domingo, 20 de março de 2011

Bomba de insulina

Só hoje tive tempo para ver as postagens e vídeos de Nicole do Blog Minha filha Diabética sobre o passo a passo da colocação e adaptação da Vivi com esse novo desafio que as duas estão enfrentando - A bomba de insulina....
Achei genial dela de ter conseguido filmar todo o processo para poder postar no blog e ajudar tanta gente a conhecer e perder o "medo" dessa tecnologia maravilhosa!!!!
Nós aqui particularmente,  perdemos esse medo já a um tempo... A vontade de arriscar pelo "novo" ou seja, pela bomba, já nos ronda a meses e meses...
Vamos ver como as coisas vão andar daqui para o fim do ano, e veremos se arrumamos grana para colocar essa maravilhazinha digital que tenho certeza que refinará e muito o controle da nossa Jujubinha para que ela tenha uma qualidade de vida cada vez melhor....
Por enquanto ficamos daqui torcendo e aprendendo muito com o dia a dia e as experiências da Nicole e da Vivi...

Então para complementar, segue uma reportagem bem legal que retirei da Sabor e Vida Diabéticos...


O nome varia — bomba de insulina, sistema de infusão contínua de insulina (SIC) ou simplesmente bomba de infusão. A tecnologia, porém, é a mesma.
Por: Fabiana Grillo
A estudante de enfermagem Kátya Gomes Niglio, 19 anos, é diabética tipo 1 desde os 8 anos. Como todo portador da doença, ela precisou cedo recorrer às injeções diárias de insulina. Mas isso mudou. A menina cresceu e o tratamento ganhou novas ferramentas. “Há seis anos meu endocrinologista, por causa de constantes oscilações das taxas glicêmicas e dos quadros de hiperglicemias, sugeriu o uso da bomba de insulina e eu acatei”, lembra. Na prática, ela acabou trocando as picadas pela infusão contínua.
“O aparelho fica conectado ao meu corpo 24 horas por dia e não me preocupo mais em tomar insulina em horários específicos”, explica Kátya, que só desconecta a bomba para tomar banho ou dar um mergulho na piscina.
Ela aprovou. Diz que mantém a glicemia estável, tem mais liberdade em relação à alimentação e desfruta de mais qualidade de vida. Garante que não tem vergonha de mostrar a bomba presa na altura da cintura. “O incômodo maior ocorreu nas primeiras semanas para ajustar as doses de insulina. Fazia 15 pontas de dedo por dia para que o médico pudesse programar as doses de insulina. Hoje, faço apenas três testes por dia”.
O nome varia — bomba de insulina, sistema de infusão contínua de insulina (SIC) ou simplesmente bomba de infusão.
A tecnologia, porém, é a mesma.
No Brasil, o tratamento com as bombas de insulina ainda é utilizado por poucos, principalmente por causa dos altos custos. Mas os dois principais fabricantes do aparelho estão investindo no país e, em 2007, esperam ampliar sua carteira de usuários. Em novembro de 2006, a Roche lançou o Accu-Chek Spirit que tem como diferencial ser à prova d’água. E, no início deste ano, a Medtronic disponibilizará ao consumidor brasileiro a bomba de insulina MiniMed Paradigm Real-Time, que terá um sistema de medição de glicemia acoplado à bomba, ou seja, ela transmitirá as leituras de glicose a cada cinco minutos.
Embora esteja disponível no Brasil desde a década de 1980, a tecnologia ainda gera dúvidas em vários portadores de diabetes. Muitos apenas ouviram falar dela. Para esclarecer o assunto, o endocrinologista João Roberto de Sá, coordenador do ambulatório de Diabetes e Transplantes do Centro de Diabetes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e assistente-doutor da disciplina de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina, responde às principais dúvidas sobre a infusão contínua:

O que é a bomba de insulina?
É um dispositivo de infusão contínua de insulina que fica conectado no tecido subcutâneo do paciente por meio de um cateter que deve ser trocado a cada três dias para evitar infecções.
Trata-se de um sistema de alta precisão, que tem o tamanho de um telefone celular e realiza a administração tanto da insulina basal (ininterruptamente durante todo o dia) como da bolus (que é enviada na hora das refeições). O método mimetiza as múltiplas aplicações de insulina que são necessárias no tratamento intensivo.

Como funciona o dispositivo?
A bomba tem a capacidade de infundir insulina em velocidades diferentes. Ou seja, permite que a terapia basal/bolus seja realizada de maneira eficaz sem as inúmeras aplicações de insulina necessárias no tratamento do portador de diabetes que depende deste hormônio. Entretanto, não devemos criar expectativas exageradas em relação à sua utilização. Não é qualquer um que pode usar essa terapia. Na seleção os médicos precisam ser criteriosos, inclusive em relação aos aspectos psicológicos.
Os indivíduos devem estar altamente motivados para que bons resultados sejam alcançados. Eles têm que ter em mente que a terapia com bomba não eliminará a necessidade da automonitorização glicêmica.

A bomba é indicada para quem?
Para pacientes instáveis (com variações consideráveis da glicemia e em terapia de múltiplas doses); pacientes com hiperglicemia matinal de difícil controle (fenômeno do alvorecer); gestantes diabéticas; pacientes com horários e atividades variáveis (turnos de trabalho, fuso horário etc.); crianças com diabetes; e pacientes com eventual indicação de transplante de pâncreas. Em geral são portadores do diabetes tipo 1.

Quais as contra-indicações?
Para utilizar a bomba, não basta querer. Em primeiro lugar, é fundamental que o indivíduo tenha um bom conhecimento sobre diabetes. Depois, ele deve estar familiarizado com o tratamento insulínico intensivo que pressupõe automonitorização freqüente. Aprender a fazer a contagem de carboidrato é outro ponto essencial. Esses fatores propiciarão ao usuário tomar decisões rápidas que implicarão nas mudanças da velocidade de infusão, melhora do controle glicêmico e aumento da qualidade de vida.

Quem programa a bomba?
A programação da bomba deve ser feita pelo médico que acompanha o tratamento em conjunto com o seu paciente. No primeiro mês, o médico vai identificar os horários médios de oscilação da glicemia para programar o aparelho de forma personalizada. A velocidade de infusão, por exemplo, é baseada no déficit de insulina e/ou na resistência ao hormônio que cada um tem, variando de acordo com o tempo, o tipo de diabetes, a aderência à dieta e o exercício físico. Com o tempo, o usuário deve desenvolver habilidade para mexer no aparelho e ter um pouco mais de independência em relação ao médico.

Quais as vantagens da tecnologia?
As principais vantagens são: melhora da qualidade de vida, diminuição da ocorrência de hipoglicemia, mais segurança para pacientes com estilo de vida agitado (horários de trabalho diferentes), ou que viajam muito e têm que se adaptar a outro fuso horário, maior liberdade na dieta alimentar e diminuição do número de picadas para insulinoterapia. Isso não significa que os resultados glicêmicos sejam superiores. A variação dos níveis de hemoglobina glicosilada de um usuário da bomba de insulina em relação a um diabético bem orientado que faz terapia intensiva com insulina corretamente é inferior a 1%.

E as desvantagens?
A principal desvantagem é o custo alto tanto da bomba como dos insumos mensais. Outro ponto é o excesso de expectativa, em geral decorrente da falta de informação, que pode levar o paciente a desistir do tratamento. Há ainda o aspecto estético que se confunde, às vezes, com a falta de praticidade. É possível que a pessoa se sinta incomodada por andar com um aparelho pendurado na cintura o dia inteiro.

Quanto se gasta com essa terapia?
No Brasil, os custos são muito altos. O equipamento varia de R$ 7.000,00 a R$ 13.000,00, enquanto que a manutenção mensal com insumos e insulina varia de R$ 700,00 a R$ 1.000,00. No entanto, existem as bombas refabricadas a partir de equipamentos de geração anterior que retornam à fabrica para atualização de software, hardware etc. Depois disso, elas recebem um novo registro, voltam a ter todas as garantias, recebem autorização de comercialização das autoridades de saúde e chegam ao consumidor com preço de compra menor. No Brasil, aproximadamente 1.300 pacientes usam bomba.

A bomba requer acompanhamento médico?
Apesar da bomba ser um eficiente método de controle do diabetes, ela não é a solução definitiva. O paciente apenas deixa de aplicar a insulina várias vezes ao dia, mas continua fazendo o teste de ponta de dedo diariamente, dieta alimentar e visitas ao médico periodicamente.
Quais produtos estão disponíveis?
O desenvolvimento tecnológico das bombas de infusão, desde o início de sua utilização em 1978, é realmente impressionante. Alguns modelos já estão acoplados a alarmes para detectar hipoglicemia ou hiperglicemia. Em breve, teremos no mercado bombas que estão interligadas a medidores contínuos de glicose intersticial que apresentam ótima correlação com os resultados obtidos pelo método da glicemia capilar ou “ponta de dedo”. Ou seja, um sistema inteligente integrará as informações dos valores da glicose do interstício e enviará ordens para a bomba regularizar a velocidade de infusão de insulina.
Outra novidade será o aparelho à prova d’água, que permitirá às pessoas dar um mergulho ou tomar banho sem precisar desconectar a bomba.
fonte: http://www.editoralua.com.br/portallua/saborevida/Artigo.aspx?id=101

3 comentários:

  1. oie Carol desculpa desaparecer !Mais tive motivos fortes !!!Bem a vida aqui voltando aos eixos ... aos pouquinhos creio que logo poderei visitar todos os blogs que eu gosto!
    Inclusive ver tb esse video da VIVI ... eu uso bomba desde que completei um ano de vida doce ,e posso dizer que e mesmo maravilhosa aki ela se chama INSURIN POMPU ... mais claro a minha tem seu nome particular ... batizei de POMPITA e axu ki vc connhece ... espero ki vcs conseguim acesso a bomba se precisar de alguma coisa me fala !Como vcs estao pensando em fazer ? eu nao tive tempo de ver o blog da Nic e como ela conseguiu a bomba a minha e pelo meu seguro saude popular ... e super baratinho aqui ela custa 300 mil ienes ,eu nao comprei segundo a minha medica nao compensa porke assim ki a tecnologia avanca eles trocam a minha bomba ,e tem suporte tecnico incluso ... entao comprar no meu caso ia ser meio ki jogar dinheiro fora ,e fikar com a bomba obsoleta e ter ki pagar por suporte tecnico ... entao fikei com a alugada mesmo ki ja e inclusa no pacotao de menina doce * meus exames mensais ,trocas da bomba ,pontas e chips pra o meu glicosimetro que tb nao e meu rsrsrs ... algodao ,caneta ,nutri ,A1c mensal .
    bjim e boa sorte !!!

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  2. Ah, lindona, obrigada pelo post !!!
    A informação DEVE ser espalhada pra que mais pessoas saibam do que se trata e percam o medo de tentar!

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  3. Julinha, na hora que vc colocar a bomba, sua vida será outra, é 1000 ! Não deixe de procura ajuda para ser uma usuária

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