segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Pâncreas Artificial em 2011


O termo “Pâncreas Artificial” é hoje usado para designar metodologia tecnológica capaz de infundir insulina via subcutâneo de acordo com níveis de glicemia (ou melhor, da medição da glicose no sub-cutâneo), medida através de sensores de glicose, já conhecidos por nós. A decisão da dose aplicada fica por conta de Computadores altamente alimentados por algoritmos que estão sendo desenvolvidos há muitos anos.

As bombas de insulina, seja as atualmente conhecidas ou as “patch-pumps” que serão a coqueluche de um futuro próximo (aguarde matéria sobre este assunto), já são uma realidade bem estabelecida. Cada vez mais sofisticadas e cheias de complexos sistemas que ainda necessitam do ser humano para quase todas as decisões terapêuticas, estes aparelhos tendem a ficar cada vez menores, mais discretos, mais funcionais e controlados a distância. Há uma enorme tendência (e eu já poderia dizer que uma quase realidade) de se acoplar a infusão de insulina ao sensor de glicose num só cateter.
Os sensores de glicose, conhecidos hoje são peças pequenas (mas nem tanto), que permanecem no corpo por 5 a 7 dias e medem a glicose diuturnamente. Há claro diversos problemas a serem resolvidos (perda de sinal, realidade com glicemia, lagtime, tamanho, acurácia, etc.), porém já são largamente utilizados em diversos países com resultados surpreendentes. No Brasil apenas a Medtronic comercializa sensores, e em breve, após aprovação do FDA, lançará seu novo modelo de sensor, o Enlite™ 69% menos volumoso que o atual, mais acurado nas hipoglicemias, e mais discreto.
Veja foto:
Pancreas artificial
Então, está faltando mesmo é o software com algoritmos capazes de darem conta das enormes flutuações de glicemias, e comandarem de forma exata as bombas e os sensores, lembrando que é Possível que teremos bombas bi-hormonais com insulina e glucagon acopladas. Aí é que reside um desafio dos maiores: Aparentemente nenhum software consegue prever todas as variáveis que afetam a glicemia como Stress, exercícios, menstruação, Doenças, medicamentos, alimentação desbalanceada etc.
É aí que os engenheiros estão trabalhando arduamente e muito ainda há que se desenvolver. Porém ótimas notícias: O Pâncreas Artificial (Não sei se este é o melhor nome) para reduzir as hipoglicemias noturnas já é quase uma realidade. Bombas que desligam sozinhas quando se atinge um determinado nível de glicemia no sensor já existem (Veo®) e vários algoritmos também já foram desenvolvidos neste sentido.
Vejam algumas fotos de aulas do 4º ATTD em Londres, sobre este assunto. Opine, vamos trocar idéias e experiências.
Pancreas artificialPancreas artificialPancreas artificialPancreas artificialPancreas artificial
Pancreas artificial

Marcio Krakauer
Tecnologia em Diabetes – site SBD

3 comentários:

  1. Sem dúvida, estamos cada vez mais perto. Alguns softwares, como o da medtronic (VEO) executam paradas de infusão de insulina em situações de emergencia hipoglicemica; outros como os da Roche (COMBO) executam cálculos de necessidade de insulina com bastante lógica e precisão; futuramente teremos os "patches" adaptados à tudo isso (OMNIPOD e MEDINGO estão bem avançados). Sensores como DEXCON são usáveis por períodos prolongados com pouco ou nenhum incomodo. Cada um em sua empresa, com grande empenho em desenvolver uma linha de pesquisa que ha de se fundir em algum momento, chegando à um equipamento capaz de imitar o pâncreas em grande parte. Estamos realmente bem mais próximos.

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  2. Pois é Dr. Edson... Nós ficamos aqui na torcida para que esse dia chegue o quanto antes!!! Quanto mais perto se chegar à imitação do pâncreas, mais qualidade de vida o diabético poderá ter...

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  3. Estamos aguardando ansiosos pelo omnipod, ja uso a bomba da medtronic ...

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