazer à sua pressão e ao seu colesterol...


Idade

IdadeO diabetes tipo 2 acontece já a partir dos 30 anos, embora preferencialmente atinja aqueles com mais de 45 anos. Nos últimos anos, porém, tem aumentado bastante a ocorrência de diabetes tipo 2 em pessoas mais jovens, especialmente em obesos.


Excesso de peso e obesidade


O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2. Tal fato é comprovado ao se observar que muitas pessoas com hiperglicemia conseguem revertê-la apenas com a perda de peso. Na verdade, a gordura que se acumula no corpo, principalmente na região da barriga (gordura abdominal), faz com que as demais células do corpo tenham dificuldade em utilizar a glicose do sangue, mesmo se houver insulina circulando.

História prévia de diabetes na gravidez

diabetes na gravidez Mulheres que tiveram diabetes durante a gravidez, geralmente aquelas que tenham dado a luz a bebês muito grandes (com mais de 4 ou 5 quilos), têm maiores chances de ter diabetes tipo 2 no futuro.

 


Pré-diabetes

O pré-diabetes deve ser motivo de preocupação, afinal, é um alerta de que algo precisa ser feito antes que o diabetes tipo 2 chegue para ficar. Geralmente, o pré-diabetes surge quando as células começam a apresentar dificuldades para absorver a glicose do sangue, mesmo quando o pâncreas ainda produz boas quantidades de insulina. Por esse motivo, o pré-diabetes é também chamado de intolerância à glicose ou de resistência à insulina.
Nestes casos, a hiperglicemia encontra-se em um nível intermediário entre a normalidade e o diabetes tipo 2. Assim, a glicemia colhida em jejum está entre 100 e 126 mg/dL e/ou o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) está entre 140 e 199 mg/dL.

Diabetes gestacional

Diabetes gestacionalAparece durante a gravidez e costuma desaparecer após o parto. Todavia, em alguns casos, pode voltar depois da gravidez, a qualquer tempo, e se estabelecer na mulher com as mesmas características do pré-diabetes ou do diabetes tipo 2.

Durante a gravidez é necessário cuidados médicos bastante rígidos, pois há um grande risco dos bebês apresentarem problemas ao nascer. No pré-natal, já na primeira consulta, o médico é capaz de fazer uma avaliação geral dos riscos de diabetes gestacional: mulheres com excesso de peso antes da gestação ou que já tiveram filhos nascidos com mais de 4 ou 5 quilos ou que já tiveram diabetes em gestações anteriores são as que têm maiores chances.

A ocorrência geral de diabetes gestacional pode variar de 1% a 14%, dependendo da população estudada e dos critérios diagnósticos utilizados.
Fonte: www.diabetesnoscuidamos.com.br

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