Hoje estava lendo uma matéria no Sabor e Vida Diabéticos que me chamou muita atenção e me fez parar para pensar em minha atitude diante do diabetes...
O título da matéria era o seguinte: “Abrace a sua causa!! Apesar dos avanços tecnológicos que vêm incrementando o controle do diabetes nos últimos 40 anos, nada nem ninguém substitui aquele que pode definir o destino de seu tratamento: o paciente.”
Desde o primeiro dia de diagnóstico, Nunca vi o diabetes como o “fim do mundo”... Sempre o vi como um grande desafio, uma missão de vida que tinha que “abraçar” com amor, em busca do bem estar e da felicidade do bem maior de minha vida que é minha filha...
Tudo bem!!! Confesso que no inicio não foi muito “com amor”, mas sim “por amor”... Mas logo logo, me vi falando sobre diabetes com prazer e deleite...
Tenho certeza que o que muito me ajudou a tomar essa posição foi o fato de nunca ter me sentido só nessa luta...
Sempre tive o apoio constante de pessoas muito especiais, de minha família, amigos e principalmente das duas pessoas que mais me ajudaram a ter essa visão: A endócrino-pediatra Susana Chen e a Nutricionista Íris Macedo... Elas desde cedo me fizeram enxergar muito além de uma “doença”... Me fizeram ver que não podia me acomodar, e que o que devia fazer era conhecer com amor e dedicação o que não dava para ser mudado...
Então, seguindo essa visão sempre estive conectada e antenada para tudo que diz respeito ao diabetes... Sempre pesquisei, li e estudei... Faço isso constantemente e acho sinceramente que não me cansarei de fazer...
Estudar um pouco, ler os avanços diários da medicina em relação a isso e os tantos “casos de sucesso” de tantas pessoas há anos diabéticas sem nenhuma complicação, amansa o coração e ameniza a angustia do desconhecido...
Passei a ver o diabetes como uma “opção de vida saudável”, passei a ver a contagem de carboidratos como um “parceiro” fundamental em nossa caminhada e passei lidar com o dia a dia de Julia como se fosse assim com todas as pessoas do mundo... Assim passamos a viver bem e muito felizes...
Acho realmente que desde o primeiro momento eu “Abracei a nossa (da Júlia e de todos a sua volta) Causa”, e isso foi fundamental para toda a família, pois acabei desmistificando o diabetes desde o começo, daqueles antigos conceitos e predefinições do que era “ser diabético”...
A não aceitação é justamente a causa do descontrole e das complicações... Quem aceita e segue o caminho certo terá uma vida muito longa e saudável... Acredito de verdade que nada aparece em nossas vidas por acaso. Alegrias e tristezas surgem para lapidar nosso espírito...
Confesso muitas vezes não ter sido fácil.... Não foi fácil lidar com tudo isso, não foi fácil aprender o “Bê-a-Bá”, não foi fácil lidar com os sentimentos de medo, não só os meus, mas os de todos em minha volta, não foi fácil adequar a minha “antiga vida” aos nossos “novos conceitos”.... Mas fiz!!!! Sem sacrifícios..... E abracei essa causa como a causa de minha vida!!!!
Que coisa, né.
ResponderExcluirNo começo comigo foi por amor e obrigação. Nâo falava, não lia, não NADA sobre diabetes. Eu simplesmente não queria saber....
Mas amor é isso aí, ir além. E hoje minha vida é diabetes e alimentação e como conviver melhor com as coisas que a vida nos tráz.
É isso aí, cada um no seu momento, na sua intensidade, mas sem fingir que o assunto não existe!!
Tão difícil isso,gente.... Pra mim então que recebi o diagnóstico do meu filho há menos de 1 mês é quase utopia. Claro que não finjo que a doença não existe, mas é difícil pra mim ter essa visão tão ampla... Ainda estamos naquele carrossel de emoção constante e cada medida da glicose é uma expectativa. Sei que tudo vai melhorar, EU CREIO! E isso é o que está me deixando viva nesse momento. Parabéns pela força de vontade! Um bj, Aline.
ResponderExcluirCarol suas palavras ecoam aqui!
ResponderExcluirTudo que acredito, por tudo que faço!
Um beijo
Uma coisa muito importante, você faz estudar a doença, que vai viver com ela, eu também sou diabético, me abatí no começo, mas depois tive que reaprender a viver com diabetes, prá começar parei de tomar bebidas alcoólicas, depois parei de fumar, mas para isso comecei uma atividade bem saudável caminhar e depois correr, digo sempre, parei de fumar e não conseguí mais parar de correr, quase todos os dias são 10 ou 12 kms, posso garantir que tenho uma qualidade de vida quase normal a de uma pessoa de 61 anos que não tem diabetes, digo 61 anos porque essa é a minha idade.
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