quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Você abraça a sua causa???

Hoje estava lendo uma matéria no Sabor e Vida Diabéticos que me chamou muita atenção e me fez parar para pensar em minha atitude diante do diabetes... 

O título da matéria era o seguinte: “Abrace a sua causa!! Apesar dos avanços tecnológicos que vêm incrementando o controle do diabetes nos últimos 40 anos, nada nem ninguém substitui aquele que pode definir o destino de seu tratamento: o paciente.” 

Desde o primeiro dia de diagnóstico, Nunca vi o diabetes como o “fim do mundo”... Sempre o vi como um grande desafio, uma missão de vida que tinha que “abraçar” com amor, em busca do bem estar e da felicidade do bem maior de minha vida que é minha filha... 

Tudo bem!!! Confesso que no inicio não foi muito “com amor”, mas sim “por amor”... Mas logo logo, me vi falando sobre diabetes com prazer e deleite... 

Tenho certeza que o que muito me ajudou a tomar essa posição foi o fato de nunca ter me sentido só nessa luta... 

Sempre tive o apoio constante de pessoas muito especiais, de minha família, amigos e principalmente das duas pessoas que mais me ajudaram a ter essa visão: A endócrino-pediatra Susana Chen e a Nutricionista Íris Macedo... Elas desde cedo me fizeram enxergar muito além de uma “doença”... Me fizeram ver que não podia me acomodar, e que o que devia fazer era conhecer com amor e dedicação o que não dava para ser mudado... 

Então, seguindo essa visão sempre estive conectada e antenada para tudo que diz respeito ao diabetes... Sempre pesquisei, li e estudei... Faço isso constantemente e acho sinceramente que não me cansarei de fazer... 

Estudar um pouco, ler os avanços diários da medicina em relação a isso e os tantos “casos de sucesso” de tantas pessoas há anos diabéticas sem nenhuma complicação, amansa o coração e ameniza a angustia do desconhecido... 

Passei a ver o diabetes como uma “opção de vida saudável”, passei a ver a contagem de carboidratos como um “parceiro” fundamental em nossa caminhada e passei lidar com o dia a dia de Julia como se fosse assim com todas as pessoas do mundo... Assim passamos a viver bem e muito felizes... 

Acho realmente que desde o primeiro momento eu “Abracei a nossa (da Júlia e de todos a sua volta) Causa”, e isso foi fundamental para toda a família, pois acabei desmistificando o diabetes desde o começo, daqueles antigos conceitos e predefinições do que era “ser diabético”... 

A não aceitação é justamente a causa do descontrole e das complicações... Quem aceita e segue o caminho certo terá uma vida muito longa e saudável... Acredito de verdade que nada aparece em nossas vidas por acaso. Alegrias e tristezas surgem para lapidar nosso espírito... 

Confesso muitas vezes não ter sido fácil.... Não foi fácil lidar com tudo isso, não foi fácil aprender o “Bê-a-Bá”, não foi fácil lidar com os sentimentos de medo, não só os meus, mas os de todos em minha volta, não foi fácil adequar a minha “antiga vida” aos nossos “novos conceitos”.... Mas fiz!!!! Sem sacrifícios..... E abracei essa causa como a causa de minha vida!!!!

4 comentários:

  1. Que coisa, né.
    No começo comigo foi por amor e obrigação. Nâo falava, não lia, não NADA sobre diabetes. Eu simplesmente não queria saber....

    Mas amor é isso aí, ir além. E hoje minha vida é diabetes e alimentação e como conviver melhor com as coisas que a vida nos tráz.

    É isso aí, cada um no seu momento, na sua intensidade, mas sem fingir que o assunto não existe!!

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  2. Tão difícil isso,gente.... Pra mim então que recebi o diagnóstico do meu filho há menos de 1 mês é quase utopia. Claro que não finjo que a doença não existe, mas é difícil pra mim ter essa visão tão ampla... Ainda estamos naquele carrossel de emoção constante e cada medida da glicose é uma expectativa. Sei que tudo vai melhorar, EU CREIO! E isso é o que está me deixando viva nesse momento. Parabéns pela força de vontade! Um bj, Aline.

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  3. Carol suas palavras ecoam aqui!
    Tudo que acredito, por tudo que faço!
    Um beijo

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    1. Uma coisa muito importante, você faz estudar a doença, que vai viver com ela, eu também sou diabético, me abatí no começo, mas depois tive que reaprender a viver com diabetes, prá começar parei de tomar bebidas alcoólicas, depois parei de fumar, mas para isso comecei uma atividade bem saudável caminhar e depois correr, digo sempre, parei de fumar e não conseguí mais parar de correr, quase todos os dias são 10 ou 12 kms, posso garantir que tenho uma qualidade de vida quase normal a de uma pessoa de 61 anos que não tem diabetes, digo 61 anos porque essa é a minha idade.

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