Uma nova técnica para reduzir o risco de hipoglicemia tardia após a atividade física está sendo proposta pelo educador físico William Komatsu, doutor em ciências endocrinológicas, especialista em fisiologia do exercício pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Departamento de Atividade Física da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Em geral, o diabético é orientado a medir sua glicemia antes da atividade e, caso necessário, a fazer a correção de suas taxas com o uso de medicamento, se ela estiver alta, ou de alimentação, caso esteja muito baixa. Após a atividade, o mesmo procedimento deve ser adotado.
Komatsu explica que durante a atividade o diabético pode passar por diversas mudanças na sua glicemia, com elevações e quedas no decorrer dos exercícios. Essas mudanças, chamadas de variabilidade glicêmica, nem sempre são percebidas na medição final. "Pode acontecer que durante a atividade a glicemia oscile bastante, mas que, no final, ela se apresente no mesmo patamar de antes do exercício", explica o educador.
Quando a glicemia baixa muito ou se mantém no mesmo patamar inicial, o diabético pode optar pela ingestão de carboidratos, tentando, dessa forma, evitar a ocorrência de uma hipoglicemia que surge algumas horas mais tarde. Komatsu recomenda que, no final da atividade, o diabético eleve a intensidade do exercício como forma de fazer subir sua glicemia e, assim, reduzir ou eliminar o risco da hiperglicemia tardia.
"Antes de encerrar a atividade, ele deve aumentar a intensidade do exercício durante um curto período", ensina o especialista.
O esforço aumentado eleva a produção de hormônios contra-reguladores como a adrenalina, o glucagon e o cortisol, que são hormônios hiperglicemiantes. Com essa técnica, o diabético pode em alguns casos dispensar ou reduzir a ingestão de carboidratos após a atividade, diminuindo a chance de uma elevação exagerada da glicemia, e evita a ocorrência de uma hipoglicemia tardia.
Fonte: www.diabetesnoscuidamos.com.br
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