quinta-feira, 31 de março de 2011

DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO PELO AUTISMO - 02 de abril


Em crianças, o autismo é mais comum do que AIDS, diabetes e câncer juntos! Estima-se que 2 milhões de brasileiros são acometidos pela síndrome do autismo.
Muitos ainda sem diagnósticos. Alguns não falam, Outros falam, mas tem dificuldade de se expressar. Seja uma voz para o autismo!
O WWAD estabeleceu a cor azul para representar a conscientização pelo autismo. Participe deste movimento mundial.

Você pode:
• Vestir Azul nos dias 1 e 2 de Abril e incentivar seus familiares e amigos de trabalho facão o mesmo.
• Promover nas escolas de seus filhos uma campanha para a aceitação da diversidade e pedir que a escola vista azul na sexta dia 01/04.
• Ilumine seu estabelecimento comercial usando lâmpadas azuis e peçam as funcionários pqra que se vistam de azul;
• Coloque só produtos nas vitrines das suas lojas de cor azul;
Seja uma voz para o autismo!
Mas de 70 milhões de pessoas no mundo agradecem.

Mais informação, menos preconceito. Passe essa idéia adiante.

World Autism Awareness Day


Bullyng.... Será que acontecerá com Júlia??????

Hoje recebi um link no Facebook que achei muito interessante compartilhar aqui no blog.... Falava sobre o Bullyng e na importância de instruirmos os nossos filhos para que essa prática não ocorra nas escolas (e no dia a dia)....
Dizia o seguinte:
INSTRUAM SEUS FILHOS... A menina que você chama de gorda, passa dias sem comer para perder peso. O menino que você chama de burro, quem sabe tenha problemas de aprendizagem. A menina que você acabou de chamar de feia passa horas arrumando-se para que pessoas como você a aceitem. O menino que você provoca e goza na escola, pode receber maus tratos em casa e você só estará contribuindo para destruir sua auto-estima. Se você é contra o BULLYING (violência psicológica) e quiser… Compartilhe!
Mas afinal de contas, O que é Bullyng????
O termo bullying é de origem inglesa é utilizado para descrever atos de violência moral ou física entre estudantes. “Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na autoestima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.”(DREYER,Diogo. 2003, p.13) 


Nunca aconteceu nada relacionado a isso com a Júlia (pelo menos não que eu saiba, ou não que ELA tenha notado), mas nunca tinha parado para pensar o quanto as crianças que tem uma situação especial com a Jujuba estão sujeitas a isso....
Talvez porque na minha época de escola (a cerca de 20 anos) isso se chamava realmente "brincadeira" ou "apelido".... 
E quanto Bullyng inconsciente nós praticávamos naquela época!!!!!! Aff!!! Agora que me dei conta disso!!!!
A gordinha era Bujão, ou rolha de poço, o que usava óculos era "4 ôio" , os que tinham olho grande chamávamos de "bigoião".... rsrsrsrsrsrs...... E isso não era o fim do mundo!!!!! Mas parece que hj isso tomou uma proporção muito maior e passou realmente a incomodar mais as crianças e adolescentes!!!! 

Criança realmente às vezes são cruéis..... Olha só esse depoimento que achei sobre Diabetes e Bullyng:
“Logo que descobri que tinha diabetes, me abri com meus amigos e alguns professores. Mas uma menina popular também ficou sabendo e resolveu usar isso contra mim. Começou pela internet, fazendo um perfil no Orkut chamado A Garota Doente com várias fotos minhas. Ela me humilhava, falava que ninguém poderia sair comigo porque ia passar vergonha, já que eu não poderia comer nada. Com isso, as pessoas se afastaram de mim, não me chamavam mais para nada. Fiquei péssima! O pesadelo só acabou quando o caso chegou a diretoria e eles fizeram a tal garota me pedir desculpas na frente de todos sob ameaça de ser expulsa.” Ana Catarina, 16 anos, São Paulo (Depoimento retirado do blog Todos contra o bullying) 
É!!!! Me Liguei agora que realmente Julia é um alvo fácil ... Sei que vai ser fácil de acontecer.... Não sei quando, nem em que intensidade, mas acho que em algum momento de sua vida isso vai acontecer.... E sei também que precisamos preparar ela e sua cabecinha para saber lidar sem grandes problemas com a situação....

E paro para me questionar.....
- Será por conta disso que tantas pessoas diabética escondem sua condição dos outros???? Já vi por ai muitos adolescentes e Pais que preferem omitir que são diabéticos....
- Quem sabe não pode ser por conta disso que as pessoas tem medo de usar a bomba (já que ela fica aparente 24 horas, diferente da caneta) e abrem mão de um tratamento e um controle muito melhor... Afinal, o que os olhos não veem o coração não sente....
- Como perceber que isso está acontecendo??? Se Julia estiver bem preparada sei que ela mesmo falará.... Mas como prepará-la para isso?????
- Ate que ponto o conhecimento e informação evita que os "ignorantes" pratiquem bullyng no caso dos diabéticos????

Acho realmente que a melhor forma e tentarmos que isso não ocorra com nossos filhos é ser bem aberta (como costumamos ser) em relação à condição de Julia, sempre, sempre informando e fazendo com que todos que estão em sua volta participem do processo... Pelo menos assim evitamos que as pessoas que mais convivem, que são os amiguinhos de sala, possam vir a tirar alguma brincadeira relacionado a isso.....
No caso da Julia, as amiguinhas de turma já entendem (assim como ela) o porquê que ela tira a glicemia e o porquê que ela precisa da insulina ... Engraçado é que todos querem sempre ajudar e participar do processo...
Uma grande amiguinha de Julia, A Lis,  essa semana disse uma coisa que achei lindo demais (relatado pela mãe dela)... "A jujuba é um doce de criança... Até o sangue dela é docinho...." , como se dissesse: Ela é tão meiga que até o sangue dela entrou na onda.... Hehehehehehe....
Hoje mesmo, outra grande amiguinha dela, A Luana,  que estava aqui em casa me pediu: "Tia Lina, posso dar "abelhinha" na Jujuba hoje? " e ainda chegou pra ela e disse: "Se você ficar quietinha Juju, não vai doer...". Julia na hora deitou no sofá e disse  "Aplica então desse lado do Bumbum Lua!!!" Lógico que eu prontamente preparei a caneta e Luana aplicou a insulina na Júlia .... E Julia ainda disse "Nem doeu viu Lua!!!"
É educar informando!!!!! Elas vão crescer assim....... Vai ser normalissimo!!!! Mas nós pais, temos um papel fundamental nisso!!!! E com os amiguinhos de Jujuba, só tenho a agradecer a seus pais por estar sempre explicando e mostrando a eles que Julia é uma criança como qualquer uma outra..........

Júlia, Lis e Luana no Passeio ciclistico da escola...


domingo, 27 de março de 2011

Tratamento do diabetes Tipo 1 sem insulina. Um futuro que pode estar bem próximo

 
A descoberta de um novo hormônio pode mudar a forma de tratar o diabetes tipo 1, ao excluir a insulina, de acordo com uma pesquisa realizada na Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

A pesquisa mostrou que outro hormônio, chamado de fator de crescimento fibroblástico 19 (FGF19), tem características semelhante à insulina, além do seu papel na síntese dos ácidos biliares.

Ao contrário da insulina, no entanto, o FGF19 não causa excesso de glicose que pode se transformar em gordura, sugerindo que sua ativação possa levar a novos tratamentos para o diabetes ou obesidade, como explica David Mangelsdorf, presidente de Farmacologia da Universidade do Texas.

A descoberta fundamental é que há um caminho que existe e que é necessário para o corpo, após uma refeição, para armazenar glicose no fígado e síntese de proteína da unidade. Esse caminho é independente da insulina.

O crescimento fibroblástico controla o metabolismo dos nutrientes que são liberados pela absorção dos ácidos biliares no intestino delgado. Estes, por sua vez, produzidos pelo fígado, quebram as gorduras no corpo.

Com isso, Mangelsdorf e o coautor do estudo Steven Kliewer, esperam colaborar com novos tratamentos para o diabetes fora da terapêutica com insulina. O tratamento padrão para o diabetes tipo 1 envolve tomar insulina várias vezes ao dia para metabolizar o açúcar no sangue.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores estudaram ratos que não tinham o hormônio FGF15 - equivalente ao hormônio FGF19.

Esses ratos, depois de comer, não poderiam manter adequadamente as concentrações de glicose no sangue e quantidades normais de glicogênio hepático. O glicogênio é uma forma de armazenamento de glicose encontrado principalmente no tecido hepático e muscular. Portanto foram injetados neles uma quantidade de FGF19 para avaliar seus efeitos sobre o metabolismo no fígado. Como resposta, o hormônio restabeleceu os níveis de glicogênio nos ratos. E quando administrado em ratos diabéticos, o FGF19 também corrigiu a perda de glicogênio.

Fonte: R7

Recupere-se das perdas

Não fique remoendo descontentamento, se estudou e não passou; se esperava e não veio; se não esperava e veio; se saiu e não encontrou; se apostou e não ganhou. 

As perdas são naturais. 

Todos perdem algo, como o posto, o dinheiro, os amigos, os familiares e até o próprio corpo. Então, não se desespere. Não corra atrás do que perdeu mesmo. 

As únicas coisas atrás das quais você deve ir, se as perdeu, são a esperança, a paz, a fé, a alegria, o amor - a sua evolução. 

Compreenda isso... 

Tudo passa, mas a elevação da mente e do coração permanece para sempre.

Fonte: Portal Diabetes

quarta-feira, 23 de março de 2011

Auto-monitoramento da glicemia: Utilização da primeira ou da segunda gota de sangue

Susana, Endócrino da Jujuba, nos mandou um e-mail com esse artigo que ela leu e achou interessante compartilhar conosco... Compartilho com vocês também....

Há concordância geral a respeito do uso da primeira ou da segunda gota de sangue à monitorização da glicose. Pesquisadores publicaram, recentemente, no Diabetes Care, um estudo em que investigaram se as concentrações de glicose capilar, medidas na primeira e na segunda gota de sangue, diferiram > 10%, comparadas à concentração controle de glicose em diferentes situações.
 
As concentrações de glicose capilar foram medidas em duas gotas consecutivas de sangue em diferentes circunstâncias em 123 pacientes com diabetes: sem lavar as mãos, após expor as mãos a frutas, após lavar as mãos expostas a frutas e durante a aplicação de diferentes quantidades de pressão externa em volta do dedo. Os resultados foram comparados com medidas de controle.
 
Não lavar as mãos levou à diferença da concentração de glicose > 10% entre a primeira e a segunda gota de sangue em 11% e 4% dos participantes, respectivamente. Em dedos expostos a frutas, estas diferenças foram encontradas em 88% e 11% dos participantes, respectivamente. Diferentes pressões externas levaram a diferenças > 10% nas concentrações de glicose em 5 – 13% dos participantes.
 
Os pesquisadores recomendaram lavar as mãos com água e sabão, secá-las e utilizar a primeira gota de sangue para a auto-monitorização da glicemia. Se não for possível lavar as mãos e se elas não estiverem visivelmente sujas ou expostas a produtos açucarados, é aceitável utilizar a segunda gota de sangue após limpá-la da primeira gota. A pressão externa pode levar a leituras não confiáveis.

Nós procuramos sempre não "apertar" o dedo da jujuba para que a gota de sangue saia, mas sim, furar de tal jeito para que ela saia expontâneamente.... Também estamos evitando ao máximo o uso do álcool... Só usamos quando não tem onde ela lavar as mãos antes de monitorar...

Procurei na internet e achei a fonte do artigo.....
http://www.farmaciadiabetes.com.br/2011/03/22/auto-monitoramento-da-glicemia-utilizacao-da-primeira-ou-da-segunda-gota-de-sangue/

terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Diabetes e Oftalmologia

Essa semana, no Portal Alagoas Web estava lendo uma reportagem sobre a importância de se fazer um acompanhamento oftalmológico desde pequenininho... Achei o tema super interessante pois para uma criança diabética esse acompanhamento desde o inicio é muito importante...
Volta as aulas, você já levou seu filho a uma consulta ao oftalmologista? 

Problemas visuais podem afetar o aprendizado

O ideal é que toda criança da partir de 3 anos, mesmo sem sintomas, passe por um exame oftalmológico.
Quando a criança é pequena geralmente ela não tem a noção exata do que seja uma visão perfeita, por isso talvez seja difícil fazer um diagnóstico, mas se você como mãe estiver atenta poderá perceber alguns pequenos sinais que indicarão que seu filho está com alguma dificuldade para enxergar como por exemplo: como dor de cabeça depois da aula, ficar muito próximo de livros ou da televisão, não conseguir ver algo que você aponta a certa distância e olhos irritados. Além disso o rendimento dele na escola pode cair e ele ter dificuldade e até mesmo não gostar de estudar.
A recomendação para crianças com diabetes é fazer esse acompanhamento após os 10 anos e de três a cinco anos após o diagnóstico, mas nós com Julia, estamos procurando fazer um acompanhamento anual...

Achei essa outra reportagem sobre os Cuidados especiais que devem ser observados pelos pacientes diabéticos que achei bem interessante também disponibilizar o link para vocês.



domingo, 20 de março de 2011

Bomba de insulina

Só hoje tive tempo para ver as postagens e vídeos de Nicole do Blog Minha filha Diabética sobre o passo a passo da colocação e adaptação da Vivi com esse novo desafio que as duas estão enfrentando - A bomba de insulina....
Achei genial dela de ter conseguido filmar todo o processo para poder postar no blog e ajudar tanta gente a conhecer e perder o "medo" dessa tecnologia maravilhosa!!!!
Nós aqui particularmente,  perdemos esse medo já a um tempo... A vontade de arriscar pelo "novo" ou seja, pela bomba, já nos ronda a meses e meses...
Vamos ver como as coisas vão andar daqui para o fim do ano, e veremos se arrumamos grana para colocar essa maravilhazinha digital que tenho certeza que refinará e muito o controle da nossa Jujubinha para que ela tenha uma qualidade de vida cada vez melhor....
Por enquanto ficamos daqui torcendo e aprendendo muito com o dia a dia e as experiências da Nicole e da Vivi...

Então para complementar, segue uma reportagem bem legal que retirei da Sabor e Vida Diabéticos...


O nome varia — bomba de insulina, sistema de infusão contínua de insulina (SIC) ou simplesmente bomba de infusão. A tecnologia, porém, é a mesma.
Por: Fabiana Grillo
A estudante de enfermagem Kátya Gomes Niglio, 19 anos, é diabética tipo 1 desde os 8 anos. Como todo portador da doença, ela precisou cedo recorrer às injeções diárias de insulina. Mas isso mudou. A menina cresceu e o tratamento ganhou novas ferramentas. “Há seis anos meu endocrinologista, por causa de constantes oscilações das taxas glicêmicas e dos quadros de hiperglicemias, sugeriu o uso da bomba de insulina e eu acatei”, lembra. Na prática, ela acabou trocando as picadas pela infusão contínua.
“O aparelho fica conectado ao meu corpo 24 horas por dia e não me preocupo mais em tomar insulina em horários específicos”, explica Kátya, que só desconecta a bomba para tomar banho ou dar um mergulho na piscina.
Ela aprovou. Diz que mantém a glicemia estável, tem mais liberdade em relação à alimentação e desfruta de mais qualidade de vida. Garante que não tem vergonha de mostrar a bomba presa na altura da cintura. “O incômodo maior ocorreu nas primeiras semanas para ajustar as doses de insulina. Fazia 15 pontas de dedo por dia para que o médico pudesse programar as doses de insulina. Hoje, faço apenas três testes por dia”.
O nome varia — bomba de insulina, sistema de infusão contínua de insulina (SIC) ou simplesmente bomba de infusão.
A tecnologia, porém, é a mesma.
No Brasil, o tratamento com as bombas de insulina ainda é utilizado por poucos, principalmente por causa dos altos custos. Mas os dois principais fabricantes do aparelho estão investindo no país e, em 2007, esperam ampliar sua carteira de usuários. Em novembro de 2006, a Roche lançou o Accu-Chek Spirit que tem como diferencial ser à prova d’água. E, no início deste ano, a Medtronic disponibilizará ao consumidor brasileiro a bomba de insulina MiniMed Paradigm Real-Time, que terá um sistema de medição de glicemia acoplado à bomba, ou seja, ela transmitirá as leituras de glicose a cada cinco minutos.
Embora esteja disponível no Brasil desde a década de 1980, a tecnologia ainda gera dúvidas em vários portadores de diabetes. Muitos apenas ouviram falar dela. Para esclarecer o assunto, o endocrinologista João Roberto de Sá, coordenador do ambulatório de Diabetes e Transplantes do Centro de Diabetes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e assistente-doutor da disciplina de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina, responde às principais dúvidas sobre a infusão contínua:

O que é a bomba de insulina?
É um dispositivo de infusão contínua de insulina que fica conectado no tecido subcutâneo do paciente por meio de um cateter que deve ser trocado a cada três dias para evitar infecções.
Trata-se de um sistema de alta precisão, que tem o tamanho de um telefone celular e realiza a administração tanto da insulina basal (ininterruptamente durante todo o dia) como da bolus (que é enviada na hora das refeições). O método mimetiza as múltiplas aplicações de insulina que são necessárias no tratamento intensivo.

Como funciona o dispositivo?
A bomba tem a capacidade de infundir insulina em velocidades diferentes. Ou seja, permite que a terapia basal/bolus seja realizada de maneira eficaz sem as inúmeras aplicações de insulina necessárias no tratamento do portador de diabetes que depende deste hormônio. Entretanto, não devemos criar expectativas exageradas em relação à sua utilização. Não é qualquer um que pode usar essa terapia. Na seleção os médicos precisam ser criteriosos, inclusive em relação aos aspectos psicológicos.
Os indivíduos devem estar altamente motivados para que bons resultados sejam alcançados. Eles têm que ter em mente que a terapia com bomba não eliminará a necessidade da automonitorização glicêmica.

A bomba é indicada para quem?
Para pacientes instáveis (com variações consideráveis da glicemia e em terapia de múltiplas doses); pacientes com hiperglicemia matinal de difícil controle (fenômeno do alvorecer); gestantes diabéticas; pacientes com horários e atividades variáveis (turnos de trabalho, fuso horário etc.); crianças com diabetes; e pacientes com eventual indicação de transplante de pâncreas. Em geral são portadores do diabetes tipo 1.

Quais as contra-indicações?
Para utilizar a bomba, não basta querer. Em primeiro lugar, é fundamental que o indivíduo tenha um bom conhecimento sobre diabetes. Depois, ele deve estar familiarizado com o tratamento insulínico intensivo que pressupõe automonitorização freqüente. Aprender a fazer a contagem de carboidrato é outro ponto essencial. Esses fatores propiciarão ao usuário tomar decisões rápidas que implicarão nas mudanças da velocidade de infusão, melhora do controle glicêmico e aumento da qualidade de vida.

Quem programa a bomba?
A programação da bomba deve ser feita pelo médico que acompanha o tratamento em conjunto com o seu paciente. No primeiro mês, o médico vai identificar os horários médios de oscilação da glicemia para programar o aparelho de forma personalizada. A velocidade de infusão, por exemplo, é baseada no déficit de insulina e/ou na resistência ao hormônio que cada um tem, variando de acordo com o tempo, o tipo de diabetes, a aderência à dieta e o exercício físico. Com o tempo, o usuário deve desenvolver habilidade para mexer no aparelho e ter um pouco mais de independência em relação ao médico.

Quais as vantagens da tecnologia?
As principais vantagens são: melhora da qualidade de vida, diminuição da ocorrência de hipoglicemia, mais segurança para pacientes com estilo de vida agitado (horários de trabalho diferentes), ou que viajam muito e têm que se adaptar a outro fuso horário, maior liberdade na dieta alimentar e diminuição do número de picadas para insulinoterapia. Isso não significa que os resultados glicêmicos sejam superiores. A variação dos níveis de hemoglobina glicosilada de um usuário da bomba de insulina em relação a um diabético bem orientado que faz terapia intensiva com insulina corretamente é inferior a 1%.

E as desvantagens?
A principal desvantagem é o custo alto tanto da bomba como dos insumos mensais. Outro ponto é o excesso de expectativa, em geral decorrente da falta de informação, que pode levar o paciente a desistir do tratamento. Há ainda o aspecto estético que se confunde, às vezes, com a falta de praticidade. É possível que a pessoa se sinta incomodada por andar com um aparelho pendurado na cintura o dia inteiro.

Quanto se gasta com essa terapia?
No Brasil, os custos são muito altos. O equipamento varia de R$ 7.000,00 a R$ 13.000,00, enquanto que a manutenção mensal com insumos e insulina varia de R$ 700,00 a R$ 1.000,00. No entanto, existem as bombas refabricadas a partir de equipamentos de geração anterior que retornam à fabrica para atualização de software, hardware etc. Depois disso, elas recebem um novo registro, voltam a ter todas as garantias, recebem autorização de comercialização das autoridades de saúde e chegam ao consumidor com preço de compra menor. No Brasil, aproximadamente 1.300 pacientes usam bomba.

A bomba requer acompanhamento médico?
Apesar da bomba ser um eficiente método de controle do diabetes, ela não é a solução definitiva. O paciente apenas deixa de aplicar a insulina várias vezes ao dia, mas continua fazendo o teste de ponta de dedo diariamente, dieta alimentar e visitas ao médico periodicamente.
Quais produtos estão disponíveis?
O desenvolvimento tecnológico das bombas de infusão, desde o início de sua utilização em 1978, é realmente impressionante. Alguns modelos já estão acoplados a alarmes para detectar hipoglicemia ou hiperglicemia. Em breve, teremos no mercado bombas que estão interligadas a medidores contínuos de glicose intersticial que apresentam ótima correlação com os resultados obtidos pelo método da glicemia capilar ou “ponta de dedo”. Ou seja, um sistema inteligente integrará as informações dos valores da glicose do interstício e enviará ordens para a bomba regularizar a velocidade de infusão de insulina.
Outra novidade será o aparelho à prova d’água, que permitirá às pessoas dar um mergulho ou tomar banho sem precisar desconectar a bomba.
fonte: http://www.editoralua.com.br/portallua/saborevida/Artigo.aspx?id=101

sábado, 19 de março de 2011

Coleção Comida que Cuida

Olá pessoal!!!
Desculpem a ausência desses dias, mas estive bem atolada de trabalho semana passada e não estava conseguindo tempo nem para acessar o blog....  Vamos ver se essa semana consigo normalizar as postagens.....

Vou começar com links para Downloads....
A empresa sanofi-aventis em 2006 lançou uma coleção bem interessante chamada Comida que cuida que veio em 3 livros: Um sobre Câncer, um sobre diabetes e outro sobre coração.
Este ano eles revisaram os livro que já estão disponiveis para Download.... Vale muito a pena baixá-los....
Aí estão os links: 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Volto próxima semana...

Pensem numa semaninha difícil essa!!! Parece que todas as coisas que estavam acumuladas desde o ano passado, as pessoas resolveram querer colocar em dia esta semana, e eu estou tendo que me virar em 20 para isso... Fora, casa, Jujuba,Maridão e tudo mais...
Por conta disso, meio que abandonei o blog essa semana... Não gosto de fazer isso, mas não tive muita escolha... Prometo tentar colocar as postagens em dia na semana que vem...
Beijo em todos!!!!!
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sábado, 12 de março de 2011

Testando postar no blog pelo celular...

Ganhei do meu amado paizinho (que por sua vez tinha ganho do meu amado irmãozinho, porém não soube usar...hehehe) mais um aliado para o blog e para a minha comunicação com todos... Um smartfone... Êbaaaaa!!!!! Agora posso postar de onde eu estiver, e na hora que tiver vontade.... E viva a liberdade de comunicação!!!!
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quinta-feira, 10 de março de 2011

É perfeitamente possível conviver com o Diabetes. Adaptar-se ao Diabetes exige uma Reeducação nos Abitos e Costumes.

A educação em diabetes é uma atividade vital para o controle da doença.

Hoje em dia a educação em diabetes vem sendo considerada uma das atividades vitais, uma vez que é através de um processo dinâmico e contínuo de aprendizado que poderá incorporar os conhecimentos de que precisa.
É importante salientar, no entanto, que a educação em diabetes não se limita a "ler um livrinho" ou assistir a uma palestra sobre o assunto. Ela requer um empenho total, não só para aprender cada vez mais, mas, principalmente, para praticar cada vez mais aquilo que aprendeu.


Outros fatores de sucesso no controle do diabetes

A motivação pessoal, a disciplina e a força de vontade são requisitos fundamentais para um bom controle do diabetes.
Afinal de contas, o diabetes bem controlado exige sacríficios por parte do paciente: ter que se alimentar em horários e quantidades previstas, ter que se exercitar, tomar injeções diárias ou comprimidos.
O apoio social e familiar, aliado a um bom equilíbrio emocional, cria condições favoráveis ao reforço de atitudes positivas em relação à doença. O estresse emocional pode ter consequências bastante negativas para o controle glicêmico.

Automonitorização: O Controle Domiciliar do Diabetes.

Quem tem diabetes precisa saber a quantas anda o controle de sua glicemia nas diversas horas do dia e durante todos os dias. Provavelmente, a maioria ainda só faz um exame de glicemia a cada seis meses ou um ano, quando visitam o médico para sua avaliação periódica.
É evidente que essa informação tem pouca ou nenhuma valia, uma vez que a glicemia se altera a cada minuto, sujeita a vários fatores e, assim, esse exame feito a cada seis ou 12 meses pouco diz sobre o estado real de controle do paciente. Hoje em dia, a moderna tecnologia já dispõe de mini-aparelhos portáteis e automatizados para permitir a realização da glicemia, pelo próprio paciente e com apenas uma pequena gota de sangue, com resultado a partir de 12 segundos. Com esse tipo de recurso disponível, o exame de sua glicemia pode ser feito em casa, na hora que precisar e sem dificuldade. Os resultados são precisos e confiáveis.

Automonitorização

É o nome dado a essa prática que permite a quem tem diabetes realizar em casa suas glicemias de controle.
Testes de glicose na urina também estão disponíveis para controle domiciliar e constituem uma prática bastante comum. Entretanto, os testes urinários de glicose apresentam várias limitações e, hoje em dia, estão perdendo sua popularidade para os testes sangüíneos (glicemia).

quarta-feira, 9 de março de 2011

Células tronco do cordão Umbilical


Coleta de células tronco do cordão umbilical do bebê desde o inicio deste ano está sendo feita em nossa cidade, Maceió...
Antes o preço era estratosférico.... Pelo menos no nascimento da Júia, ficava impossível de ser feito!!!
Na verdade acho que nunca pensamos no pior e que um dia realmente a nossa Jujuba iria precisar de algo assim... Resolvemos estão na época usar o dinheiro que usaríamos para isso em outras coisas para o enxoval dela... Mas a realidade foi diferente, e se tivéssemos colhido o seu sangue do cordão umbilical no seu nascimento, estaria hoje bem mais tranqüila, mesmo com a possibilidade de nunca usá-lo, só esperando as pesquisas avançarem....
É algo a se pensar para um próximo filho que eu venha a ter... No futuro, pode estar aí a solução para o diabetes da Jujuba... Quem sabe não é?!?!?!?!
No link acima está a reportagem da Tv Local sobre isso...

terça-feira, 8 de março de 2011

Feliz dia da Mulher doces guerreiras!!!!!

Ainda em tempo....


Feliz dia da mulher para minhas doces mães-amigas  que sempre se mostram guerreiras e dispostas a lutar por uma qualidade de vida melhor para seus filhotes,  para minhas amigas docinhos que estão sempre preocupadas com sua saúde  e  para as pequenas docinhos que desde tão novinhas se mostram até mais guerreiras que suas próprias mães!!!!!!!!
Parabéns pelo dia e pela força de todos os dia!!!!!

Nova amiga Maine....

Chegando antecipadamente do carnaval, me deparo com esse e-mail lindo em minha caixa de entrada...

Maine tem apenas 13 anos e olha a maturidade com a qual escreve....

Oi Carolina, muito prazer.
Eu tenho 13 anos e a 3 convivo com a diabetes tipo 1.
Fiquei muito emocionada em ver a trajetória da sua pequena Júlia e o seu esforço para ajuda-lá, sei que é de grande valor toda a sua dedicação. Parabéns pelo blog, através dele e da sua iniciativa você consegue ajudar muitas pessoas, pois a informação é algo muito importante para quem tem essa doença.
Eu por exemplo, encontrei aqui muitas coisas que eu não sabia e que a partir de agora vou colocar em pratica no meu dia a dia. A diabetes é um problema que não impede a pessoa de fazer coisas normais, porém exige-se atenções especiais, eu não me considero uma pessoa DOENTE.
Eu prefiro pensar assim: Eu sou uma menina normal, porém devo respeitar as minhas limitações. E assim eu vou vivendo, com essa correria: insulina 4 vezes ao dia, exames de glicemia capilar varias vezes ao dia, alimentação controlada,hipo e hiper glimecia, mas eu nunca desanimo, pois eu tenho a ajuda dos meus amigos, das minhas professoras, familiares, e acima de tudo, o apoio dos meus pais, que também não medem esforços para me ver feliz. Eu amo viver, isso basta. É dificil para mim e imagino então para a Julia, mas a gente aguenta.
 Que você, o seu marido, e a sua linda filhota saibam sempre superar os obstáculos da longa caminhada da vida, e que acima de tudo, a felicidade reine em seu lar. novamente, Parabéns, você é uma grande mulher, e a sua filha, uma doce jujuba diet hehehe.
A vida as vezes coloca em nossos caminhos ...muros, obstáculos, e barreiras... onde devemos lutar, tentar e finalmente conseguir vence-los. Então lute, e nunca desista dos seus sonhos e objetivos, um simples problema não é capaz de estragar a sua vida.
 Um grande abraço, e o meu muito obrigado!
Maine.


Ô maine, o prazer é todo nosso de ter um docinho como vc em nosso convívio!!!!! Obrigada pelo e-mail e por passar a fazer parte de nossas vidas!!!!!! Um beijão!!!! 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Cor, alegria e fantasia. Como preparar os pequenos para a grande folia

Na hora de procurar a fantasia mais adequada para a criançada, os pais não podem esquecer alguns cuidados básicos. Não basta escolher trajes alegres e brilhantes ou optar pelos personagens favoritos dos filhos. Segundo o presidente da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, Dr. Edson Liberal, a preocupação maior deve ser com o conforto e com a saúde dos pequenos. 

Segundo Edson Liberal, a primeira dica é pensar que em todo o Brasil está muito calor. Então, a recomendação é usar uma fantasia leve e que cubra uma menor parte possível do corpo. "Nada de fantasias pesadas. Se a criança veste uma roupa que cobre todo o corpo tende a transpirar mais, perder mais suor, e a possibilidade de desidratar com esse calor é muito grande", completa. 

Ou seja, vestidos e macacões de manga comprida não combinam com calor. A Preferência deve ser por vestimentas mais frescas. Por isso, o ideal é evitar tecidos sintéticos, que não permitam a pele "respirar", deixando a criança mais acalorada. Além disso, tecidos como lycra, nylon e cetim, tingidos com muita coloração, podem desencadear irritações na pele, que podem ser transformadas em feridas e machucados doloridos em curto prazo. 

O pediatra também destaca que é importante evitar maquiagens e pinturas que possam irritar e causar alergias nos pequenos. Os pais devem optar por maquiagem hipoalergênica ou pintura de rosto atóxica, apropriada para uso em crianças. Ao chegar em casa após a folia, a dica é hidratar bem a pele da criança após o banho, para evitar irritações. 

Na hora de escolher o calçado, a indicação são os tênis, as sandálias e os sapatos baixos ou até mesmo botinhas confortáveis, que dêem boa sustentação aos pés e evitem as desconfortáveis bolhas. 

E para a criança não se perder, a orientação é os pais colocarem uma identificação na fantasia com nome e telefones para contato. 



quinta-feira, 3 de março de 2011

Bom carnaval para todos!!!!!!!

Jujuba e seus coleguinhas hoje
sairam da escola assim!!! Linda!!!
Antibiótico terminado!!!! Finalmente!!! Já estava cansada de tantos medos de hipoglicemias!!! E isso num carnaval, ninguém merece!!!!!!!

A partir de amanhã, gradativamente voltaremos para a rotina de insulinização...  Iremos aumentar a insulina aos poucos, vendo como o organismo dela irá se comportar!!!!

Pena que esta "volta à rotina" coincidiu exatamente com uma saída total de rotina que é uma viagem de carnaval... Mas tudo se ajusta!!!!! O que importa realmente é viajarmos juntos, nos divertindo pra valer!!!!! O resto corremos (com muita monitorização) atrás!!!!!

Bom carnaval para toooodos!!!! 
Aproveitem bastante, mas nunca esquecendo que DIABETES NÃO TIRA FÉRIAS!!!!!!!!
Cuidem-se!!!!!!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Jujuba com Hipoglicemia

Já que na hora de uma hipoglicemia, toda "doce mamãe" parece ter o poder de voar, de ler pensamentos e de ter 10 mãos funcionando ao mesmo tempo, arrumei uma pra poder tirar uma fotinho da Jujuba numa hipo severa... 
Essa foi de sexta feira passada...  Na hora da foto, já tinha medido a glicemia (estava 37) e já estava no terceiro sachêzinho de mel na boca...... Em 15 minutos ela já estava nova.....

Só o Blog mesmo para me fazer ter vontade de tirar uma foto dessa...... Hehehehehe.... Tudo pela informação!!!!!

Detalhe para os sintomas: Ela esta bem "choroninha" e "suando em bicas"!!!!!


terça-feira, 1 de março de 2011

A consulta ideal

Hoje é dia de consulta com a endócrino-pediatra da Júlia... Vamos ver quais serão as novidades que a querida Tia Susana terá para Jujuba dessa vez....

A escolha do médico é algo muito pessoal e a opinião sempre muda de pessoa para pessoa...

Nós escolhemos muito bem a nossa companheira de luta, Susana e é dela que vem muito de nossas boas energias e forças...

Então achei essa reportagem bem interessante e compartilho com vocês....

Amanhã posto as novidades da consulta....

Existe coisa mais decepcionante do que sair do consultório médico com as mesmas ou mais dúvidas do que entrou? Ou pior ainda: deixar o consultório com a receita médica na mão e não entender por que precisa utilizar insulina ou qualquer outro medicamento? 
 Quando isso acontece, há algo errado na relação entre médico e paciente. É o que garante o cardiologista Protásio Lemos da Luz, diretor da Unidade de Aterosclerose do InCor-HC e autor do livro “Nem só de ciência se faz a cura” (Editora Atheneu). “O paciente só deve sair do consultório quando souber exatamente o que fazer e por quê”, ressalta. “No caso do diabético, é importante ouvir explicações detalhadas para dimensionar a seriedade das conseqüências associadas à doença e ter uma idéia bastante precisa de como se tratar para evitar estas complicações”.

A escolha
O primeiro passo para uma boa consulta é escolher criteriosamente o médico que irá atendê-lo. Segundo Protásio da Luz, a formação é a mais importante referência. “Especialidades e pós-graduação são títulos que dão credibilidade.
Essas informações são facilmente obtidas pela internet”, diz ele. Outra dica é confi ar no boca-a-boca. “As indicações de conhecidos são úteis, pois costumam ser fiéis e sinceras”.
Os critérios de escolha também valem para os que procuram o médico pelo livro do convênio. Se ele não agradar, o portador de diabetes pode e deve ouvir outro especialista do convênio até achar o mais adequado. “O mesmo procedimento serve para o SUS (Sistema Único de Saúde)”, garante Protásio da Luz.
A consulta
Pronto, escolhido o médico e marcada a consulta, chegou a hora de saber como se portar dentro do consultório.
“O paciente deve informar, corretamente, tudo o que o médico perguntar e eventualmente o que ele não perguntar”, enfatiza o cardiologista do InCor-HC. A consulta médica se baseia em grande parte no histórico familiar e nos sintomas do paciente, mas nem por isso as pessoas precisam se preocupar com termos técnicos. “Quem tem que saber termos técnicos é o médico, o paciente é leigo e deve se preocupar apenas em passar a informação completa e precisa”. Se o paciente se sentir mais seguro pode levar um roteiro com dados importantes do seu dia-a-dia, como variações de índices glicêmicos, ocorrência de cansaço, dores e tonturas, periodicidade de vezes que urina, detalhes da dieta alimentar e, principalmente, a freqüência e a intensidade dos exercícios.
Muitas vezes as pessoas levam um parente na consulta, o que não é nenhum problema desde que o acompanhante não atrapalhe a conversa entre o médico e o paciente. “Mais de um acompanhante só complica o atendimento e, às vezes, o paciente pode ficar inibido com muita gente”, ressalta o médico. No caso de crianças, em compensação, a presença dos pais é fundamental.
A linguagem
A consulta não deve ser um monólogo e sim uma troca de informações. É importante que o médico esclareça as dúvidas do paciente e use linguagem acessível ao leigo. O paciente pode e deve questionar o médico quando não entender algo. Ele só precisar tomar cuidado para não confiar em informações incorretas, muitas vezes divulgadas pela mídia, e nos mitos sobre a doença.
“Siga o tratamento recomendado pelo médico e, se a conduta sugerida pelo especialista não estiver dando os resultados esperados, ouça uma segunda opinião”, insiste Protásio.
Para ele, uma boa consulta demora, em geral, de 30 minutos a 1 hora. No entanto, no SUS e nos sistemas oferecidos pelos convênios nem sempre isso acontece. As consultas geralmente são bem mais rápidas porque as salas de espera estão lotadas e o paciente se sente inibido para perguntar.
Resultado: sai do consultório cheio de dúvidas. “Infelizmente essa é uma limitação do sistema de saúde pública e dos convênios. Uma maneira de enfrentar isso é fragmentar o total de perguntas e tentar esclarecê-las aos poucos, levando as dúvidas a cada retorno”, aconselha ele.
A relação
Para que o tratamento seja um sucesso, é preciso estabelecer uma relação de simpatia, confiança e honestidade com o médico. O especialista assegura que, se o paciente tiver a informação correta sobre a natureza da doença, as conseqüências dela e o porquê de determinados tratamentos a aderência dele ao tratamento aumenta. “O paciente precisa sair do consultório convencido do que tem de fazer porque existem razões para aquilo”, destaca o médico. “No caso do diabetes, que é uma doença a longo prazo, é preciso esclarecer que mudar o estilo de vida é fundamental. O tratamento engloba exercício físico, dieta alimentar e medicação”.
Visitar periodicamente o médico é outro aspecto importante no tratamento do diabetes. O paciente não pode ficar na dependência de sintomas, pois o diabetes é uma doença “silenciosa”. Quem determina a periodicidade das visitas é o próprio médico e, claro, a situação clínica do paciente. “Só não deixe passar de um ano”, alerta o especialista.
Contar com uma equipe multidisciplinar, que inclui endocrinologista, nutricionista, psicólogo e preparador físico, é sempre mais indicado. No entanto, muitas vezes o paciente não tem tempo nem condições financeiras de visitar todos os especialistas. Isso não é necessariamente um problema: um bom endocrinologista pode conduzir o tratamento sozinho e, caso ele sinta necessidade de indicar um nutricionista ou psicólogo, irá fazê-lo.
A avaliação
A consulta médica terminou e agora é preciso avaliar se ela foi boa ou não. De acordo com o cardiologista Protásio da Luz, o paciente deve avaliar se o médico se interessou pelo caso, se é seguro, se colocou-se à disposição do paciente e, lógico, se a evolução do tratamento está sendo positiva.
Em suma, é importante verificar se o índice glicêmico vem baixando com o tratamento proposto pelo médico e se ele saiu do consultório convencido dos motivos que exigem dele dieta alimentar, exercício físico e aplicações de algum tipo de medicamento.
Dicas para avaliar um médico
• Competência: em casos simples de diabetes, qualquer clínico consegue tratar o paciente. Em casos mais complicados, o médico não-especialista vai ter certas dificuldades. Em relação a diagnóstico e tratamento do diabetes, mudanças de conceitos acontecem com freqüência e apenas especialistas são mais preparados para enfrentar essas situações.
• Humanismo: para fazer medicina clínica é preciso gostar de gente. O médico tem que juntar a parte científica com o lado humano. Cada paciente que entra no consultório tem suas particularidades, ou seja, tem temperamentos, personalidade e expectativas diferentes. O médico precisa compreender isso também.
• Disponibilidade: atendimento médico é um compromisso com o paciente e isso não se prende a calendário nem horário. As pessoas precisam do médico em diferentes circunstâncias e horas do dia. O médico tem que se colocar à disposição do paciente.



Fonte: Editora Lua - Sabor & Vida Diabéticos