quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Insumos do mês!!!

Acabei de chegar da FARMEX (Farmácia de medicamentos Especiais do Estado) onde fui pegar os insumos do mês para a Júlia... Sempre procuro ir nessa época de fim do mês e sempre entre 12:00 e 13:00 pois sempre tem menos gente... Tem dias que passo mais de uma hora esperando, mas hoje, para a minha grata surpresa, passsei apenas 15 minutos para pegar o necessário e ainda sem faltar medicamento nenhum( a Levemir estávamos a 4 meses sem receber)


Olha só que lindo !!!!


5 ampolas de Novorapid, 5 ampolas de Levemir (para 2 meses e meio), 4 caixas de Tiras reagentes accu-chek Performa, 1 caixa de agulha 5mm, e 1 caixa de lancetador multiclix

 Adoro de coração quando volto com o isoporzinho cheio de insulina e a bolsa cheia de fitinhas, lancetas e agulhas!!!! E sem esperar muito então... 


Ô setembro feliz!!!!!



Conheça as canetas para aplicação de insulina

Durante decadas após a descoberta da insulina, as pessoas com diabetes tinham que injetar a insulina usando seringas e frascos, um processo que muitos achavam complicado e indiscreto. Hoje, enquanto frascos e seringas ainda são utilizados, as insulinas também estão disponíveis em formas para aplicação com canetas.

Estas foram desenvolvidas com o objetivo de facilitar a aplicação de insulina, acabando com o estigma frasco–seringa, substituindo-o por uma forma discreta, prática e muito confortável para o paciente com diabetes, que passaram a ter um estilo de vida normal, acabando com o constrangimento e com a inconveniência na hora da aplicação, contribuindo também com o transporte.

Existem dois tipos de canetas no mercado: as descartáveis e as reutilizáveis, também conhecidas como  permanentes, atualmente ambas são muito utilizadas. Elas são constituídas de um cartucho ou refil de insulina e necessitam de agulhas próprias para canetas, que são trocadas a cada aplicação. A seleção da insulina se da pela rotação do botão possuindo um visor para a verificação da quantidade  que se deseja aplicar.

Os refis de insulina ou as canetas descartáveis vem com 3ml, ou seja, 300UI (unidade internacional). Esses refis quando abertos têm a validade de 30 dias podendo ficar em temperatura ambiente. Os refis de insulina e as canetas descartáveis quando ainda fechados devem ser mantidos em geladeira, na parte superior da gaveta de frutas. Não se deve colocá-los na porta, pois com o abrir e fechar constantes, há uma variação de temperatura muito grande podendo causar alterações na sua composição e eficácia. Devemos também evitar as prateleiras próximas do congelador para não corrermos o risco de congelar a insulina, que não deverá mais ser usada, caso isso aconteça.
A escolha da caneta vai depender da insulina que você toma. Existem 3 fabricantes de insulinas no Brasil (Novo Nordisk, Lilly e Sanofi Aventis), e cada fabricante possui sua própria caneta para uso somente com as suas insulinas.
Uma coisa a considerar quando se escolhe uma caneta de insulina é qual a dose você necessita tomar e com qual precisão você deve alterar sua dose. As canetas podem administrar doses em intervalos de meia unidade, uma ou duas unidades, com doses máximas variando de 21 a 80 unidades. As crianças que tomam insulina antes das refeições, por exemplo, podem precisar de uma caneta que permite a administração em incrementos de meia unidade, enquanto alguém que toma uma injeção diária de insulina basal (de ação prolongada) pode usar uma caneta para incrementos maiores (de 2 em 2 Unidades).
Abaixo identificamos as canetas e as insulinas conforme o laboratório fabricante:




Fabricante: Lilly
O laboratório Lilly somente possui a caneta reutilizável ou permanente.
A caneta Humapen Luxura é graduada de 1 em 1 UI, com capacidade máxima por aplicação de 60UI, é compatível com os refis das insulinas Humulin N (NPH), Humulin R (Regular), Humulin 70/30 (NPH/Regular), Humalog (Lispro), Humalog Mix 25 (Lispro) e Humalog Mix 50 (Lispro).




Fabricante: Novo Nordisk

O laboratório Novo Nordisk possui as canetas Novopen 3 e Novopen 3 Demi que são permanentes e a caneta Flexpen, esta última descartável.
As canetas Novopen 3 (Prata/Preto), graduada de 1 em 1 UI e capacidade máxima por aplicação de 70UI  e Novopen 3 Demi (Azul/Llaranja) graduada de 0,5 em 0,5 UI e capacidade máxima por aplicação de 35UI, são compatíveis com os refis das insulinas Novolin N (NPH), Novolin R (Regular), Novomix 30 (Asparte), Levemir (Detemir) e Novorapid (Asparte).
As canetas Flexpen (Descartáveis) encontram-se pré- carregadas com as insulinas Levemir (Caneta na cor verde), Novomix 30 (Caneta na cor azul) e Novorapid (Caneta na cor laranja). Estas são graduadas de 1 em 1 UI com capacidade máxima por aplicação de 60 UI.




Fabricante: Sanofi-Aventis
O laboratório Sanofi-Aventis possui 2 tipos de insulinas a Lantus (Glargina) e a Apidra (Glulisina), tanto em canetas descartáveis (Solostar) quanto em refil, para uso com a caneta Reutilizável (Autopen 24).
A caneta autopen Azul é graduada de 2 em 2UI com capacidade máxima por aplicação de 42UI. Utilizada para o refil da insulina Lantus.
A Caneta Autopen Verde é graduada de 1 em 1UI com capacidade máxima por aplicação de 21UI. Utilizada para o refil da insulina Apidra.


A caneta Solostar é a caneta descartável utilizada para insulina Lantus (caneta cinza) e insulina Apidra (caneta azul). Estas são graduadas de 1 em 1 UI com capacidade máxima por aplicação de 80 UI.

Fonte : Farmácia Doce Vida - http://www.farmaciadiabetes.com.br/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Galinha Pintadinha 2

Ontem Julia ganhou do Pai o DVD da Galinha Pintadinha 2 e ela adorou!!!!
Ficou maravilhada por a bonequinha do DVD se chamar Júlia!!!!
"A canoa virou, ou deixaram ela virar, foi por causa da Júlia que não soube remar. Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar, eu tirava a Júlia do fundo do mar..."
Achei lindo!!!!
Ela ouviu ontem a noite 3 vezes !!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hipoglicemia Severa - Post da Nicole

Como Julia tem Hipoglicemias assintomáticas (ver mais nesse post), ela nunca convulsionou, graças a Deus! Porém, sempre fiquei com essa duvida na cabeça: " E se acontecer?? O que eu faço??" e principalmente: "Quais as conseqüências pós crise???"

Sabia como acudir na emergência, lógico!! É enfiar glicose "goela abaixo", como sempre faço em casos de Hipo, principalmente esfregando mel em no interior de sua bochecha e embaixo de sua língua que são os locais de melhor absorção do corpo. E em um caso mais extremo, temos em nossa geladeira, um glucagon!!!! Mas nunca precisamos usar!!!

Então resolvi pedir ajuda a minha Amiga Nicole, mãe da Vivi, que fez uma resposta bem legal e essa sua resposta acabou se transformando em um post em seu blog Minha filha Diabética...

Aí está o post:

A Carolina, mãe da Jujuba me mandou uma mensagem com perguntas sobre Hipo, que a resposta que eu dei acabou virando esse post, e eu nem consegui responder direito porque nunca usei o GLUCAGON… E eu também tenho essas dúvidas. Alguém consegue respondê-las?
Nicole, deixa tirar uma duvida com vc…


Júlia nunca entrou em convulsão por Hipo (e espero que assim fique), mas me parece que sua filha já fez convulsão não foi???
Como vc reagiu na hora??? o que vc fez??? Usou glucagon??? E pós convulsão??? Quanto tempo demorou para voltar???? Precisou de ajuda médica??? A glicemia depois estourou??? Quanto tempo levou para a glicemia voltar à normalidade???
Um beijo!!!!! 

Minha resposta foi:
Olha só o perigo, Carol… eu não tenho o glucagon…


Nesses dois anos nunca consegui comprar e acabei usando o mel mesmo.
Na verdade, a Vi não chegou a ter a convulsão propriamente dita, ela desligou do planeta e tinha espasmos com gritos, parecem calafrios fortes.
A primeira, estava com 39, eu não imaginava que aquilo era uma hipo, todo mundo dizia que a pessoa ficava grogue, esquisita, mas minha filha gritava MUITO, espeneava, olho arregalado, e não me respondia, foi de manhã, no café da manhã..
Eu estava sozinha, sentei com ela no sofa, deixei ela bem sentadinha pra colocar o mel na boca e ela não engasgar. Meu coração tava saindo pela boca e eu achando que a menina ia morrer no meu colo. O maxilar tava travado aberto, então o mel escorria pra fora, tive que fechar a boca dela com a mão e deixar o mel lá até que ele fizesse efeito, e ela tendo os espasmos (tipo calafrio).
Nesse meio tempo, meu irmão que estava dormindo acordou com os berros e veio me xingar rsrsrs e viu o que tava rolando, foi coisa de 3, 4 minutos acho, e ele ligou o carro pra gente ir pro hospital porque eu nao sabia o que tava rolando, imaginava ser hipo, mas não sabia se ia demorar, o que ia acontecer, 1 minuto dentro do carro, ela apagada no meu colo, de repente, foi como ligar o botão de uma boneca, ela voltou, como se nada tivesse acontecido. Voltamos pra casa, nem fui pro hospital e liguei pro medico, que disse que é assim mesmo, e não adianta ir pro hospital, tem que tratar a hipo logo em casa e esperar passar. Quase morri.
Então eu não sei como é o uso do glucagon, ja ouvi sim que a glicemia estoura, que a pessoa passa o dia com gosto ruim na boca, meio esquisita.
A segunda vez que ela teve foi dormindo, eu voei do beliche pra baixo pq eu ja conheço o gritinho, ela tava de barriga pra baixo com a cabeça do travesseiro, quase sem respirar. Ai eu ja sabia o que era, o coração acelerado de novo, mas tem que resolver, não pode amarelar, foi o tempo de pegar o mel meu pai entrou no quarto (moro com meus pais), ele é medico, sentou na cama com ela no colo pra evitar se debater mto, mas tinha só os espasmos também, e segurou ela e eu fui colocando o mel de novo com cuidado pra ela nao engolir e engasgar, pq eles perdem a noção, não ouvem, não veem, não respondem, apagam praticamente, mas não é que apagam tipo desmaio, não, fica com o olho arregalado, gritando, mas inconsciente….(minha filha fica assim, com outros pode ser diferente)
Foi f***…
Isso tudo durou em média 5 minutos. Não da nem tempo de falar com médico, hospital, nada. E nem adianta, tem que acudir, se esperar muito é pior.
A gente fica mais de uma semana PODRE, um caco, brava com Deus, pensando na vida, na morte, considerando a posibilidade de um dia perder um filho, horrivel…. e é uma sensação que vira e mexe volta, toda vez que tem uma hipo pintando…
Espero que nunca aconteça com vocês. Na primeira ela ainda usava NPH, depois disso mudei de médico e passei a ir no Dr. Luis Eduardo, a segunda, foi logo que trocamos pra levemir e estavamos ajustando a dose, e ela tinha muita hiper no começo, nesse dia foi de 450 pra 70 em 30 minutos, e aí ela teve essa hipo com 70, na verdade eu só medi depois que ela voltou, porueq na hora o importante é fazer sair da hipo, não da tempo de medir….
Um beijo….

E agora, depois desse filme de terror que já assisti duas vezes, meus pais, e irmãos, também, como é que alguém aceita de boa ficar com ela pra eu passar a noite fora, ou viajar num final de semana? Como é que eu consigo deíxá-la sozinha com o pai por um final de semana, por exemplo. Será que se isso acontecer, as pessoas saberão o que fazer?

E algumas de nossas amigas ainda comentaram:

Debora - Oi Nicole,A respeito do Glucagen simplismente nao encontro para comprar…conversei com a medica a respeito, segundo ela realmente é dificil e caro, e o prazo de validade é muito curto, estou tentando uma outra alternativa (spray de glicose- estou lendo a respeito parece ser de absorção rapida , alguem ja usou??
Dani Yumi - É Nicole, a coisa é feia mesmo… A pessoa que vai socorrer tem que ter sangue frio, porque a coisa é muito rápida. Tem colocar açúcar pra dentro de qualquer maneira e o mais rápido que puder. Mas é difícil, pois como já relatado por vc, a hipo transforma a pessoa. Eu fico asim como a Vivi, não desmaio, mas fico muito estranha. Segundo meu marido, fico com os olhos arregalados, resisto a ingerir glicose, fico desnorteada, meu corpo fica todo suado, não falo coisa com coisa… Um verdadeiro horror. No começo ele brigava comigo por eu brigar pra não ingeir glicose nessa hora. Mas depois vimos que era assim mesmo, que é um sintoma da hipo… Agora ele nem tenta conversar comigo quando isso acontece, já vai logo abrindo a minha boca pra colocar coisa doce… Mas é sempre bom ter o glucagon sim pra essa horas desesperadoras… 
Sarah rubia - Só de imaginar a cena me dá arrepios, isso nunca aconteceu por aqui e espero que continue assim por muito tempo. Na farma delivery http://www.farmadelivery.com.br/ tem por um valor acessivel porém requer receita medica.
Eu particularmente não sei se sozinha conseguiria administrar pelo que vocês descrevem. Beijinhos
Nicole - Sarah… na hora a gente arruma força não sei de onde., As vezes acho qe Deus nos usa como intrumento mesmo pra agir. Pq depois que passa, a gente vira caco. Perna bamba, coração acelerado, choradeira… Tomara q não aconteça, mas se acontecer, tenho certeza q a primeira coisa q vc fará vai ser correr pra acudir!!!!

E eu ainda complementei: 

Nicole querida, obrigada pela resposta!!!!!
Fiquei realmente besta de Vivi ter hipoglicemias sintomáticas com 70!!! Isso para a Júlia é uma glicemia ótima!!!! Mas como vc deve ter medido pós crise, já devia ter subido não é???
Para ver como cada organismo é um organismo diferente….
Julia com 39 (como na primeira crise de Vivi) está brincando normalmente… Alias ela vira e mexe tem glicemias abaixo de 40… Morro de medo disso, pois apesar de ela não ter sintomas, nem convulsões, é perigoso da mesma forma… Ou até mais pois fica muito mais difícil de perceber…
Júlia já teve até “Low” que se não me engano é abaixo de 20… Quase enlouqueci!!! E o pior que ela não demonstrou sintoma nenhum!!!!
É fogo!!!!!!!
Temos o glucagon em casa para casos como este, porém, perdeu a validade no mês passado e não estamos achando nenhum com uma validade boa para comprarmos… Até achamos um em recife, mas a validade era para novembro….
Tenho a acrescentar uma coisa muito importante que uso sempre com Julia quando ela está abaixo de 40… Eu não coloco simplesmente o mel em sua boca… Eu Coloco o mel na boca de Julia e em meu dedo e esfrego rápido na parte interna de sua bochecha e principalmente embaixo da língua que são as áreas de melhor absorção do corpo… Assim a glicemia sobe bem mais rápido….
Um beijo e obrigada mais uma vez!


domingo, 26 de setembro de 2010

Pula Macaco

Hoje fui com Julia, meus pais, irmãos e sobrinhos almoçar em um shopping aqui de Maceió e passeando por uma loja de brinquedos ela se agarrou em um jogo que a muito tempo queria comprar para ela e não tinha tido oportunidade - O "Pula macaco" da Estrela. 
Como já tinha dado um joguinho de baralho para ela, fiquei sem querer comprar o tal do Pula macaco... Mas ela estava tãaaaao empolgada com o joguinho na mão , que não resisti... Comprei!
Ela logo se agarrou com a sacola da loja com o jogo dentro e no caminho de volta do shopping passou todo falando em como ele era legal  e que cor de macaco ela seria e que cor eu seria e planejou ate onde íamos jogar quando chegássemos em casa...
Depois de mais de meia hora (esse shopping é bem longe) chegamos em casa e ela foi correndo abrir o jogo para montar....
Quando finalmente conseguiu abrir a caixa que era toda lacrada com adesivos, Ela tirou a arvore, pegou os adesivos coloridos para colar nos macacos e ..... Nada de Macacos!!!! Os macacos do Pula macaco não estavam na caixa!!! Ou seja, Nada de jogo!!!!!
Foi péssimo ver a carinha dela de decepção... Se o shopping fosse um pouco mais perto, juro que iria lá na loja trocar... Mas... Amanhã verei o que faço com ele.... 
O grande resultado foi que ela ficou Emburrada por conta disso pelo resto do dia!!!! Não posso reclamar, pois acho que eu também ficaria!!!!!
Agora me digam, Que controle de qualidade é esse da Estrela que deixa uma falta dessa passar???? E quem responde pela decepção de minha filhota???? A minha paciência, é lógico!!!!!!

Identificação de Diabetes para Júlia

Há poucos dias estava lendo na internet uma reportagem sobre um acidente de carro envolvendo uma criança e seus pais em uma estrada no sul, onde, apesar dos pais terem morrido na hora, a criança foi resgatada com vida por pessoas que passavam e levada ao hospital em estado grave... Uma situação trágica, mas que ninguém está livre de passar... 

Todas as vezes que leio reportagens como essa, volto a me perguntar e a questionar, qual seria a melhor forma de identificação de Diabetes para a Júlia... A forma mais visível e que em uma emergência seja facilmente identificado que ela tem diabetes... 

Temos um símbolo mundial (o circulo azul) que poucos, sem contar com o publico diabético e seus agregados, sabe o que significa... Então qual a melhor forma de fazer isso, principalmente em uma criança??? 

Hoje uso na Julia uma pulseirinha de ouro, tipo aquelas de chapinha, onde está escrito: “sou diabética”, mas não sei se seria eficiente num caso como esse... Qual o médico que com uma criança chegando numa emergência, vai ler o que está escrito na pulseirinha dela??? Pouco provável não é??? 

Pensei já em colocar aquelas correntinhas que estão usando hj com o nome da pessoa desenhada no próprio ouro, mas só que trocaria o nome dela pela palavra Diabetes, mas acho que acabaria rotulando a minha filhota de “ A diabética” e isso é o que menos quero nessa situação. Pensei também em colocar uma corrente de ouro com um pingente gravado, mas talvez seja o mesmo que a pulseira... Ficaria escondido.... Não sei.... 

A verdade é que ainda não cheguei a um consenso sobre isso..... Alguma opinião?????

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Acompanhamento Psicológico

Estava no Twitter antes de ontem e um dos links colocados pelo portal Diabetes foi a matéria que postei a pouco: "O diabetes no contexto familiar". Achei super interessante e separei para colocar aqui no blog assim que tivesse um tempinho. Aí me deparei com um post muito legal da minha amiga Nicole, do blog Minha filha diabética, refletindo exatamente sobre esse mesmo texto... E tudo isso me fez voltar a pensar numa coisa que sempre achei necessário, mas que também sempre termino adiando os planos toda vez em que penso nisso... A Terapia!!!

Sempre gostei de fazer terapia. Acho que é um modo forçado que você tem para refletir sobre você mesma e sobre sua vida, coisas que no tempo cada vez mais corrido que temos hoje, fica super difícil de fazermos... Eu fiz durante alguns anos a um tempo atrás antes até de casar, e após a descoberta do Diabetes em nossas vidas, voltei a fazer, e precisei lógico, de um acompanhamento mais intensificado e profundo... Fui acompanhada por um excelente psicoterapeuta, que me fez entender que eu podia ter desprendimento suficiente para enfrentar tudo o que fosse necessário sem sufocar minha filha de cuidados como também tinha que ter um pouquinho de egoísmo para viver a minha própria vida, se não nem vivia bem eu nem ela... Em resumo, me fez entender que tudo na vida, para ser saudável, tem que ter um ponto de equilíbrio.

Até o meio deste ano, achávamos Julia muito novinha para ter acompanhamento psicológico... Apesar de 3 anos de diabetes, ela tem apenas 4 anos de idade… Ela, pra falar a verdade, ate a pouco não tinha muita noção do que acontecia com ela, e apesar de todas as conversas e explicações, ela só sabia que “era assim e pronto”….
Mas de um tempo para cá ela está amadurecendo e começando a entender o porque de tudo… Vendo como as coisas funcionam… E portanto estamos começando a ver necessidade de um acompanhamento psicológico para que as coisas na cabecinha dela não desandem … E nada como um bom especialista para isso… 

Acho também que isso tem que ser algo em família... Não adianta ela estar bem resolvida se nós, como cuidadores e responsáveis, não estivermos, e vice-versa.

Já estou fazendo minhas pesquisas e me programando para começar a terapia da Júlia (ou a nossa) agora no começo do próximo ano… Acho realmente Essencial!!! E faz toda a diferença!!!!!!



O Diabetes no Contexto Familiar

O desenvolvimento da psicologia, da sociologia, da medicina preventiva, entre outras, salientou a relevância do homem ser visto de forma holística, isto é: corpo, mente e emoções — formando uma unidade. O ser humano passou a ser interpretado e compreendido como um todo, inserido num contexto ambiental que o influencia diretamente. Daí a importância das atitudes familiares como representante fundamental do ambiente em que se desenvolve uma criança.

A primeira aprendizagem social da criança ocorre em casa e as experiências iniciais com a família, sobretudo os elos com a mãe, que são antecedentes decisivos para as relações posteriores.

Identificando-se com os pais, as crianças adquirem muito dos seus modos de pensar e sentir. Além disso, como os pais são representantes de sua cultura, a identificação fornece a elas habilidades, atitudes, motivos, ideais, valores, tabus e princípios morais.

Durante o processo de amadurecimento, a criança continua a identificar-se com seus pais e adquire, cada vez mais, as características dos mesmos. No entanto, ela vai descobrindo novos modelos de identificação como, por exemplo, colegas, professores, profissionais de saúde, figuras públicas, etc — ampliando seu mundo social.

É sabido que, tanto no momento do diagnóstico, quanto no decorrer do tratamento, os sentimentos dos pais frente ao diabetes irão desempenhar importante papel nas reações da criança com a doença. Isto quer dizer que as atitudes familiares irão influenciar de maneira direta e decisiva no comportamento da aceitação, ou não, do diabetes pelo jovem.

A família vive intensos ajustes emocionais, situação que ativa os sentimentos de ambivalência, gerando angústia e culpabilidade, o que resulta em uma atitude freqüente de excessiva permissividade para com a criança, o que eventualmente poderá ser explorada por ela para manipular situações em seu benefício.

Os pais superprotetores que se mostram demasiadamente preocupados com o bem estar do filho, fechando-o em casa, impedindo-o de exercer as atividades naturais de sua idade, representam, também, a expressão indireta de sentimento de culpa e ansiedade, podendo acarretar em prejuízo para o desenvolvimento normal da criança, gerando ansiedade, medo e insegurança no jovem, o que contribui para a formação de uma personalidade passivo-dependente.

Adotar uma atitude de controle perfeccionista frente ao diabetes do filho poderá acarretar na criança um comportamento obsessivo-compulsivo ou, pelo contrário, de rebeldia contra os planos terapêuticos que envolvem o adequado tratamento do diabetes.

Existe, ainda, famílias que negam o diabetes a ponto de se recusarem a contar que o filho é portador. A atitude de rejeição ao diabetes gera, muitas vezes, o descuido com a criança, o desinteresse pelo tratamento, criando um ambiente no qual o jovem se sente rejeitado, inferiorizado — resultando em comportamentos de revolta e fracasso em relação ao tratamento.

Parece que tanto para os pais, como para a criança, faz mais sentido ver que o diabetes não desequilibrou a estrutura familiar, mas, sim, pôde permitir que a família se adaptasse gradualmente.

Concluímos, portanto, que a posição dos pais em relação ao diabetes do filho irá desenvolver semelhante postura, seja de aceitação ou não aceitação. Assim, podemos observar que o diabetes é mais bem aceito e melhor controlado por crianças e adolescentes cujos pais desenvolveram uma conduta positiva em relação à rotina imposta pelo tratamento, pois souberam lidar com o sentimento de culpa e administraram de forma real suas ansiedades.

Cabe aos pais se mostrarem compreensivos, ajudando seus filhos a resolver as dificuldades que vão surgindo, com naturalidade, sem transformar o diabetes em um “bicho de sete cabeças” e, logo que possível, ir transferindo para a criança a responsabilidade pelo seu tratamento, facilitando, desta forma, o processo de independência inerente a todo ser humano.

Rosana Manchon
Psicóloga Clinica com experiência de 21 anos em Diabetes.
Membro do Conselho Consultivo da ADJ - Associação de Diabetes Juvenil.
Pós-Graduação em Psicologia Aplicada à Nutrição.
Especialização em atendimento ao adolescente.

Fonte: http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=5880

domingo, 19 de setembro de 2010

Mais uma Viagenzinha com nossa Jujuba!

Neste feriadão (aqui em Alagoas, quinta foi feriado), fomos até Caruaru com meus pais e irmãos... 
Adoramos ir até Caruaru!!! Estamos por lá pelo menos umas duas vezes por ano!!!! Não se tem muito o que fazer, mas adoramos mesmo assim... Aliás, que cidade não é boa quando a família está junta não é mesmo?!?!
Adoro de verdade viajar com minha família, seja para onde for... Apesar de achar que nada substitui  a minha casa, o meu travesseiro, a minha caminha e o estar rodeada por minhas coisinhas... Não existe comodidade maior que essa!!!!!
Sempre que pensamos em viagens, pensamos em diversão e descanso, mas nas minhas pelo menos, na maioria das vezes, tenho apenas a diversão, pois volto ainda mais cansada do que fui!!!!
A rotina da Júlia não tira férias!!!! E como não temos o “apoio” estruturado que temos em casa, as coisas não se tornam muito fáceis... Mas nada que tire nosso prazer em fazê-la feliz e fazê-la conhecer lugares diferentes e se divertir muuuuito!!!!

Algumas observações que vale a pena colocar aqui sobre nossa rotina em viagens:
- Não podemos dormir até tarde, pois temos que dar a insulina Basal de 6 da manhã ...  Até tentamos atrasa-la alguns dias mas enlouquece o restante de suas glicemias durante o dia... Na verdade acho que terminamos perdendo a referência, e consequentemente o controle...
Amor incondicional!!!!
- Temos que tomar café da manhã cedo pois ela não aguenta passar muito tempo sem comer após a insulina basal (principalmente se acordar dentro da meta) ou damos “um leitinho” para ela aguentar esperar, porém a glicemia acaba estourando um pouco... coisa que se resolve com uma ultra-rápidazinha, lógico, mas que foge do ideal para ela....
- Temos sempre que andar para onde formos com uma mochila com alguns itens inseparáveis: a bolsinha de glicemia, um potinho com 3 tipos de biscoito, uma garrafinha de água, protetores de assento sanitário(ótimos na hora do sufoco de banheiros), lenços humedecidos e um nescauzinho light para caso de emergência hipoglicêmica...
- Temos que estar sempre atentos à hora... Não podemos nunca “esquecer do tempo”... As  Horas de refeição têm que ser muito bem monitoradas para que não resulte em hipo...
- Para podermos ir a tudo que é lugar que queremos, e para passar o tempo que queremos sem Julia se chatear ou reclamar de cansaço, estamos sempre levando conosco  um carrinho daqueles “guarda chuva”... É um saco andar com ele pra todo canto, mas é um ótimo artifício para evitar o “braço” e as paradas para descansar... Em shopping então... é uma maravilha!!! Serve até de apoio de sacolas!!!!
farrinha na piscina do hotel
- Os almoços e jantares em shoppings são sempre melhores pela variedade de opções... Descobri que não é tão fácil assim achar arroz e feijão (comida quase q indispensável no almoço de Júlia) por aí... Parece um absurdo, mas é assim que acontece....
- Bom, acho que o principal é que apesar de todas as restrições, sempre tentamos aproveitar muito... Tentamos controla-la da melhor forma possível, sem limitar seus programas e suas vontades (contanto que não sejam absurdas) ... Nos utilizamos muito da ultrarrápida e de conversas... Quando a viagem acaba tudo sempre volta para os eixos!!!!!
E de volta em casa... Continua-se a rotina...
Beijos, 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novas tecnologias - Novo aparelho Bayer e Accu-chek Smart Pix

Mantenha históricos da sua taxa de glicose

Controle sua Diabetes com o Bayer’s Contour USB MeterMais uma invenção que traz mais facilidade para a vida de pacientes, sendo que dessa vez a ajuda vai para os portadores da Diabetes.


Visando facilitar a rotina dessas pessoas que tem que medir frequentemente sua taxa de glicose controlando com aquele aparelhinho que fura o dedo e pega a gota de sangue, a Bayer fabricou o Contour USB Meter.




O aparelho além de ser um medidor de glicose normal, tem também entrada USB que ao ser conectada ao pc, envia todos os dados de glicose do paciente para o pc, tornando mais rápido e preciso o controle da doença.
 O resultado do teste pode ser visível na tela OLED do aparelho e fica registrado para futuro uso, podendo acumular até 2 mil resultados.
Foi adicionado também a função de marcar se o teste foi antes ou depois das refeições.
Ainda não chegou ao mercado, mas caso queira ficar a par das novidades, visite o site
Fonte: www.portaldiabetes.com.br



Bom pessoal,
No fundo, no fundo este aparelho que a  Bayer está lançando, fazendo uma comparação, nada mais é do que o glicosímetro da accu-chek + o Accu-chek smart pix, com a vantagem de ser um único aparelho com USB conjugada (no smart pix passa-se os resultados do glicorímetro para o aparelho através de infra vermelho). Para quem já usa o Smart pix para ler e analisar resultados de glicemias de seu glicosimetro Accu-chek, não é novidade nenhuma.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lindo Texto - Esperamos Demais


Gente,
Recebi este texto hoje e achei lindo! Compartilho com vcs!!!!
Não quero Esperar Demais para fazer aquilo que gosto e que me faz feliz e para mostrar aos que amo o quanto que eu os amo!!!!!!


Esperamos Demais
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã. 
Enquanto comentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.
Esperamos demais para ser pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos. Quem sabe quão logo será tarde demais?
Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito expandir nossa alma.
Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Animal em casa pode ser terapêutico

Olá pessoal!!!!

Achei interessante essa entrevista no site Diabetes nós cuidamos e resolvi postar pra vocês...
Acho uma pena realmente que Júlia não goste de nenhum tipo de animal... Não sei se é porque eu também sou um pouco aversa a eles e termino passando isso para ela, mas o fato é: Ela só gosta de ver bichinhos a alguns metros de distância dela.... Ou pela Televisão, claro!






Entrevista com a psicóloga Regina Niglio, da ADJ
Criar um animalzinho na infância pode ser uma forma agradável de aprender a ter responsabilidade, dedicar amor a outro ser e ter paciência. Cuidar de um bicho pode, também, ser uma ótima terapia para crianças com diabetes, que em função de sua condição precisam ter cuidado e responsabilidade consigo mesmas. A opinião é da psicóloga Regina Niglio, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ). Para ela, passada a primeira fase de adaptação após o diagnóstico e depois que a criança aprendeu os cuidados que deve tomar em função do diabetes, a família já pode pensar na alternativa de ter um bichinho.

Animais domésticos oferecerem companhia, diversão e, até mesmo, a possibilidade de praticar uma atividade física, quando têm de ser levados a passeio. Entretanto, a decisão de criar um bichinho tem de ser tomada com muito cuidado e deve ser considerada pela família toda, já que um novo ser dentro de casa vai afetar a vida de todos igualmente. “Pegar um animal para criar e depois ter de dá-lo ou devolvê-lo pode ser pior do que não adotar o bicho, porque aí a criança vai ter de conviver adicionalmente com a perda”, adverte Regina.
Alguns aspectos precisam ser avaliados e discutidos por todos previamente, como verificar se a casa tem espaço suficiente para abrigar o animal de forma adequada, sem causar transtornos à família; se há condições financeiras para a alimentação, idas a veterinário, vacinações e medicamentos eventualmente necessários; se não há pessoas alérgicas na família.
Outra questão importante é relativa a quem vai cuidar do novo morador. Se for um cachorro, por exemplo, quem vai passear com ele; se for um peixe, a quem caberá limpar o aquário e assim por diante. Se essas tarefas forem designadas para a criança que vai ganhar o bichinho, desde que ela já tenha idade para a função, é bom discutir primeiro com ela o horário em que essas tarefas terão de ser cumpridas e de que atividades ela poderá ter de abrir mão para atender ao compromisso.
Se com essas questões analisadas a família se decidir favoravelmente à adoção de um animal, o passo seguinte é definir-se por qual tipo de bicho adotar. Aqui o que conta são as preferências da família e, principalmente, da criança que será presenteada. Vale pedir ajuda a um veterinário, principalmente se a escolha recair sobre os cães: a definição da raça deve ser feita levando em conta o temperamento da criança, o espaço disponível, a necessidade de treinamento para o cão e outros fatores da personalidade e do dia-a-dia da família.
“Quando a decisão considera todos esses fatores, criar um animal doméstico pode ajudar muito a criança diabética a melhorar seu senso de responsabilidade e perceber que o mesmo cuidado que ele dedica ao bicho deve ser dedicado a si mesmo, tornando mais fácil sua adesão ao tratamento, ou seja, aos cuidados alimentares e com o acompanhamento de sua glicemia”, afirma Regina.

Fonte: www.diabetesnoscuidamos.com.br


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Hipoglicemia assintomática

Uma de nossas grandes preocupações no quadro de Diabetes da Júlia é o fato de ela não apresentar sintomas quando está com hipoglicemia. 

Isso sempre foi um grande problema em nossas vidas e em nossa paz... 

Por várias vezes ela estava com a glicemia na casa dos 30-40 e continuava correndo, brincando e rindo como se nada estivesse acontecendo. 

Se prestarmos muita atenção, realmente se percebe um suor intenso e uma certa impaciência, mas nada que “qualquer pessoa” identifique com facilidade. Até os mais acostumados, que estão com ela no dia a dia se passam às vezes... 

Por causa disso, temos sempre que ficar monitorando a sua glicemia com o glicosímetro, e acabamos “furando o seu dedo” um pouco mais do que o esperado (ou necessário). Normalmente monitoramos cerca de 4 a 5 vezes ao dia , mas tem dia que chegamos a 7 ou 8... É aquela história: às vezes é melhor prevenir do que remediar... 
Sachês de mel

Sempre temos a mão o nosso ítem emergência: sachês de mel de abelha... Em todo canto de nosso dia a dia tem um sachêzinho de mel... Em todos os cômodos da casa, nos carros, nas casas dos avós, casa de praia, escola, dentro das bolsas, e principalmente dentro da inseparável bolsinha das insulinas (vou fazer um post depois só sobre ela) que vai com Julia para onde quer que ela vá...

No caso de hipoglicemias mais brandas, ou seja entre 50 e 60, não costumamos usar o mel... Damos apenas uma comidinha e tudo se resolve... 

Glucagon Injetável
Temos também em casa para uma emergência ainda maior, como o caso de perda de consciência e desmaio, uma ampola de Glucagon. O kit contem uma seringa com água destilada e uma ampola de glucagon em pó, que misturamos e injetamos da mesma forma que fazemos com a insulina. Sempre que viajamos, principalmente para lugar de difícil acesso como fazendas, casas de praia e etc., levamos este kit junto... Espero de todo coração que nunca precisemos usa-lo!!!! 

De um tempo para cá as coisas tem mudado um pouco... Acho que porque ela está crescendo e as coisas vão ficando “mais claras” para o organismo, ela começou a identificar a hipoglicemia (abaixo de 40-45) com a expressão “estou cansada”, aliada a um estado geral de irritação, teimosia ou choro sem motivo...  Hoje quando ela me diz: "Mainha, estou cansada!" meus cabelos já se arrepiam!!! É hipo na certa!!!!


Espero que com o tempo as coisas fiquem mais fáceis, pois os sustos que já levamos por causa da ausência dos sintomas da hipoglicemia, não tem coração de pai e mãe que aguente por muito tempo. E olhe que quase todo dia se tem uma!!!!!
Beijos em todos


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Colocar ou não a bomba de Insulina???? Eis a questão!!!

Desde o diagnóstico que cogitamos a possibilidade de colocar a bomba de infusão de insulina na Júlia. Susana Chen, a médica dela é a favor do uso da bomba, porém nos deixa muito a vontade para fazermos o que acharmos melhor... 

No início quando ela tinha um pouco mais de 1 ano, estávamos esperando só que o "susto inicial" passasse um pouco para tentarmos colocar essa idéia em prática... Com quase 2 anos, fomos a Recife para uma consulta com uma endocrino-pediatra, uma das melhores do brasil em bomba de insulina para crianças... Ela tem pacientes com poucos meses de vida que ja usam bomba... Ela nos explicou tudo direitinho e nos expôs os prós e os contras da bomba e na época achamos os contras maiores que as vantagens que ela traria...

Logo depois fomos a São Paulo, e fomos a uma consulta com Dr. Eduardo Calliari que passou a acompanhar o tratamento da Julia junto com Susana, e ele achou Júlia ainda nova para pôr a bomba, apesar de que, disse que não havia qualquer impedimento para colocarmos...

Basicamente ficamos com dois grandes medos:
- O 1º foi a fixação do cateter- Achamos ela muito nova para ter a responsabilidade de não tirar aquele cateter de forma alguma... E isso muitas vezes acontece sem querer... Ela bate , ou algum amiguinho bate sem querer no fio e o cateter sai do corpo sem ninguém perceber...Ela acabou de fazer 4 anos, ainda não tem tanto senso de responsabilidade assim...
- O 2º foi o receio do “Essa terapia é possível para crianças se os pais estiverem aptos a prestar assistência contínua.” . A Bomba seria ótima para ela mas a “dependência” fica muito maior... A função de “cuidador” que nós temos passa a ter uma responsabilidade e uma disposição de tempo muito maior...  Na idade de Júlia, acho que precisaríamos estar atentos a bomba as 24 horas do dia...

Uns 6 meses após o diagnóstico da Júlia tinha deixado de trabalhar para cuidar apenas dela, mas terminou que eu enlouqueci com isso e terminei enlouquecendo Júlia também... Não deu!!! Então aos poucos fui voltando a trabalhar e consegui hoje ter um meio termo entre trabalhar e ser "cuidadora” da Júlia. Talvez, a mudança no tratamento nos fizesse voltar a estaca zero de adaptação, mas nada que não nos acostumássemos logo, logo...

Acho que acabamos nos acomodando um pouco com o tratamento, pois este, mesmo com as picadas mais frequentes, e com os chororôs de todas as "abelhinhas" (como chamamos a insulina) dadas, termina se tornando também bastante eficiente se bem distribuído e executado... Lógico que nada comparado ao controle com bomba, afinal de contar a dose mínima que injetamos com a caneta é 0,5UI, enquanto com a bomba é de 0,1UI...

Enfim, estamos esperando que ela cresça só mais um pouquinho para colocarmos a bomba... Estava pensando em uns 6 anos de idade...  acho que é uma idade boa para isso... E vai chegar rapidinho, rapidinho!!!!

Beijos da Mãe da Jujuba

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Júlia e as aplicações de Insulina

Caneta de insulina Novopen 3 Demi

Júlia desde o início, nunca teve uma boa reação às aplicações de insulina, principalmente à insulina Basal (inicialmente com a Lantus e atualmente com a Levemir)...
Agulha Bd Ultrafine III de 5mm
Apesar de usarmos nela a menor agulha de todas que é a de 5mm da BD e a caneta de insulina que á considerada uma das melhores de todas, que é a Novopen 3 Demi, da Novonordisk,  ela sempre reage a todas as aplicações com muito choro e reclamações.
Ultimamente temos notado que tem piorado bastante em suas reações... Ela tem dado verdadeiros escânda-los...
Na aplicação de 6 horas da manhã, tentamos sempre pegar ela ainda dormindo para evitar estresse... Quase sempre conseguimos... Mas na de 6 horas da noite,  não tem jeito,  sempre tem choros e muito gritos...
Todos os dias conversamos muito com ela sobre isso, explicando que não fazemos aquilo porque queremos, mas sim porque ela precisa para que ela não fique dodói, e sempre explicando o porquê e o que acontece se não dermos a insulina naquele momento... Mas, não tem conversa que dê jeito... Já tentamos de todas as formas.
Muitas vezes ela sabe que está chegando a hora de tomar e fica enrolando (desde desta idade e já tão espertinha), fugindo, inventando coisas para fazer só para adiar o quanto ela pode a aplicação.
Mas tanto eu como Marcos, somos muito Caxias (alias temos que ser) e não abrimos a guarda de forma alguma!!! A hora da insulina e das refeições são horas sagradas para nós e buscamos sempre seguir a risca os horários...
Sempre a impressão que tenho é que não é a picada da agulha que incomoda ela, mas sim a entrada da insulina no corpo... Ela não sabe dizer ainda com precisão, mas me parece arder um bocado!!!  Muitas vezes fica até uma mancha vermelha circulando o lugar da aplicação, principalmente quando ela toma a Levemir.
A novorapid que é a insulina de ação ultra rápida (usamos nela só quando necessário, dependendo de suas glicemias e de quanto de CHO ela comeu na refeição) ela quase não reclama... Não sei se é porque não arde tanto quanto a outra ou se porque a quantidade é sempre menor...
Quando estamos fora de casa ela até que se comporta mais... Será que a reação de casa pode ser manha e drama??? Ou ela na rua sente vergonha de chorar apesar de estar sentindo dor??? Queria poder aplicar em mim alguma vez só para sentir a sensação que Júlia sente... É difícil você combater uma reação sem saber o porquê dela, sem saber os verdadeiros motivos que levam ela a dar tanto escânda-lo para tomar insulina...

Outra coisa importante que tenho que destacar é o local da aplicação...
Temos sempre que ficar fazendo rodízio entre os lugares que aplicamos (braços, pernas, barriga e glúteo), mas muitas vezes ficamos sem muita alternativa.
Sabemos, de acordo com a reação dela, que os lugares que menos dói nela são as laterais dos braços e principalmente o bumbum...
Ela não deixa de forma nenhuma nós aplicarmos na barriga com ela acordada, por isso a barriga é nosso local preferido para a primeira insulina do dia que é justamente a que aplicamos com ela ainda dormindo.
 Os braços deixamos para as ultra rápidas, principalmente quando estamos fora de casa pois é super fácil de aplicar....
A aplicação na perna, evitamos muitas vezes por conta da absorção da insulina que não é boa na Júlia. Ela já teve algumas hiperglicemias por conta de aplicações na perna, principalmente da basal. É o local que menos gostamos de aplicar e que é mais difícil de prever o que vai acontecer...
Passamos a aplicar também nas gordurinhas laterais da barriga dela, os famosos pneuzinhos, e estamos tendo muito sucesso, tanto com a absorção como na reação dela à aplicação.

Espero que quando ela crescer um pouco mais as coisas melhorem e ela passe a reagir melhor às aplicações... Nosso coração agradece e acho que nossos vizinhos também, pois todos do prédio devem se assustar com o escanda-lo diário das aplicações. 

Abraços em todos,
A mãe da Jujuba

sábado, 4 de setembro de 2010

Tia Susana Chen

Tinha prometido um tópico só para falar de Susana, a endócrino-pediatra que acompanha Júlia desde sempre...

Susana entrou em nossas vidas de um jeito muito especial. Na noite de natal do fim de ano mais tumultuado de nossas vidas, 3 dias após a descoberta o diagnóstico de Júlia.

Engraçado que não sabia quem era ela e nem ela sabia que nós éramos... Ainda assim ela foi muito dócil e gentil ao telefone comigo mesmo sendo 8 horas da noite de 25 de dezembro... Disse que viajaria de volta para o Rio de Janeiro nessa noite, mas que fossemos para lá que ela nos atenderia em sua casa... Só por esse gesto já se mostrou muito mais humana e diferente que muitos outros médicos que vemos por aí...

Assim fizemos... Chegamos lá perto de 10 da noite...

Que felicidade, quando ela abriu o portão de casa e vimos aquela carinha tão conhecida dos nossos tempos de colégio... Alívio imediato da tensão de “como será ela?”... Continuamos sentindo a mesma sensação de “estar em casa” de quando estávamos ao lado de Jamile (que diagnosticou ela 3 dias antes). Mas precisávamos de uma especialista em Criança - uma Endócrino-pediatra... Susana Caiu como uma luva em nossas vidas!!!!

Ouviu a situação, se posicionou diante de tudo, e a partir daquele momento começou a nos “colocar no colo” e a nos guiar tranquilamente nos caminhos do Diabetes, e a nos mostrar que a “estrada” não é tão difícil como imaginávamos...

Somos fã de carteirinha de Susana!!!! Ela tem de sobra caráter, competência, paciência, atenção, e principalmente carinho pelo que faz e pelos que estão aos seus cuidados... Ela é muito mais que uma médica... É humana, é gente da gente... E se coloca sempre em nosso lugar, para tentar entender nossos sentimentos e hesitações...

Muito de nossa conduta como Pais e “Cuidadores “ tem um pouco dela e de sua conduta diante das situações e desafios impostos a ela...

Júlia é louca por ela e nós (eu e Marcos) nem se fala!!!!!

Para ela só temos elogios e agradecimentos!!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Amamentação X Diabetes

Pegando carona numa postagem do blog "Mamãe na Ponta Verde" de minha amiga Edméa Kummer...

Buchudinhas: amamentação X diabetes

Em trabalho publicado no The American Journal of Medicine, concluiu-se que independente da atividade física e do índice de massa corporal futuros, o risco de diabetes mellitus tipo 2 aumenta com as gestações a termo não seguidas de pelo menos um mês de amamentação.
A lactação já foi associada à melhoria no metabolismo da glicose. O presente estudo explorou a associação entre lactação e o risco de diabetes mellitus tipo 2 em uma população bem caracterizada de mulheres, com idades entre 40-78 anos, membros de uma organização na Califórnia e envolvidas no Reproductive Risk factors for Incontinence Study at Kaiser (RRISK), entre 2003 e 2008.
Após análises estatísticas e ajustes, os resultados mostraram que, das 2.233 mulheres estudadas, 1.828 foram mães e 56% delas amamentaram de maneira exclusiva por mais de um mês. O risco de diabetes tipo 2 entre as mulheres que amamentaram consistentemente todos os seus filhos por mais de um mês foi similar ao daquelas que nunca tiveram filhos. Diferente de mães que nunca amamentaram, que tem risco aumentado para desenvolver diabetes mellitus2 tipo 2.
As mães que nunca amamentaram exclusivamente os seus filhos têm maior risco de desenvolver esta patologia do que aquelas que amamentaram de maneira exclusiva por pelo menos um mês.
Concluiu-se que, independente da atividade física e do índice de massa corporal futuros, o risco da doença aumenta nas gestações a termo não seguidas de pelo menos um mês de amamentação exclusiva.

Fonte: The American Journal of Medicine, volume 123, de setembro de 2010