quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dia de consulta na Dentista!!!!!

Fazemos o acompanhamento dentário de Júlia de 6 em 6 meses....
O melhor de tudo é que Jujuba fica quietinha na cadeira assistindo desenho enquanto a Tia Dani faz toda a limpeza dos seus dentinhos ....
Tia Dani acha o máximo o comportamento dela e ainda dá 2 presentinhos para ela na saída....
Não precisa nem dizer que a Jujuba simplesmente adoooora ir na dentista não é?!

Então, Aproveitando o assunto, aí vai uma reportagenzinha legal para entender um pouco mais sobre saúde dos dentes e diabetes:

Ter dentes, gengiva e língua saudáveis não resulta apenas em um
belo sorriso. A boca bem cuidada é uma das condições essenciais para manter o diabetes controlado.
Flávia Benvenga
Isso porque a doença periodontal está intimamente ligada à falta de controle.
Trata-se de uma relação muito delicada, pois uma coisa influencia a outra: o acúmulo de placa bacteriana na junção entre a gengiva e os dentes causa sangramento e inflamações gengivais com perda óssea (periodontite), que, por sua vez, pode dificultar o controle do diabetes.
Conclusão: a pessoa com a glicemia fora dos níveis normais costuma ter complicações ainda mais severas nas gengivas, comprometendo o sistema de sustentação dos dentes e provocando até a perda deles. “A mobilidade dental é conseqüência da doença periodontal avançada, que provoca a reabsorção do osso alveolar (onde o dente está implantado) e a destruição das fibras e dos ligamentos periodontais, causados pela placa bacteriana que evoluiu formando o tártaro e um processo inflamatório”, esclarece o cirurgião-dentista Ricardo Simões Neves, diretor da Unidade de Odontologia do Incor.
Vale salientar que o excesso de glicose no sangue pode causar danos ao sistema imunológico, o que aumenta o risco de o diabético contrair infecções, pois os glóbulos brancos – responsáveis pelo combate aos vírus e bactérias – ficam menos eficazes quando ocorre hiperglicemia. Por isso, as áreas com ferimentos, como as gengivas, tornam-se verdadeiras portas de entrada de bactérias.
“Os problemas de irrigação sangüínea de de cicatrização exacerbados no diabético favorecem a inflamação gengival”, explica Neves. “Porém, isso não significa que a doença periodontal seja conseqüência do diabetes, mas é uma agravante; geralmente, a principal causa é a má higienização oral”, acrescenta a cirurgiã-dentista Itamara Lucia Itagiba Neves, assistente da Unidade de Odontologia do Incor.
Uma pesquisa recente, realizada com diabéticos pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMG), avaliou a relação da saúde bucal do diabético e o comprometimento de sua qualidade de vida. O estudo apontou que 15,7% dos avaliados são periodontalmente saudáveis; 35,2% têm gengivite; 27,7% periodontite leve e moderada e 21,4% periodontite avançada.
E mais: 75% dos participantes do levantamento apresentaram impacto negativo na qualidade de vida em pelo menos um item da pesquisa, como incômodo na mastigação, inibição e desconforto psicológico.
Portanto, não restam dúvidas de que é imprescindível cuidar da saúde bucal com o mesmo empenho e atenção que se dá à alimentação balanceada, aos exercícios físicos e à administração de medicamentos – já que os efeitos negativos da doença periodontal na vida de quem tem diabetes são tão fortes a ponto de dificultar e até mesmo impedir o controle da doença.
Boa higiene e disciplina
A boa notícia é que manter a saúde da boca depende exclusivamente da vontade e da disciplina de cada pessoa. “Basta visitar o dentista periodicamente, a cada seis meses, e fazer uma higiene caprichada, com fio dental, escova com cerdas macias e raspador de língua para eliminar a saburra lingual (uma placa bacteriana que se instala na língua e produz componentes de cheiro desagradável)”, ressalta Itamara. “Não tem segredo. Seguir essa conduta básica é a receita para ter uma boca saudável”, completa.
Mas, além das doenças periodontais, o diabético pode sofrer também de xerostomia (boca seca) provocada pela redução da saliva – lembrando-se que a saliva é uma defesa natural importante contra a cárie e a gengivite –, é necessário também tratar desse problema. Nesse caso, o especialista avalia se há a necessidade de administrar a saliva artificial (disponível nas farmácias) ou se basta tomar pelo menos dois litros de água por dia e lançar mão de umidificadores específicos (também à venda em farmácias), como gomas de mascar sem açúcar e enxagüatórios. “O portador de diabetes precisa cuidar da xerostomia, inclusive para evitar a halitose que a diminuição da saliva pode provocar”, recomenda Neves, do Incor. “E, quando a produção de saliva é insuficiente, pode haver a formação da saburra lingual, principal causadora do mau hálito”, completa.
Atenção especial
O endocrinologista Arual Augusto Costa, co-autor do Manual de diabetes (Editora Sarvier), recomenda que o diabético faça sempre um auto-exame para verificar gengivas, dentes, presença de tártaros, restos de dentes, focos de infecção e abscessos (bolhas que, quando apertadas com os dedos, drenam sangue e/ou pus). “Essas complicações costumam elevar a glicemia e devem ser curadas imediatamente”, alerta. “Para que consiga bom êxito no tratamento odontológico, o portador de diabetes, antes de iniciá-lo, precisará estar bem controlado e não omitir que é diabético”. E, completa Neves, “jamais ir ao dentista em jejum para evitar a hipoglicemia”. Com relação aos anestésicos locais, os especialistas garantem que não são contra-indicados aos diabéticos, porém, o uso dos vasoconstritores (adrenalina, por exemplo) deverá ser avaliado e indicado com critério pelo médico ou dentista. “Já os antibióticos são recomendados, principalmente em cirurgias, tratamentos de canais e demais procedimentos em que ocorra sangramento”, observa Neves. Mesmo quem usa prótese dental (dentaduras e pontes fixas ou móveis) precisa fazer visitas regulares ao dentista para realizar exames preventivos e verificar se estão bem adaptadas, para não causar irritação e ferimentos na gengiva.

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