Desde o diagnóstico que cogitamos a possibilidade de colocar a bomba de infusão de insulina na Júlia. Susana Chen, a médica dela é a favor do uso da bomba, porém nos deixa muito a vontade para fazermos o que acharmos melhor...
No início quando ela tinha um pouco mais de 1 ano, estávamos esperando só que o "susto inicial" passasse um pouco para tentarmos colocar essa idéia em prática... Com quase 2 anos, fomos a Recife para uma consulta com uma endocrino-pediatra, uma das melhores do brasil em bomba de insulina para crianças... Ela tem pacientes com poucos meses de vida que ja usam bomba... Ela nos explicou tudo direitinho e nos expôs os prós e os contras da bomba e na época achamos os contras maiores que as vantagens que ela traria...
Logo depois fomos a São Paulo, e fomos a uma consulta com Dr. Eduardo Calliari que passou a acompanhar o tratamento da Julia junto com Susana, e ele achou Júlia ainda nova para pôr a bomba, apesar de que, disse que não havia qualquer impedimento para colocarmos...
Basicamente ficamos com dois grandes medos:
- O 1º foi a fixação do cateter- Achamos ela muito nova para ter a responsabilidade de não tirar aquele cateter de forma alguma... E isso muitas vezes acontece sem querer... Ela bate , ou algum amiguinho bate sem querer no fio e o cateter sai do corpo sem ninguém perceber...Ela acabou de fazer 4 anos, ainda não tem tanto senso de responsabilidade assim...
- O 2º foi o receio do “Essa terapia é possível para crianças se os pais estiverem aptos a prestar assistência contínua.” . A Bomba seria ótima para ela mas a “dependência” fica muito maior... A função de “cuidador” que nós temos passa a ter uma responsabilidade e uma disposição de tempo muito maior... Na idade de Júlia, acho que precisaríamos estar atentos a bomba as 24 horas do dia...
Uns 6 meses após o diagnóstico da Júlia tinha deixado de trabalhar para cuidar apenas dela, mas terminou que eu enlouqueci com isso e terminei enlouquecendo Júlia também... Não deu!!! Então aos poucos fui voltando a trabalhar e consegui hoje ter um meio termo entre trabalhar e ser "cuidadora” da Júlia. Talvez, a mudança no tratamento nos fizesse voltar a estaca zero de adaptação, mas nada que não nos acostumássemos logo, logo...
Acho que acabamos nos acomodando um pouco com o tratamento, pois este, mesmo com as picadas mais frequentes, e com os chororôs de todas as "abelhinhas" (como chamamos a insulina) dadas, termina se tornando também bastante eficiente se bem distribuído e executado... Lógico que nada comparado ao controle com bomba, afinal de contar a dose mínima que injetamos com a caneta é 0,5UI, enquanto com a bomba é de 0,1UI...
Enfim, estamos esperando que ela cresça só mais um pouquinho para colocarmos a bomba... Estava pensando em uns 6 anos de idade... acho que é uma idade boa para isso... E vai chegar rapidinho, rapidinho!!!!
Beijos da Mãe da Jujuba
olá, é muito facil o cateter cair? ele não tem alguma cinta protetora para ser colocada ao deitar ou no dia-a-dia?
ResponderExcluirmarcuspaes@hotmail.com
Olá, com Júlia não temos problema de o catéter sair.... Usamos uma faixa na cintura de cóton que é a bolsinha da bomba... Serve tanto para dormir como para o dia a dia... Júlia dorme tranquila com ela.....
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